carlos eduardo
23:30h eu saía do trampo enquanto escutava um som novo do bk enquanto pensava na vida, como de costume. entrei no meu carro e fiquei sentado no banco enquanto encarava o número de ana luísa pensando se mandava mensagem ou não, quando eu estava prestes a mandar meu celular vibrou e eu vi o nome de maíra.
— du? - falou chorando e eu logo fiquei preocupado.
— oi maíra, fala. - disse calmo enquanto procurava meu cigarro de maconha.
— consegui uma clínica pra amanhã..- fungou e eu respirei aliviado. — tô me sentindo péssima por ter que internar ele.
— você tá fazendo a coisa certa, relaxa pô. - assim que achei coloquei no bico e taquei fogo.
— agora vou ser sozinha, só eu e eu. - disse com a voz baixa. — queria que fosse eu e você.
— maíra, tu me ligou só pra isso? - fui cortando o papinho dela.
— você não me ama, é isso? - perguntou dessa vez brava.
— maíra caralho, acorda pra vida..- resmunguei e liguei o carro saindo da minha vaga.
— é por causa da ana luísa né? ela nem gosta de você, cadu. se situa. se gostasse estaria do teu lado agora, mas cadê a bonita? ela é uma egoísta e aproveitadora, só quer estar contigo quando tudo estiver bem.
— só não vou mandar você tomar no cu em respeito ao ryan, mas continua com esses papos pra tu ver só. te largo de mão sem pensar duas vezes. - disse enquanto dirigia em direção ao meu apertamento. — me manda o horário que é pra buscar o ryan depois.
falei por último e desliguei.
tinha horas que a maíra perdia a noção e isso me incomoda ao extremo, ainda mais depois daquele beijo. sobre o beijo eu não vou botar a culpa toda nela, até porque em um momento eu até retribuí mesmo achando errado. mas eu de verdade estava ficando irritado, é muita coisa na minha cabeça.
saí do meu carro após terminar de fumar e fui em direção ao condomínio que eu moro, depois de falar com o porteiro e pegar o elevador cheguei no meu apartamento sentindo a sensação de cansaço me atingir.
tomei um banho gelado e depois vesti apenas uma cueca preta e me deitei no sofá olhando pra janela que tinha vista pro mar. ouvi meu celular tocar e revirei os olhos sem paciência, mas assim que o peguei e vi que era minha vó me ligando dei um sorrisinho e atendi na mesma hora.
— vó? - disse na mesma hora.
— oi meu amor, é a vó.. que saudade! - falou e senti meus olhos arderem. — como você e sua irmã estão?
— jéssica tá feliz demais, tô orgulhoso pra caralho. tá trabalhando com o que ela gosta né, que é ser trancista e tá com a mulher que ama. - sorri.
— ela me orgulha muito, sabia? vocês dois. - respirou fundo. — mas e você amor?
— é complicado vó, muitos problemas. - ri sem humor. — minha mente não dá paz um minutinho se quer.
— o que tá acontecendo, filho? - disse preocupada.
— nada dona januza, esquenta não. - respirei fundo coçando a nuca.
— vem pra cá. - disse do nada e eu ri
— vó, tu mora na bahia, só pra te lembrar.
— e? - debochou da minha cara. — ó, tô comprando sua passagem, daqui a dois dias.
arregalei os olhos
— tá maluca vó? tem como não, eu trabalho.
— fala que alguém que mora longe morreu, pronto. não deixa de vir, vou falar com a sua irmã também..te amo viu? vou desligar.
— bença vó, te amo. - falei respirando fundo.
— deus te abençoe. - desligou e eu joguei o celular no sofá.
velha maluca.
(:
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kkkkk qria uma vó assim