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carlos eduardo

eu estava numa felicidade fora do normal. minha irmã estava feliz, minha cunhada também e eu tinha beijado a ana luísa, e caralho..que beijo. nalu estava se tornando uma amigona minha, agora é só esperar e torcer pra não nos afastarmos por causa do beijo. gostei de beijar ela, espero que ela tenha gostado também. o show das anavitórias já tinha rolado e eu fiquei igual um branquelo cantando todas as músicas, ela também.

— ei, amigo..- chamei o rapaz e ele me trouxe uma taça de vinho.

enquanto bebia dei uma olhada em volta e não achei ryan, senti algo de errado então comecei a rodar pelo salão procurando ele. perguntei para algumas pessoas e a menina que ele estava desenrolando me disse que tinha ido até o banheiro. em passos longos e rápidos fui até o banheiro, chegando no banheiro vi uma cena horrível. ryan estava prestes a cheirar uma carreira de pó.

— que porra é essa, ryan? - ele se assustou e eu fui até a pia soprando aquele pó branco, ele ficou puto. — aqui não, caralho.

— caralho, carlos..- veio pra cima de mim e mantive minha postura olhando ele de cima a baixo.

— vai me bater? - ele se retraiu e coçou a cabeça. — aqui não.

— desculpa irmão, viajei. - abaixou a cabeça.

— quer fumar, fuma. mas não quero essas nojeiras aqui, se fazer mais uma vez vou pedir pra ir embora. tô falando sério!

— jae.

disse só isso e eu dei as costas respirando fundo de nervoso, nego só faz merda. quando estava saindo vi minha irmã me procurando dando um sorrisão, tentei disfarçar os problemas que estava acontecendo e sorri também.

— vamos tirar foto e eu vou jogar o buquê, se a analu pegar tu já pede ela em casamento hoje. - disse me puxando e quando falou a parte do casamento comecei a rir.

— para de maluquice. - neguei com a cabeça e ajeitei minha roupa.

— eu faço gosto viu? tatiele me disse que viu vocês se beijando, vai me contar tudo depois! - neguei com a cabeça e quando chegamos perto do bolo o fotógrafo se aproximou e tiramos diversas fotos.

depois de um tempinho ela anunciou que jogaria o buquê, um montão de mulher e até alguns homens entraram naquela multidão. olhei por cima e não vi analu, estava mais afastada. caminhei até a mesma e puxei pela cintura.

— vai pegar o buquê, bora. - disse enquanto puxava ela.

— eu nem namoro, vou casar porque? - perguntou rindo e eu dei de ombros.

— porque eu tô falando, vai logo vai..- disse e ela me olhou com aqueles olhinhos puxados e semicerrados.

sorri e fiquei no cantinho olhando ela. jéssica e tatiele contaram até três e jogaram o buquê, foi aquele alvoroço e por ana luísa estar na frente e elas não terem jogado com tanta força, ela conseguiu pegar o buquê. deu o maior sorrisão levantando as flores, as meninas começaram a rir e foram até a garota abraçando ela e comemorando. o casal sussurrou algo no ouvido dela que a fez dar um dos sorrisos mais bonitos e genuíno. analu olhou pra mim e ergueu o buquê sorrindo após as meninas soltarem ela. ryan do meu lado percebendo o que estava acontecendo riu negando com a cabeça.

— ih, vai casar papai? - brincou e eu ri negando com a cabeça. perturbado.

(...)

andava pela orla da praia com ela em caminho de sua casa, deveria de ser pra mais de 4h da manhã. estava um breu e só tinha a gente na rua. a pretinha olhou no celular e deu um sorrisinho, logo após me olhando.

— 4:47, faz um pedido. - disse me olhando e eu entendi a referência.

— anavitória? me surpreendo contigo..- falei rindo.

— quem está surpresa sou eu..- sorriu e parou de andar e eu também.

—  vai, dá as mãos aqui e faz um pedido. - segurei na mão dela ficando de frente.

fechei os olhos e comecei, desejei que minha felicidade não tivesse fim. que eu conseguisse um trabalho melhor, mas específicamente, trabalhar com o que eu amo. desejei também que se fosse para ser, ana luísa continuasse na minha vida. abri os olhos e ela ainda estava fazendo seu pedido, me aproximei puxando o maxilar dela e selei nossos lábios fazendo um selinho. ela riu me dando um tapinha.

— nem pra fazer um desejo eu tenho paz, sério..- reclamou e eu dei de ombros passando meu braço pelo ombro dela e continuamos andar — desejou o que?

— se eu contar não vai realizar. - falei e ela deu de ombros.

— quem disse?

— eu disse! - dei ênfase.

— vamos, você fala um dos seus desejos e eu falo um dos meus. eu começo! - tirou os cabelos do rosto. — desejei sabedoria.

— mais? - perguntei incrédulo.

— sabedoria para passar por uma situação. - foi específica e aquilo me causou preocupação e curiosidade. — sua vez.

— desejei trabalhar com o que eu amo, com a arte. - respondi e chegamos em frente ao seu apartamento. — quer desabafar comigo?

— outro dia. - me respondeu parando de andar.

— pretexto pra gente se ver? - brinquei e ela concordou com a cabeça.

— exato! - sorriu e ficou na ponta dos pés se aproximando de mim. — obrigada por hoje e obrigada por me trazer em casa. - disse aquilo e a cada intervalo me dava um selinho.

— obrigada eu. - sorri e puxei ela para mais um beijo, dessa vez calmo e com mais carinho.

nos afastamos depois de dar um abraço apertado e ela entrou segurando os saltos e buquê de flores nas mãos, fiquei lá até ela entrar. depois fui caminhando até meu carro que não estava tão distante assim. dirigi até minha casa com calma enquanto fumava um balão, tinha algo melhor que isso?

(:

intimidade.Onde histórias criam vida. Descubra agora