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carlos eduardo

mais um dia de trabalho e eu estava tão ansioso pra sair daqui, desde o ocorrido trabalhar aqui me trazia um grande desconforto, mas não aceito sair daqui de jeito nenhum, não vou abaixar a cabeça. eu estava um tanto cansado, já tinha feito diversos raio x, conversado com diversos pacientes e mais outras obrigações. eu contava as horas para ir embora daqui e ir pra minha casa ficar com minha noiva.

— pronto, vou encaminhar esses raios x pra doutora fernanda e você termina de falar com ela, tá bom? - falei com uma senhora.

— tá bom meu filho, obrigada. - disse e sorri com seu otimismo, educação e por ser a última paciente que eu tinha que atender hoje.

caminhei em passos largos até a sala reservada onde ficava meus pertences, tomei um banho rapidinho e vesti a roupa que eu vim trabalhar. calça preta larga e uma blusa verde musgo com um desenho do djonga, bk e mano brown. nos pés amarrei meu air max branco e saí dali o mais rápido possível com a minha mochila nas costas. pelo caminho cumprimentei algumas pessoas e finalmente bati ponto, quando cheguei do lado de fora abri um sorrisão vendo minha noiva toda linda.

ela vestia um vestido longo branco com alguns detalhes azul que a deixava linda, tinha um decote lindo e ela nem se preocupou em colocar sutiã, dando um toque especial. nos pés sua sandália de amarrar branca, usava também seu bracelete favorito que combinou perfeitamente. seu cabelo estava solto com algumas trancinhas na lateral, mais bonito que o normal. ela nem usava maquiagem, isso me fascinava, tinha só um brilho nos lábios e um boque de flores na mão.

— não vem me dar um beijo? - me perguntou e só aí percebi que fiquei um bom tempo reparando nela.

— quantos beijos você quiser, minha pretinha. - falei e me aproximei dela em passos rápidos, como estávamos próximos puxei sua cintura pra mim e selei nossos lábios formando um selinho que ela logo transformou em um beijo com urgência e bastante carinho.

parecia que tinha meses que a gente não se via, mas só faziam três dias.

— tá toda bonitona, onde vamos? - perguntei assim que afastamos nossos lábios.

esqueci todo aquele papo de estar cansado, ansioso e chateado, minha futura esposa tinha recarregado todas as minhas energias.

— primeiro, toma essas flores..- me estendeu as flores vermelhas me fazendo dar um sorriso todo bobo. — você merece. - me deu um selinho.

— eu te amo. - falei olhando nos olhos dela e sorriu.

— eu também te amo, meu amor! - falou toda astral e entrelaçou nossos dedos. — agora nós vamos até a praia ficar num quiosque onde tem gente cantando mpb e vamos comer e beber algumas taças de vinho, tá bom?

— tá bom pra você? - perguntei e ela concordou com a cabeça. — então perfeito.

de mãos entrelaçadas começamos a andar pelas ruas de copacabana até chegarmos na praia, ela foi falando o caminho inteiro me atualizando melhor de como foi esses três dias distantes e eu prestava atenção em cada detalhe. quando chegamos no quiosque pegamos uma mesa em um lugar perfeito, tinha a vista perfeita de uma pedra, do mar e o pôr do sol.

— boa tarde, amigo. - o garçom falou comigo e quando terminei de escolher, olhei pra ele.

— irmão, uma tábua de frios e duas taças de vinho, por favor. - pedi e ele concordou com a cabeça. — tá cheirosa.

disse e puxei analu pra mim dando um cheiro em seu pescoço fazendo ela se arrepiar. ele deu um sorrisinho e me olhou nos olhos, eles brilhavam e aquilo mexeu muito comigo. me sentia um adolescente. amava mais ana luísa a cada segundo que se passava, meu amor por ela aumentava na mesma frequência que o tempo passa. ela se aproximou e me deu um beijinho na ponta do meu nariz, em seguida selou nossos lábios formando um selinho.

— canta comigo, amor. - me pediu me abraçando de lado enquanto olhava pra moça que cantava ao vivo. — quando caminho pela rua lado a lado com você, me deixas louca!

cantou de olhos fechados com a mão no peito.

— e quando escuto o som alegre do teu riso que me dá tanta alegria, me deixas louco. - cantei perto de seu ouvido e dei uma leve mordidinha fazendo ela rir e se esquivar.

ficamos lá cantando a música gostosa que tocava e quando a comida e a bebida chegaram, começamos a comer enquanto jogávamos papo fora, nos amávamos, cantávamos e nos desejávamos. só nos dois. eu simplesmente não via a hora de chegar o grande dia, chegar no altar e dizer com toda certeza do mundo que aceito me casar com ela, que é ela que eu sempre quis, que eu sempre sonhei. ela, ana luísa é a minha certeza.

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sdd marias

intimidade.Onde histórias criam vida. Descubra agora