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analu

sorri vendo meu marido sambar com o nosso filho no colo, ele estava tão feliz! e eu mais ainda em vê-lo sorrir daquela forma. estávamos todos aqui na lancha nos divertindo, comendo e brincando.

— vem mamãe. - ravi me pediu e eu mesmo com dor me levantei e fui até eles. — quero dançar com você e com a irmã.

sorri feliz. meu filho é o ser mais doce que eu conheço.

— vem no colo. - pedi esticando os braços e cadu me olhou feio negando com a cabeça. — tá tudo bem, relaxa.

— eu quero o colo da minha mãe! - ele pediu manhoso, tinha um tempinho que eu não pegava ele no meu colo.

— um pouco só, tá bom? combinado? - cadu perguntou pro nosso filho e ele concordou com a cabeça sorrindo sapeca e me estendeu os braços.

quando o cadu colocou o ravi no meu colo eu sorri e dei tanto beijo no meu filho enquanto dançava com ele, meu bem mais precioso!

— sou euuu, money money money! - eu e meu filho cantamos juntos rindo.

ficamos dançando, brincando e de muito chamego, além de devorar a maioria das carnes que meu sogro fazia.

— me dá aí sogro. - tatiele pediu o coração de galinha que tinha acabado de sair, rodrigo negou com a cabeça na hora e me entregou.

— é da grávida! - eu comecei a rir da tatiele e ela riu negando.

— que falsa cara. - disse e eu dei língua pra ela.

— toma, amor. - falei levando um coraçãozinho na boca do meu marido que me agradeceu com um beijo na bochecha. — toma aqui, cunhada.

ofereci e ela negou com a cabeça me mostrando o espetinho na mão.

— vem, vamos lá pra baixo e nadar. - ela me chamou e eu concordei com a cabeça.

— vamos, ravi? - cadu chamou nosso filho que sem pensar duas vezes pulou no colo do pai dele. esse aqui amava uma água.

ri vendo a cara de pau dele e fomos pra parte de baixo da lancha, meu sogro me ajudou a descer e cadu foi na frente com nosso filho. assim que chegamos estavam quase todos na água, menos minha sogra e dona lúcia, aproveitei e me sentei com elas, não estava me sentindo muito confortável para entrar no mar hoje.

— não vem, pretinha? - meu marido me perguntou e eu neguei com a cabeça e fiz  carinho na minha barriga.

— muito peso. - disse e minha sogra riu. — vai em paz e cuidado com o ravi, ele não tem medo.

ele me deu um selinho concordando e entrou na água.

— são quantos meses já, minha nora? - ela perguntou fazendo carinho na minha barriga.

— faltam dois dias pra completar nove meses, sogra. ja já nossa pretinha tá aqui, já encaixou e tudo. - falei rindo de nervoso.

— ih, fica de olho então, filha. - dona lúcia me alertou e eu concordei fazendo carinho na minha barriga.

— eu conversei com meu obstetra, tá tudo em paz. - sorri.

— vai ter parto normal? - januza me perguntou e eu neguei imediatamente.

— cesaria! - ri de nervoso novamente. — não quero arriscar, tenho pavor.

fiquei papeando mais um pouco com elas e me senti cansada, precisava tirar meu cochilo de todos os dias, tinha se tornado um costume na gravidez. avisei que ia me deitar um pouquinho e fui subindo as escadas da lancha e me apoiando, chegando lá em cima passei protetor solar, coloquei meus óculos e finalmente pude me deitar. nala não parava de se mexer um segundo na minha barriga, minha filha estava tão agitada por esses dias, eu havia perguntado ao médico e ele disse que era normal.

— filhota da mamãe..- chamei baixinho enquanto fazia carinho na minha barriga. — estou tão ansiosa pra conhecer seu rostinho, te abraçar, sentir seu cheirinho.. - falei chorosa. — você é o sonho da mamãe, da mamãe e do papai. mãe te ama!

senti uma paz no meu coração e quando eu finalmente ia dormir, pude ouvir passos e a voz do meu sogro.

— tá aí, neguinha..- ele falou e passou a mexer na churrasqueira.

— eu tô, sogro. - falei sorrindo fraco e fiz força me levantando indo pegar água, minha boca estava seca. ao levantar do banco pude sentir uma dorzinha chatinha, tinha sido assim nesses dias.

no caminho pude perceber meu sogro me reparar mas não disse nada.

— sua barriga tá linda. - ele disse e sorriu. — tu conseguiu entrar na água com esse tamanho todo é? eu nem te vi lá. - ele disse rindo e eu olhei pra ele rindo também e neguei com a cabeça.

— eu não entrei na água. - falei e dei um gole na água.

— ué, analu..- ele olhou pra minhas pernas e eu acompanhei, quando olhei estava toda molhada. — PUTA QUE PARIU.

— sogro..- falei chorosa já entrando em desespero.

— JANUZA, CADU, PELO AMOR DE DEUS, A ANALU TÁ ENTRANDO EM TRABALHO DE PARTO. - gritou.

— ai meu deus, socorro. - falei sentindo tudo em minha volta girar. que desespero!





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