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carlos eduardo

peguei uma garrafa de água e saí do hospital após bater ponto, eu estava doido pra fumar uma maconha mas tava me controlando, iria fumar só depois. entrei no meu carro e o liguei colocando racionais para tocar, passei a dirigir e quando estava no sinal um menorzinho apareceu vendendo flores.

— ou tio, compra aí uma flor pra ajudar. tá cinco reais cada - me pediu e eu concordei com a cabeça pensando na ana luísa e minha vó. peguei uma nota de vinte reais entregando pra ele.

— me dois buquês aí, meu parceiro. - ele me entregou os dois todo feliz e quando ia pegar troco neguei com a cabeça. — precisa de troco não.

dito isso peguei os dois buquês colocando no banco, fiz um toque com ele e acelerei indo pra casa da ana luísa, estava ansiosão por vários motivos. fui dirigindo na paz de deus enquanto bebia água e olhava um pouco o pôr do sol, quando finalmente cheguei o porteiro liberou a minha passagem por já me conhecer e eu estacionei o carro pegando os buquês. dentro do elevador eu pensava, por já saber que jéssica, tatiele, dona lúcia, taís, danúbia, yara estavam lá, fui tirando algumas flores para entregar a elas. quando o elevador se abriu caminhei até a porta do apartamento delas e abri, sabiam que deixariam aberto pra mim.

— tio cadu! - ouvi o gritinho da danúbia e sorri vendo ela vir correndo na minha direção, imediatamente me abaixei e abracei ela com força dando um beijo estalado em sua bochecha.

— como você está, minha princesa? - perguntei.

— eu tô bem! e você? - ela me respondeu.

— eu tô bem, meu amor. cadê o resto das meninas? - perguntei me levantando e ela segurou na minha mão me guiando até a área da piscina. quando analu me viu e deu um sorrisinho tombando a cabeça pro lado, senti meu coração palpitar.

ela se levantou e veio na minha direção, danú soltou minha mão e foi até sua mãe. abracei analu pela cintura e ela colocou suas mãos em meu ombro me puxando deixando um selinho em meus lábios. sabia que as meninas estavam nos olhando então comecei a ficar tímido, então logo me afastei.

— aí ó, pra você. - falei estendendo o buquê pra ela vendo a pretinha sorrir.

— uau, que romântico. - ouvi jéssica e tatiele me gastar, então ri negando com a cabeça.

me afastei da analu por um pequeno estante e fui até as mulheres que estavam sentadas no sofá, abracei uma a uma entregando as flores ouvindo me agradecerem, quando cheguei na minha vó abracei forte matando mais um pouco da saudade, entreguei para ela o buquê e pude ouvir ela me agradecer.

— que lindo! obrigada, filho..- minha vó falou e eu me sentei junto de ana luísa em um sofá vazio.

— olha, estou chocada. muito obrigada viu?- taís falou e eu dei um sorrisinho me sentindo um pouco envergonhado.

— não precisa agradecer..meu avô, cadê? - perguntei olhando em volta.

— foi buscar mais sorvete, só a gente aqui comemos dois potes. - falou minha vó.

— nossa, comi muito! - minha noiva falou alisando a barriga e eu ri.

— isso nem me choca. - falei e já pude sentir os seus tapas em meu ombro.

— palhaço cara. - resmungou e eu sorri dando um beijinho em seu pescoço começando a fazer carinho em sua perna ouvindo as conversas paralelas delas.

— mais tarde vamos dar uma fugidinha e ir lá ver a nossa casa, tá bom? quero que você me conte também como foi escolher o vestido. - falei no ouvido dela e pude ver ela concordar.

— quero que me conte também como foi seu dia no trabalho. - respondeu de volta e um tempinho depois meu avô chegou com o  bernardo nas costas dele, quando yara viu só faltou dar um treco.

— mãe, o vô rodrigo deixou eu muito alto! - o baixinho falou pra sua mãe assim que foi colocado no chão.

— a senhora vai me desculpar, mas não consigo dizer "não" pra criança. - falou e entregou os potes de sorvete e açaí. — deus te abençoe, meu filho.

— bença, vô! - falei e ele veio até mim deixando um beijo em minha cabeça, em seguida se sentou no meio de jéssica e tatiele, as duas logo deitaram a cabeça no ombro do meu avô enquanto me davam língua, feias.

disfarçando dei dedo do meio a elas fazendo analu rir.

— vocês são pior que criança! - falou rindo e minha avó riu concordando se metendo no assunto.

— vô rodrigo, depois você me coloca nas suas costas? eu também quero! - danúbia falou toda fofinha fazendo a gente rir.

— coloco com certeza! só vou tomar um pouquinho de açaí e a gente brinca, tá bom? nós três. - falou incluindo o bernardo.

— amor, eu quero fazer um filho agora só pra ver seu avô ser um bisa babão! - ana luísa falou no meu ouvido me fazendo rir e concordar.

— eu também. - respondi sentindo uma sensação boa no coração.

(...)

abri a porta e analu foi correndo feito criança conhecer a nossa casa, ela foi em cada cantinho e fui atrás dela explicando tudo certinho. a casa era muito linda, espaçosa.. tinha um quintal lindo, a grama era verdinha e a área da piscina incrível, de fato o melhor investimento financeiro que eu já fiz. saí dos meus pensamentos procurando analu e quando olhei pro lado ela estava chorando, eu quase voei em cima dela de preocupação.

— amor, o que foi? - perguntei segurando o rosto dela enquanto limpava as suas lágrimas.

— eu tô muito feliz! - falou olhando nos meus olhos e eu sorri.

— que susto..eu te amo, neguinha. chora não. - falei dando um beijo na testa dela.

— eu te amo muito, tá? obrigada por me fazer tão feliz..- fungou. — você é minha melhor escolha da vida.

dei um sorrisão sentindo meu coração transbordar e abracei ela apertado fazendo sair do chão enquanto escutava sua risada me pedindo pra soltar


:)

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falta isso 🤏🏾 aqui pra terminar essa parte da fic.

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