carlos eduardo
dois dias após aquele ocorrido com o nosso ravizinho, resolvemos dar início a ideia de adotá-lo. óbvio que antes já tínhamos pensado em adotar ele mas agora tudo se concretizou. nesse momento eu estava dirigindo até a casa do dona lúcia para conversar com ela enquanto minha esposa fazia carinho em minha perna e ravi dormia na cadeirinha no banco de trás.
— eu tô nervosa. - ela murmurou e eu olhei pra ela de relance, logo coloquei minha mão em sua coxa fazendo carinho tranquilizando a dona. — amor, conversa comigo..
ela me pediu e eu ri fraco apertando a coxa dela.
— deixa de ser chata, ana luísa. porra..- murmurei e recebi um tapa na perna.
— você não me tratava assim antes, carlos eduardo.. não tô gostando! casamento muda as pessoas mesmo. - falou e eu gargalhei negando com a cabeça entrando no condomínio da dona lúcia.
— você merece. - disse olhando pra ela.
— me pede perdão agora! - ela falou rindo e assim que eu estacionei o carro puxei o rosto dela selando nossos lábios iniciando um pequeno beijo, que logo foi finalizado com selinhos.
— perdão, gostosa. - falei e selei nossos lábios novamente, dando outro selinho nela.
s
aímos do carro juntos e abri a porta pegando meu garoto no colo, ravi dormia todo encolhido..estava cansado, agora que ele está indo pra escolinha e estava em fase de adaptação, tem ficado muito dorminhoco. de mãos dadas fomos até o elevador enquanto carregava o pequeno no colo. em minutos estávamos na dona lúcia..ela sorriu animada nos vendo, ana luísa tinha um sorriso tão lindo vendo a mais velha e quando eu coloquei o ravi deitado no quarto e voltei pra sala, dona lúcia me abraçou apertado com amor e carinho. agora estávamos sentados na varanda comendo um bolo branco recheado que ela tinha feito, eu estava tão gostoso que comi uns três pedaços ou mais.
— estou tão feliz em ver vocês. - ela disse com um sorrisinho no rosto e segurou nossa mão fazendo carinho. — e como está as coisas? essa rotina de papais..- dona lúcia parou pensando um pouco mas logo se retratou, por mais que não precisasse. — eu sei que vocês não são pais dele, tá? não foi isso que eu quis dizer.
— relaxa, dona lúcia. ravi é como um filho pra gente mesmo..temos muito carinho. - falei com um sorrisinho e analu deixou um beijo no meu ombro, já dona lúcia sorriu de orelha a orelha.
— eu fico feliz por isso, sabia? meu neto está recebendo o carinho que ele merece. carinho de um pai e de uma mãe, meu coração fica em paz. - ela sorriu e analu sorriu com os olhinhos marejados, ultimamente ele tem estado tão sensível..por mais que seja um tanto preocupante, acho fofo.
— esse é um dos assustos que queríamos falar com a senhora..- minha esposa falou e eu segurei a mão dela passando confiança e segurança. — que eu tenho ravi como meu filho a senhora já sabe..esse menino é um anjo que apareceu na nossa vida e eu serei eternamente grata a senhora por ter colocado esse pequeno na nossa vida, de verdade mesmo! e se não for um problema pra senhora e se for por mais que me doa, eu entendo! gostaria de pedir a permissão da senhora para adotarmos o ravi legalmente. - ela disse com calma, levando a voz mansa mas as suas mãos suavam.
— é um direito de senhora negar, sabemos que o ravi é seu neto, sabemos que ravi tem pai e tem mãe. mas gostaríamos de dar uma família estabilizada pra ele, entende? gostaríamos de dar oportunidades, amor, carinho, atenção e suprir todas as necessidades dele. além disso, ravi tem trazido muita alegria pra gente. - completei o que minha esposa tinha falado.
dona lúcia abaixou a cabeça e começou a chorar sussurrando coisas, eu e minha esposa nos olhando sem entender. até que a mais velha levantou a cabeça e ergueu as mãos e sussurrou:
— obrigada, meu senhor. tu sabes de todas as coisas. - ela disse de olhos fechados e sorriu, segurou nas nossas mãos e deixou um beijo em cada uma. — eu ficaria feliz e em paz em saber que meu neto está sob o cuidado de vocês.
analu chorando enquanto sorria se levantou e abraçou dona lúcia apertado, eu sem me conter fiz o mesmo, me levantei e abracei as duas depositando toda a minha felicidade nesse abraço.
— obrigado! - falei e deixei um beijo na testa da mais velha.
— obrigada! - minha esposa fez o mesmo e sorriu deixando um beijo na bochecha da dona lúcia e em seguida um selinho em meus lábios.
(...)
já em casa pela noite, ravi já estava prontinho para dormir mas antes eu e minha esposa resolvemos dar a notícia para ele que iríamos o adotar. o resto da família já sabia, vibraram com a novidade e eu e minha esposa choramos igual neném vendo a felicidade da nossa família por ver as nossas conquistas e metas serem realizadas.
— ravi, lembra que você disse que gosta quando eu e seu titio cadu te chamamos de filho? - analu perguntou enquanto fazia carinho nas perninhas dele.
— lembro! - ele falou balançando a cabeça.
— e se você realmente fosse nosso filho? e se nós fossemos uma família? você iria gostar? - perguntei e ele deu um sorrisinho colocando a mão na boca.
— hein? você iria gostar de ser nosso filhinho mais lindo do mundo e eu sua mãe, e o titio cadu seu pai? - ela perguntou mais uma vez e ravi sorriu com os olhinhos brilhando.
— eu ia gostar muito. eu quero, vocês dois podem ser meus papais? - ele perguntou e analu chorando enquanto mantinha um sorriso lindo no rosto concordou.
— é tudo o que a gente mais quer, meu filho. - ela falou abrindo os braços e ravi pulou no nosso meio nos abraçando forte.
— eu amo vocês muito. - ravi disse e eu tentei ser forte, mas quando vi já chorava junto com a minha esposa.
— a gente te ama muito também, filho! - falei entre choros, dando um beijo na cabeça dele. - muito..
:)
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ai gente 🤕🤕😭😭🤍🤍🤍