ana luísa
eu, ravi e cadu já estávamos em casa e de banho tomado a um bom tempo. nesse momento meu marido estava fazendo a garrafinha de nescau do ravi enquanto eu brincava com ele em minha cama no quarto. eu fazia cócegas em sua barriguinha e ele gargalhava me fazendo rir também involuntariamente.
— ahh, eu vou pegar essa gordurinha aqui! - falei apertando sua barriga e ele gargalhou se debatendo na cama.
— eu vou morrer! - ele falou rindo e eu parei dando um beijinho na bochecha dele e em seguida um cheirinho em seu pescoço e ele riu se contorcendo. — nescau, nescau, nescau.
ele falou e quando olhei para trás cadu nos olhava com um sorriso lindo no rosto. cadu de pressa foi até o pequeno e entregou o nescau dele.
— agora você vai dormir né? - cadu perguntou fazendo carinho no cabelo dele e ele concordou com a cabeça devagar.
— toma pra você. - falei e entreguei o paninho com ursinho que eu tinha comprado de presente pra ele. — você pode dormir aqui na cama com a gente, você quer? - perguntei e ele concordou com a cabeça na mesma hora.
sorri com aquilo e me levantei, enquanto eu ia no banheiro escovar os dentes e lavar o rosto mais uma vez, os meninos se organizavam para dormirmos, já deveria ser 23h e é tarde para ravi ficar acordado, ele costuma dormir mais cedo. quando voltei, ravi estava deitado no meio com os olhos pequeninos quase fechados e meu marido deitado em seu lado da cama. após apagar as luzes e deixar apenas um abajur com a luz fraquinha ligada, me deitei com eles.
— rinho..- ravi falou baixinho e puxou minha mão colocando em sua cabeça, pedindo carinho.
procurei os olhos do cadu na mesma hora e ele estava observando também surpreso, meu coração palpitou e passei a fazer cafuné em sua cabeça, respirei fundo sentindo uma sensação estranha mas logo despertei quase senti o beijo do meu marido em minha testa me tranquilizando.
— eu te amo, tá bom? - ele me disse e eu sorri concordando.
— eu te amo.
desviei meus olhos dos dele só por um segundo checando se ravi já tinha adormecido e ele estava dormindo feito anjo enquanto cheirava a naninha que eu tinha comprado de presente pra ele. meu coração estava começando a ficar balançado quando o assunto se trata ao ravi, já tinha um tempinho que ele estava aqui e eu tenho cuidado dele todos os dias, nem que seja por dez minutos no dia, mas tenho cuidado. é impossível não criar nenhum vínculo de carinho com ele, principalmente pelo fato dele ser uma criança totalmente apaixonante.
— está pensando no ravi, não é? - cadu disse me olhando e eu concordei com a cabeça.
— tô, tenho medo de me apegar nele..vai que a mariana chega aqui do nada e leva ele, como eu fico? - perguntei e ele ficou me olhando. — como ficamos?
— ela deixou ele aqui, foi uma escolha dela.. não acho que vai voltar atrás dessa decisão nem tão cedo. - ele falou me fazendo carinho. — é um risco que você tem que correr já que está se apegando ao pequeno.
— tem razão. - falei olhando nos olhos dele.
— é um risco que eu também estou correndo, você me conhece. estamos nessa juntos, meu amor. - ele falou e eu sorri, fui até ele selando nossos lábios enquanto murmurava "eu te amo" no meio dos selinhos.
depois de ficar naquele love todo, obviamente moderado por conta da cria em nosso meio. dormi com cadu me fazendo carinho enquanto eu dormia agarradinha com ravi.
(...)
por volta das 16h da tarde eu e ravi fazíamos bolo de cenoura, enquanto cadu e danúbia jogavam vídeo game na sala. eu adorava a sensação de ter a minha casa cheia de crianças, me sentia realizada nem que seja só por umas horinhas.
— muito bem ravi, agora vamos fazer a cobertura do nosso bolo. - falei e ele concordou com a cabeça prestando atenção em tudo. — você põe o leite condensado pra mim?
pedi com jeitinho e ele prontamente virou a lata de condensado dentro da panela, depois peguei de sua mãozinha começando a fazer o brigadeiro rapidinho enquanto ele ficava sentadinho ao meu lado me observando.
— você é muito lindo, sabia? - perguntei e ele riu tímido. — é o meu neném mais lindo.
dei um sorrisinho e cheirei seu pescoço fazendo ele rir sentindo cócegas, de surpresa recebi um beijo na bochecha fazendo meu coração derreter. me recuperei daquilo finalizando o bolo, depois de pronto arrumei a mesa e ravi chamou todos para tomar café.
— que delícia, quem fez esse bolo? - danú perguntou brincando com ravi. — foi você ravizinho?
— uhum, danú. eu e minha analu - ele falou e cadu começou rir.
— nossa analu, tá bom? - disse e ravi concordou com a cabeça.
— assim eu fico com ciúmes. - danúbia disse e eu dei um beijinho na lateral do rosto dela.
no meio daquele diálogo entre danúbia e ravi troquei olhares com meu marido e ele me lançou um sorriso, logo me senti em paz e a pessoa mais feliz e sortuda de todo o mundo.
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tô postando mt hj, ntj