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ana luísa

respirei sentindo um misto de sentimentos enquanto esperava carlos me atender, assim que ele atendeu senti um nervosismo e arrependimento de ter ligado, eu nem sabia o que falar.

- carlos? - o chamei assim que tive coragem.

- oi, é a maíra. fala? - assim que ouvi a voz dela senti meu coração apertar.

- carlos tá aí? queria falar com ele. - falei calma.

- tem como não, ele tá ocupado..

- maíra! ajuda aqui, porra. - ouvi ele gritar.

- já vou, meu bem! - exclamou com aquela voz fina que furava meu cérebro. - viu?! estamos ocupados.

- ah sim, tudo bem.. fala pra ele me ligar depois. - disse aquilo e me arrependi na mesma hora, senti que estava me humilhando.

- ah! falo sim, confia..- deu uma risadinha. - beijo, gata! - desligou e eu cocei minha cabeça sentindo raiva, vergonha e tristeza.

porra, imagina se eles estão juntos? primeira e última vez que ligo, não quero saber mais.

carlos eduardo

olhava ryan deitado na cama e aquilo me chateava ao extremo, já nem reconhecia meu melhor amigo mais. desde o ocorrido com a ana luísa eu tenho ficado aqui para cuidar dele e pela segurança da maíra, já que ryan as vezes fica instável e agressivo.

- oi, o que foi? - maíra chegou e quando viu o irmão deitado na cama todo vomitado virou o rosto.

- tá virando caso de internação, maíra. tô te falando..- falei puto e ela tampou os olhos parecendo que ia chorar.

- eu não tô pronta pra internar ele ainda..- disse me olhando e cruzou os braços.

- mas não é sobre você, maíra. tá ligada que se ele continuar dessa forma pode dar ruim né? tu tá sabendo disso? - levantei ficando frente a frente com ela.

- eu vou ligar pros nossos pais, eles tem uns conhecidos que trabalham e são donos dessas clínicas..eu vou resolver. - sorriu falsa e eu concordei.

- me avisa então, botamos ele no carro e eu levo. - disse e me afastei indo catar minhas coisas para ir pra casa.

- vai embora? - me perguntou enquanto eu pegava minha coisas.

- vou, preciso respirar.

- e vai me deixar aqui sozinha? sério mesmo, du? - dramatizou e eu revirei os olhos colocando a mochila nas costas.

- maíra, por favor né..vamos se tocar por favor. - botei a mão na cintura. - tu sai pra casa das tuas amigas enquanto eu tô cuidando do teu irmão e eu não falo nada, agora não posso ir pra minha casa? me economiza.

ela se aproximou enquanto olhava nos meus olhos e segurou no meu pescoço me fazendo olhar para ela.

- eu preciso de você, du.. não faz assim. - se aproximou mais e quando vi ela estava me dando um beijo, tentei me afastar mas quando vi já estava retribuindo.

intimidade.Onde histórias criam vida. Descubra agora