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ana luísa

dois meses tinham se passado desde que ravizinho veio morar aqui, estava sendo uma experiência única e diferente mas eu me sentia muito feliz por tê-lo aqui, meu marido também. dona lúcia ficava feliz em nos ver feliz, o tratamento dela estava mais intenso mas mesmo assim ela se mantém forte. bom, tudo estava bem..menos agora.

ultimamente eu e cadu estávamos transando apenas sem camisinha, as vezes ia dentro e coisas do tipo. nos últimos dias tenho sentido meu corpo estranho, por sorte ainda tinha três testes de gravidez aqui em casa, fiz dois e ambos deram negativos.

eu já deveria ter me acostumado mas ainda sim me sinto triste, é uma sensação muito ruim de incapacidade, insuficiência e tristeza.

— analu? - ouvi meu marido me chamar e respirei fundo correndo para esconder os testes no lixo.

assim que terminei de esconder respondi.

— oi! tô no banheiro. - falei enquanto lavava a mão, até que ele apareceu e eu sorri, mas não esperava que soasse tão falso.

— tudo bem? - ele perguntou e eu concordei me sentindo rasgar por dentro.

— tudo. - falei tentando fugir mas quando ia sair do banheiro ele me segurou me fazendo parar de andar.

— tudo bem? - perguntou pela segunda vez e eu só olhei nos olhos dele e me desvencilhei de suas mãos e fui até o quarto ao lado procurando ravi para dar banho nele já que tinha acabado de chegar do futebol.

— vamos tomar banho? - perguntei forçando um sorriso e ele me olhou estranho mas concordou. — vou pegar uma roupa pra você.

enquanto ele ficava sentadinho na cama assistindo ben 10 eu procurava uma roupinha para ele vestir, no fim coloquei uma bermuda preta e uma blusa cinza com jacarés. até que senti uma presença ao meu lado e duas mãozinhas em meu cabelo os afastando deixando meu rosto em evidência.

— o que foi, naluzinha? - perguntou baixinho como se fosse um segredo, sorri com aquilo querendo agarra-lô.

— nada, meu filho.. tá tudo bem, tá bom? - falei sorrindo e deixei um beijinho na pontinha do nariz dele mas ravi nem reagiu, só ficou me olhando sem dizer nada.

até que entendi o por que dele estar assim, tinha chamado o pequeno de meu filho e nem percebi. foi algo tão involuntário, tão carinhoso e tão amoroso que não consegui me podar. eu respirei fundo pensando em como me retratar mas fui surpreendida com um abraço apertado, retribuí na mesma hora e quando olhei pra porta vi cadu nos olhando surpreso.

— gosto quando você me chama assim, é melhor que bebezinho.. você e cadu. - ele falou baixinho e eu sorri abraçando ele forte deixando um beijo no seu ombro.

— você é nosso filhinho mas ainda é nosso bebezinho. - falei rindo e beijei a bochecha dele, logo dando um cheirinho no gostoso.

meu coração estava transbordando, me sentia feliz por ouvir aquilo dele, mas ainda sim com o coração apertado pois sabia que a qualquer momento poderiam tirar ele de mim. mesmo ainda digerindo o que tinha acabado de acontecer dei banho no pequeno, dei carinho, coloquei sua roupa e o deixei quietinho brincando e assistindo desenho. quando saí no corredor vi meu marido sentado na escada, mas quando me viu se levantou na mesma hora e me abraçou forte.

— eu não quero ele vá embora. - falei abraçando cadu apertado. — eu não quero perder ele também.

— não vão tirar ele da gente, você vai ver, amor..- ele falou no meu ouvido e beijou minha testa, meu nariz e por fim meus lábios.

— eu te amo. - falei em um sussurro e abracei ele forte sentindo vontade de chorar pelo medo que estava sentindo de ter o ravi longe de mim.

:)

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qm é vivo sempre aparece

intimidade.Onde histórias criam vida. Descubra agora