ana luísa
chegou o dia de buscarmos o ravi, eu estava nervosa.. por mais que ele já tivesse dormido lá, não sabia se ele iria querer morar lá com a gente por um tempinho, até a vó dele conseguir um bom abrigo. até que ele saiu do quarto com sua mochilinha de leão nas costas todo animado, sorri boba com isso. dona lúcia tinha os olhos marejados, eu imaginava mil razões para isso e em todas elas eu a entendia.
— vovó, você não precisa chorar..eu vou estar aqui pertinho da senhora, eu venho te visitar pra gente fazer bolinho juntos, tá bom? - ele falou baixinho colocando a mão na boca se sentindo um tanto envergonhado.
— oh meu amor, tá bom. - dona lúcia falou e mesmo com dor e fraca, puxou ravi para um beijo e um abraço apertado. — lhe amo muito.
— te amo. - falou dando um beijo na bochecha da vó dele.
— vai, vai com a sua analuzinha e seu tio cadu. - dona lúcia falou rindo e me entregou a bolsinha com roupas dele. — obrigada, minha menina. te admiro muito, vou carregar esse gesto que você está fazendo por mim pra sempre, até além dessa vida.
ela disse rindo com os olhinhos brilhando e marejados, e eu também. segurava a vontade de chorar. me sentia assim perto da dona lúcia, muito frágil..por um lado eu gostava muito, sentia que posso ser assim e ela vai me entender, mesmo que não faça sentido.
— você também, filho. - ela disse tocando no rosto do cadu fazendo um leve carinho e meu marido sorriu com os olhinhos vermelhos e brilhantes. — agora vão! vocês tem muito em que se organizar.
— vem, ravizinho. - falei chamando o pequeno e ele veio até mim estendendo os braços para pegar ele.
— me dá, amor. - cadu disse pegando a bolsa que estava em minha mão. — vamos.
após nos despedirmos da dona lúcia fomos embora, ravi falava o quão ansioso estava para jogar futebol e nadar na nossa piscina, cadu dava a maior atenção e ainda dava mais ideias de besteiras para ele fazerem. mas eu estava com o pensamento longe. pensava no tanto que eu já sonhei em levar uma criança pra casa junto do meu marido, para criar, dar amor e carinho. entendo que ravi vai ficar só por um tempo, mas vou cuidar tanto dele.. saciar um pouco desse desejo que eu tenho de ser mãe.
— luluca. - ravi me chamou olhando dentro da minha cara, quando viu que eu despertei deu um sorrisinho e beijou a pontinha do meu nariz, igual cadu.
— acoorda, luluca! - cadu falou brincando e saímos do elevador indo em direção ao carro enquanto riamos.
(...)
já em casa e após o almoço, ravi estava na piscina com o cadu enquanto eu observava os dois enquanto tomava um solzinho.
— meu amor, vem nadar? - cadu me pediu e eu dei um sorrisinho de lado me sentindo totalmente derretida.
— vem, analuzinha. - ravi me chamou também e eu me levantei entrando na piscina junto deles. — tubarão.
ele pediu pra brincar de tubarão e eu ri concordando.
— oh, o tubarão vai pegar vocês..- falei rindo e comecei a mergulhar atrás deles.
— corre, ravi! - cadu exclamou enquanto ria.
era muito gostosa a sensação de ouvir a gargalhada do ravi e a risada do meu marido por ver o ravi feliz, me deixava feliz também. e eu não me sentia feliz só pelo fato do ravi estar feliz por estar passando uma temporada aqui em casa com a gente, me sentia feliz pois toda criança merece ter isso. felicidade e ser bem cuidado. e até pouco tempo atrás ravi não tinha nem um e nem o outro.
depois de brincarmos muito até o sol se pôr, ravizinho já estava cansado então meu romance deu café pra ele e colocou para dormir. eu já estava de banho tomado, cabelo lavado e sentada na sala esperando meu marido ficar aqui comigo. até que ele chegou, estava todo bonito e cheiroso.
— tá cheirosa, amor. - cadu disse e deu um beijo no meu pescoço, logo sentando no sofá ao meu lado me fazendo deitar em seu colo.
— quero ficar aqui com você. - falei abraçando ele pelo pescoço enquanto recebia seu carinho.
— eu te amo, tá bom? eu sinto muito orgulho de você. - ele falou baixinho. — isso me faz amar mais você a cada dia que passa.
sorri fraquinho sentindo meu coração palpitar e meus olhos arderem.
— amo ver a forma que você cuida do ravi por mais que já tenha passado por todas aquelas coisas, você se mantém forte e isso é admirável. sou sortudo por ser seu marido. - ele falou e beijou minha testa.
nesse momento eu já chorava baixinho. aquelas palavras do cadu me acertaram tão forte, tão forte mesmo. ele me abraçou mais forte ao perceber que eu estava chorando e eu chorei mais ainda. fiz carinho no braço dele e recebi beijinhos por todos meu rosto. até me virei o olhei no fundo dos olhos dele.
— eu te amo com toda a minha vida, com todo meu coração, com todo meu corpo e com toda a minha alma. - falei olhando nos olhos dele ainda chorando fraquinho e ele sorriu com os olhinhos brilhando, também emocionado.— eu te amo. - beijou minha testa, a ponta do meu nariz e por fim meus lábios.
nos abraçamos e choramos juntos demostrando o nosso amor.
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sumi? sumi! mas estou de volta, marias, pelo menos por agora. não me matem kkkkkk!🤍