carlos eduardo
organizava minha casa sentindo uma ansiedade sem fim por conta das coisas que estavam por vir, era tanta novidade que eu ficava quase louco!
— traio o mundo mas não vou me trair, derrubo quem for mas não aceito cair. - cantarolei com o cigarro de maconha na boca enquanto limpava minha casa toda, deixando tudo bem cheiroso.
ouvi a campainha tocar e soprei a fumaça deixando as coisas lá e fui em direção a porta, e quando abri vi que era jéssica cheia de sacolas. tirei a maconha da minha boca colocando entre os dedos e fui até minha irmã dando um beijo em sua bochecha e pegando as sacolas de sua mão.
— fala, pretita. - falei com ela e botei as sacolas em cima da mesa que eu tinha acabado de limpar.
— cheiro de maconha meu deus, seu cracudo..- negou com a cabeça e pegou de minha mão dando um trago me fazendo rir.
— o que são essas sacolas? - perguntei abaixando um pouco o som.
— presentesss! - ela disse rindo e se jogou no sofá também limpo. — faxina? tava precisando mesmo.
— oh jéssica, porque você não vai tomar no teu cu? - perguntei com um sorrisinho no rosto e ela sorriu também e soprou a fumaça da maconha na minha cara. — cadê minha cunhada? - perguntei varrendo o tapete.
— cadê a minha? - devolveu a pergunta.
— perguntei primeiro. - olhei pra ela com deboche.
— tati está com a família dela, meu amor. - me respondeu e eu concordei.
— não foi com ela porque? - perguntei e fui até a cozinha pegando duas garrafas pequenas de cerveja.
— porque estou com a minha família também, né.. tô bem aqui. - concordei com a cabeça e entreguei a ela uma cerveja.
— ana luísa tá no trabalho. - disse a ela que concordou. — tenho boas notícias!
ela me olhou alerta e se sentou no sofá me olhando.
— diga!
— estou formado! - falei pegando meu diploma e ela deu um pulo do sofá.
— mentira!?
— verdade, bobinha. - falei rindo e ela veio até mim me abraçando forte e me enchendo de beijos.
— meu deus, que orgulho! - ficou na ponta dos pés e eu abaixei a cabeça deixando ela depositar um beijo em minha testa.
— temos que comemorar! - ela me disse e eu concordei.
— sim mas não hoje, amanhã está perfeito. - falei e ela sorriu.
— preparado para começar a procurar emprego? - ela me perguntou rindo e eu ri também.
— já tenho boba, em breve vou lá no hospital assinar os papéis. - disse e ela botou a mão na boca em choque.
— poisé, taís me deixou fortão. - falei e ela concordou.
— agora vem, vamos terminar essa faxina. - ela bateu minha cerveja com a dela formando um brinde e demos um gole ao mesmo tempo.
(...)
após deixar meu apartamento limpinho e levar jéssica para sua casa por volta das 20h, fui resolver minhas coisas pela rua. fui no shopping buscar as coisas que eu tinha comprado pela internet, outras lojas e em um restaurante que eu tinha conversado pelo o whatsapp e fui lá só para confirmar.
no meio do caminho parei em um quiosque para comprar um açaí de lei e fiquei por lá um pouco, só relaxando a cabeça e curtindo minha própria companhia. enquanto estava sentado mexendo em meu celular, ana luísa não parava de me mandar mensagem perguntando onde eu estava, o que me tirava boas risadas.
— meu amor, eu tô aqui no quiosque tomando um açaízinho. tá só eu, deus, o dono do quiosque e a paz da praia. relaxa, princesa. sou teu e de mais ninguém. eu te amo e vai dormir que tal é sono, beijo. - finalizei o áudio e pude ver o moço rir da minha cara. — mulher ciumenta é foda.
— dá valor, meu amigo. - ele riu da minha cara e eu neguei com a cabeça rindo também.
— é o que eu mais faço. - levantei e peguei o dinheiro entregando para ele. — deixa o troco aí.
fiz o toque com ele e fui até meu carro partindo pra casa, estava doido para bater na cama e dormir. amanhã o dia ia ser foda, eu estava sentindo.
(:
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