carlos eduardo
meu coração estava transbordando de felicidade, não tinha sentimento melhor. meus avós tinham chegado agora e estavam conversando com a gente aqui na areia, o pessoal que estava na sacada desceram também e juntamos todos aqui.
— vamos estrear esse microfone! - minha avó falou e animamos. — eu começo.
— vai, dona januza! - minha noiva disse animando ela e em seguida olhou pra mim com os olhinhos brilhando e deu um sorrisinho.
danúbia e bernardo brincavam na areia um pouquinho mais afastados e os adultos bebiam vinho olhando pra minha vó esperando ela falar.
— é motivo de muita alegria estar presenciando esse momento aqui com vocês, celebrar esse momento, sabe? meu caduzinho sempre teve medo do amor, sempre teve, e agora! ver ele pedir a mulher que ama em casamento mexe muito comigo, sabe? eu me sinto muito orgulhosa. - ela disse me lançando um sorriso e meus olhos deram uma leve marejada.
por algum motivo eu estava mais sensível que o normal hoje, o que me incomodava um pouquinho.
— minha analuzinha. - minha vó falou com um sorriso no rosto olhando pra ela. — te ter oficialmente na minha família me traz uma alegria imensurável além de uma paz, sabia? você é tão leve, tão educada, tão bondosa, tão..- respirou fundo e analu sorriu com os olhinhos marejados também. — tão amorosa! eu fico muito feliz em saber que você é a futura esposa do meu neto. e taís! parabéns pela educação incrível que você deu a ela, você e os envolvidos, tá bom? estão de parabéns. é isso!
minha vó saiu de perto do microfone e batemos palmas. taís se levantou e puxou minha vó para um abraço apertado com bastante carinho e risos. depois de todos irem até o microfone se declarar para eu e minha pretinha, chegou a nossa vez, a bonita decidiu ser a primeira a ir então apenas concordei com a cabeça sentindo uma ansiedade para saber o que ela falaria.
— ai, tô nervosa..- ela falou e a gente riu. — é.. vocês não tem idéia do quão feliz e completa que eu estou me sentindo agora, é um sentimento tão novo e gostoso de sentir que eu me sinto nas nuvens, sabe? - tirou o cabelo do rosto. — eu sempre tive o sonho de ter uma família, mas ainda sim era algo tão distante pra mim.. só que eu encontrei o cadu né? e olha, estou noiva aos meus 21 anos. - nós que olhavámos pra ela rimos e ela também. — ele é um presentão de deus e universo, de verdade mesmo. não vejo a hora de poder dizer pra meio mundo que ele é meu marido e pai dos meus filhos! só quero realizar esse sonho de ter uma família se for com ele, único que faz sentido. - riu coçando o olho que estava um pouquinho vermelho. — eu te amo, tá bom? amo muito e pra todo sempre.
ela se afastou do microfone e veio na minha direção, no mesmo instante abri os braços e ela se aconchegou ali me abraçando apertado. meu coração deu uma leve falhada quando seu cheiro gostoso invadiu meu nariz e ela fazia carinho em meu braço.
(...)
olhava pro teto deitado em minha cama com o quarto escuro, sendo iluminado apenas pela luz do poste. com a respiração ofegante depois de um sexo gostoso com a minha mais gostosa noiva. depois daquele momento em família, eu e ela viemos pra casa e fizemos amor em todos os cantos possível desse apartamento, foi como fogo e gasolina, coisa de outro mundo. deveria de ser 3h da manhã e ela estava deitada com a cabeça apoiada em meu peito e o corpo na cama.
— vamos ter um filho? - perguntei a ela que riu me olhando e concordou com a cabeça.
— vamos escolher o nome dele? - me perguntou de volta.
— deixa eu te alegrar quando você estiver triste? te ninar quando você estiver cansada? - perguntei fazendo carinho em seu cabelo.
— vamos transar o dia inteiro? - perguntou me fazendo rir.
— deixa eu te fazer uma massagem com creme? - pedi e ela concordou com a cabeça.
— vamos aprender a tocar piano juntos? - perguntou e eu desviei o olhar dela.
— vamos transar o dia inteiro? - desconversei e ela deu uma gargalhada gostosa me fazendo rir também.
— vamos aceitar tudo o que o outro é? - perguntou me olhando.
— defender tudo o que o outro é? - perguntei passando meus dedos levemente por seu corpo sentindo a pretinha se arrepiar.
— amar tudo o que o outro é? - disse e colocou sua mão por cima da minha.
— vamos transar o dia inteiro? - perguntei e ela riu alto me fazendo rir também.
puxei ela nos ajeitando na cama e fiquei por trás formando uma conchinha gostosa enquanto descansava minha mão em seu seio desnudo. tirei seu cabelo do seu rosto e depositei um beijo lá e em seguida em seu pescoço fazendo seu corpo arrepiar.
— eu te amo! - falou com a voz arrastada e em seguida bocejou.
— eu te amo, minha pretinha. - disse e a abracei forte inalando seu cheiro que me fez dormir em segundos depois.
(: