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ana luísa

de mãos dadas eu entrava na casa de ryan com cadu, me sentia nervosa e ansiosa. as únicas pessoas que estariam lá que eu conheço é meu romance e o próprio ryan. odiava isso, me sentia pressionada.

— relaxa, pretinha. - cadu falou dando um beijo na lateral da minha cabeça e assim que colocamos o pé dentro da casa senti os olhares e queria correr.

maldita ansiedade!

— meus queridos! - exclamou ryan e veio praticamente correndo na nossa direção e deu um abraço em trio.

— fala irmão. - carlos falou dando uns tapinhas na costas de ryan que se afastou.

— demoraram hein..- reclamou. — vem, tem cerveja, churrasco, refrigerante..o que vocês quiserem.

— valeu, ryan. que receptivo você! - brinquei e ele riu.

— dudu!! - uma voz feminina exclamou e quando vi uma menina agarrava carlos em um abraço apertado.

— qual foi, maíra. - ele falou enquanto abraçava ela ainda de mãos dadas comigo e com a livre deu dois tapinhas em suas costas.

— e aí, tudo bem??? finalmente você chegou, tava demorando. - ela falou enquanto passava a mão no peitoral dele e eu olhava sem dizer nada tendo a maior paciência do mundo.

— tava na casa da nalu, aí quis aproveitar um pouquinho lá também..- ele explicou e a menina finalmente me olhou.

— essa que é a analu? - disse apontando pra mim e ele concordou com um sorrisinho no rosto.

— ela mermo..- fez carinho na minha mão.

— prazer! - disse com um sorrisinho e ela sorriu também.

— hm.. então, dudu- ela ia continuar falando mas me olhou. — você se importa se eu roubar ele só um pouquinho? não né? - separou minha mão de carlos e saiu puxando ele que me olhou sem entender. — depois ele volta.

fiquei parada com a maior cara de tacho mas logo tratei de ir procurar comida, depois de fazer meu pratinho com churrasco e pegar uma lata de cerveja fui procurar uma mesa pra sentar, durante o caminho eu sorria para algumas pessoas e desejava boa tarde. respirando fundo me sentei enquanto comia e olhava pras pessoas conversando.

— ou, cadê o carlos? - ryan me perguntou e eu olhei pra ele respirando fundo.

— tá com a maíra. - respondi simples e coloquei mais um pedaço de carne na boca.

— pô, aí é foda..- falou coçando a cabeça. — ela é meio sem noção as vezes mas tu releva, dá corda não. é minha irmã mas eu falo mermo.

— tá de boa, ryan.. esquenta não. - falei rindo fraco e dei um gole na cerveja.

— contigo então, qualquer coisa tu me dá um alô..- disse e depois de fazer toque comigo saiu me deixando comer enquanto me mexia de leve no ritmo do pagode que tocava tentando me distrair.

um tempinho depois carlos apareceu sozinho e ficou olhando pros lados tentando me achar, quando me viu deu um sorrisinho e veio na minha direção sentando ao meu lado. já eu fiquei na minha sem nem dar um sorriso se quer.

— tá com essa cara porque? - ele perguntou pegando uma carne do meu pratinho e eu só olhei bem pra cara dele tentando entender se ele estava falando sério ou não.

— tô com cara nenhuma. - falei dando de ombros e dei mais um gole na cerveja enquanto olhava pra frente.

— ai, ana luísa..- ia começar a falar e eu olhei pra ele de cara feia.

— cuidado com o que você vai falar. - disse apenas isso.

— tu fica de cara fechada do nada e eu tenho que ficar adivinhando o que está acontecendo, chatão isso pô. - falou de cara fechada.

— é só você prestar atenção nas tuas atitudes, teu amigo ficou mais perto de mim que você. - disse séria. — te disse que não conheço ninguém aqui, que estava ansiosa e sua primeira atitude foi ir pra sei lá aonde com aquela menina.

— é ciúmes então? - perguntou olhando nos meus olhos.

— que porra de ciúmes, carlos. é questão de senso mesmo, de analisar a situação.

ficamos em silêncio um olhando no olho do outro até que eu desviei, quando olhei pra frente vi maíra olhando pra cá enquanto falava com algumas meninas. respirei fundo sabendo que teria dor de cabeça.

— vou pegar mais carne pra você, amor. - carlos falou todo manso e levantou indo pegar.

é cada coisa viu?

(:

intimidade.Onde histórias criam vida. Descubra agora