carlos eduardo
às 22h30 as crianças já dormiam, só estava eu e minha esposa acordados em nosso quarto. como eu percebi que ela estava mais sensível e tristinha por algo, resolvi fazer um lanche pra ela. preparei pão com nutella e suco de maracujá, ela ama quando faço isso pra ela. depois de colocar umas mangas, uvas e morangos na bandeja subi pro nosso quarto, chegando lá a pretinha estava encolhida assistindo vídeos do nosso casamento na televisão.
ela tinha o rostinho vermelho e os olhos brilhavam. quando me viu deu um sorrisinho e se sentou na cama, caminhei até ela e a entreguei a bandeja e deixei um beijinho em sua testa.
- obrigada, amor. - ela falou em um sussurro e eu sorri.
enquanto ela comia eu fiquei tranquilo vendo algumas coisas sobre o processo de adoção do ravi, ou pelo menos tentava fazer isso..eu não conseguia tirar meus pensamentos da ana luísa então resolvi perguntar de uma vez.
- amor, o que te aflige? - perguntei chamando a atenção dela e ela me olhou com os olhinhos brilhando. - você está estranha, o que está acontecendo? o que eu perdi.
- tudo. - ela disse em um sussurro. - eu estou com medo de perder mais um filho, cadu. se isso acontecer eu juro que não vou aguentar, é muita dor pra sustentar. - ela falou com a voz embargada.
- nós não vamos perder mais um filho. o ravi é nosso, analu. tá tudo bem..ok? - eu disse e abri os braços para que ela deitasse comigo. - não vão tirar ele da gente, só estamos resolvendo a parte burocrática na justiça, mas ele é nosso filho e vai ficar com a gente pra todo sempre.
- eu te amo muito! - ela disse se alinhando em meus braços. - eu sou muito sortuda por ter você como meu marido, muita mesmo.
- que isso, amor..- falei ficando sem graça.
- não, deixa eu falar. - pediu e se sentou ficando de frente pra mim, olhando no fundo dos meus olhos. - você é tudo o que eu sempre quis, tudo. eu não consigo me imaginar sem você e nem quero. estamos destinados a ficarmos juntos. eu quero beber as doses do teu amor até o meu último suspiro. - ela disse com um sorrisinho no rosto, provavelmente lembrando o que eu falei em nosso casamento.
- eu te amo. - falei dando um selinho demorado nela. - eu te amo com a alma, eu te amo com o corpo, eu te amo com o coração, eu te amo com a minha vida.
a cada vez que eu falava que a amo, ela selava nossos lábios formando selinhos.
- eu te amo. - ela sorriu e me abraçou apertado.
eu não sei quanto tempo ficamos nesse carinho como dois adolescentes apaixonados trocando carinho inocentes, só sei que durou pouco tempo já que em minutos eu deslizava para dentro da ana luísa enquanto ela se contorcia de baixo de mim. ela tampava sua boca, segurava no lençol e reprimia seus lábios impedindo que seus gritos de prazer acordem todos ao nosso redor.
- cadu, por favor..- ela suplicou quando viu que eu tinha parado, já que minha esposa já estava quase chegando em seu limite.
- shhh..- disse mandando ela ficar em silêncio.
com uma mão virei ela de bruços e deixei beijos em suas costas nuas me preparando para invadi-la, até que assim fiz e ela se deitou sobre o colchão relaxando com tamanho prazer. até que ela gozou, eu gozei, nos beijamos, tomamos banho juntos e dormimos fofinho enquanto eu segurava seus seios formando uma conchinha gostosa.
(...)
no outro dia eu e ravi jogávamos bola enquanto danúbia e analu pintavam unha. até que eu e meu filho nos cansamos e fomos sentar na sombra.
- o pai..- ele me chamou e mesmo sentindo meu coração disparado, agi normalmente.
- sim, filho? - respondi dando total atenção a ele.
- você jura que eu vou ficar aqui com vocês pra sempre? eu não quero voltar pra onde eu morava. - ele falou baixinho e eu concordei com a cabeça.
- eu também não quero que você volte pra lá, quero você aqui coladin na gente. - falei fazendo cócegas no pequeno e ele riu.
essa experiência de ser pai estava sendo única, nunca tinha experimentado nada parecido com isso. e é bizarro a forma que um filho muda a gente, eu renasci com a chegada do ravi. me sinto mais forte mas também me sinto frágil, me sinto mais feliz mas as vezes também me sinto triste, me sinto ansioso para vê-lo crescer mas também torço para que o tempo passe devagar e ele continue desse tamanho por um longo período. é uma inconstância muito grande, mas é um sentimento gostoso.
- pai, quero ir na praia.. você leva eu? tá calor. - ele me pediu tirando o cabelo do rosto e quando eu ia responder, danú e minha esposa apareceram.
- caduzinho, leva a gente na praia. - danúbia pediu fazendo voz fofa e eu ri vendo o tanto que essa garota é falsa.
- eu tô com saudades do mar e quero tomar açaí. - minha esposa disse.
- eu quero açaí. - ravi disse também.
respirei fundo olhando pra cara dos três vendo que ele aguardavam ansiosos pela minha resposta, então apenas dei risada e concordei com a cabeça.
- vão se arrumar, bora! - falei animando eles enquanto me levantava e os três correram pra casa, até analu.. quando se tratava de praia e açaí ela agia feito criança, era até engraçado.
:)