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analu

ao acordar a primeira coisa que fiz foi agradecer a deus e o universo por estar viva, meu coração estava aflito mas eu estava grata pela minha vida, pelo ar que eu respiro, pelo meu marido e meus dois filhos. nesse momento nala mexia sem parar em minha barriga, eu conseguia ver nitidamente ela se mexer, minha menininha grande e forte.

sorri fraco e mesmo sentindo uma dor chata e me sentindo receosa, me levantei da cama e fui me arrastando até o banheiro, queria tomar um banho para iniciar o dia. quando liguei o chuveiro e deixei a água cair sobre o meu corpo, senti o meu coração doer ao ver mais sangue escorrer pelas minhas pernas, lembrei dos dias tristes em que eu lutava contra a infertilidade, era tão doloroso.

- droga..- falei me lamentando.

fiquei uns quinze minutos tomando banho e quando saí coloquei um cropped branco e um short de moletom cinza, me sentia confortável e minha barriga ficava a mostra. cuidei do meu cabelo, da minha pele e passei um body splash, me sentia bem comigo mesma.

- cadu! - chamei meu marido enquanto caminhava até as escadas devagar, ele apareceu rapidinho e ravi logo atrás. - bom dia, filho. me ajuda a descer aqui, amor.

- bom dia, mamãe. - ravi deu um sorrisinho mas ele ainda estava abatido devido a virose.

- da a mão aqui, vida. - cadu me estendeu a mão e foi me ajudando a descer as escadas. - você está bem?

ele me perguntou e selou um beijo em meus lábios.

- aham! na medida do possível, e você? comeu? - perguntei e ele concordou com a cabeça.

- vou buscar seu remédio. - ele disse se afastando e eu sorri grata.

- mamãe, colo! quero brincar com a nala. - ravi me pediu estendendo os bracinhos e meu coração doeu por ter que negar.

- a mãe não pode te pegar no colo, mas vamos sentar ali pra você brincar com a sua irmã, vem. - eu o chamei e ele me deu a mão e fomos até o sofá juntinhos.

quando me sentei com calma, ravi veio até mim me enchendo de beijos e depois se abaixou até minha barriga e fez o mesmo, além das coisas sem sentido que ele falava.

- domingo já é o dia dos pais né, amor..o que vamos fazer? - cadu me perguntou enquanto me entregava meus comprimidos.

- primeiro dia dos pais do meu maridão, que coisa linda. - falei brincando enquanto tomava os remédios e ele sorriu.

- já dá até vontade de chorar. - ele falou e se sentou com a gente no sofá.

- vamos fazer um churrasco mesmo, vê com seus avós. - falei enquanto fazia carinho no disfarce em seu cabelo. - o que vamos dar de presente pro papai, hein filho?

perguntei e ravi pareceu pensar.

- o que mamãe? - ele perguntou e eu ri fazendo sinal de silêncio.

- shhh, segredo! - falei e ele riu sapeca colocando também a mão na boca.

fiquei lá com a minha família só aproveitando meu amores, as vezes eu sentia umas dores insuportáveis mas eu tentava ao máximo ignorar, não queria falar pro cadu por que ele iria me levar pro hospital na mesma hora e eu já não aguento mais, só quero ficar quietinha, sabe?

— mãe, eu tô com saudades da eloá. - ravi disse emburrado e eu e cadu nos entre olhamos com um ar de riso no rosto.

— eu vou falar com as suas tias pra gente ver ela, tá bom? - perguntei e ele sorriu concordando.

— uhulll, tá bom!! - ele levantou e foi brincar com seus brinquedos no chão, as vezes ele pegava umas carrinhos e ficava passando na minha barriga também, era engraçado.

meu filho é o carinha mais legal que eu conheço.

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