ana luísa
deitada na cama do cadu enquanto vestia uma roupa dele super grande e confortável, olhava ele concentrado estudando. era lindo demais! meus olhos passeavam por todo seu corpo e seus traços. seus cílios que de tão grande faziam curva me encantavam, suas tatuagens também, eram lindas demais! até que ele virou me olhando com aquela imensidão castanha e sorriu com aqueles dentes branquinhos e fodidamente simétricos.
— acordou a bonita. - largou os livros e deitou também ficando próximo de mim. — melhorou a dor de cabeça?
depois da conversa com a minha mãe eu chorei muito, chorei até perder as minhas forças e carlos me trouxe de volta pra sua casa. por conta do choro senti muita dor de cabeça! depois tomei uns remédios e apaguei.
— melhorou. - respirei fundo e me espriguicei. — sua cama é tão boa de dormir.
— você que é uma velha e dorme em qualquer lugar mesmo. - implicou comigo e eu levantei uma das sobrancelhas. — é a verdade né.
— vou te falar o que é verdade, carlos eduardo. vou te falar! - ameacei.
— a não, carlos eduardo não. - fez drama e me puxou pela cintura me fazendo ficar em cima dele.
— não é seu nome? - coloquei meu cabelo pro lado me ajeitando em seu colo e coloquei minhas mãos em seu peitoral me apoiando.
— meu nome pra você é cadu, meu bem, preto, amor, mô, vida, paixão, dengo, mor e a porra toda, menos carlos eduardo. - explicou e eu sorri me aproximando roçando nossos narizes.
— tá bom então, pretinho. - dei um selinho que foi retribuído.
cadu levou sua mão até minha cintura perto da bunda e fez carinho. felizmente eu não me sentia desconfortável com ele, muito pelo contrário.
— você tá bem?
— sim! não quero ficar pensando nisso por agora, não vai adiantar. - dei de ombros. — na verdade quero sim.
— fala, meu bem. tô te ouvindo. - falou rindo e eu acompanhei.
— é que sei lá, não sei o que sentir entende? tô chateada por ela ter me tirado o direito de ter um pai, tô muito chateada! mas também de que adianta guardar raiva? meu pai já tá morto mesmo, não tem o que fazer. - dei de ombros e ele segurou a risada.
— você foi tão insensível agora. - falou gargalhando e eu ri também só por ouvir a risada dele.
— não fui. - neguei com a cabeça. — hm, eu prometi levar a danúbia na praia amanhã, vai fazer um solzão! quer ir também? danú adora você.
— quero pô, mas só posso se for cedo. tenho curso e trabalho. - explicou e eu concordei com a cabeça.
— eu sei. que tal 9h da manhã? - perguntei e ele concordou com a cabeça erguendo uma de suas mãos para fazer toque.
— marcado! - fiz o toque.
respirei fundo e percebi que estava em cima de um homem negro, gostoso, carinhoso, alto e que gostava de ouvir as baboseiras que eu falo.
— aí, papo reto? - perguntou rindo e eu só olhei para ele. — quero muito te encher de beijo.
depois de falar isso ele começou a rir e eu também, depois de me recompor me aproximei selando nossos lábios. suas mãos passaram a passear por todo meu corpo, mas uma parou em minha cintura apertando e a outra em minha nuca, enquanto puxava meu cabelo fraco. ele tinha uma pegada fora do normal e isso me levava a ter pensamentos que só deus. a frequência do beijo foi aumentando cada vez mais, até que quando me dei por mim estávamos tão próximos que eu conseguia sentir sua ereção de baixo de mim, sua mão que foi parar em minha bunda me causava arrepios. por conta do movimento que eu fazia pra frente e para trás, começou a nos estimular fazendo os dois arfar entre o beijo.
meu deus, eu estou quase transando com ele.
em um estalo me afastei dele e fiquei olhando sem reação alguma, até que o clima ficou estranho e eu saí de seu colo fazendo cadu colocar uma almofada em cima.
— é..- eu ia começar a falar mas ele me interrompeu.
— pô cara..- ele ia falar mas cortei ele dessa vez.
— nada a ver, a gente é só amigos. - menti.
— é pô, amizade. - ele coçou a nuca.
— a mi za de. - disse sílaba por sílaba e olhei pra ele.
cadu começou a rir e praticamente pulou em cima de mim me puxando para um beijo novamente.
--
continuação no próximo cap!