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analu

olhava o ravi dormir na caminha dele após tomar um banho relaxante e eu me sentia tão feliz por ter conseguido a guarda do meu filho, meu coração estava em paz. ele dormia com o semblante tão tranquilo e eu estava feliz por isso. agora meu filho vai poder viver feliz, tranquilo e em paz, coisa que toda criança merece.

dei um beijinho na sua testa e ele se agarrou em seu ursinho de pelúcia que danúbia tinha dado para ele. senti alguém me observar e quando olhei pra porta pude ver cadu nos observando, sorri com aquilo e me levantei deixando tudo direitinho pro nosso filho dormir quietinho. após sair do quarto e fechar a porta, meu marido me segurou pela cintura e olhou nos meus olhos. os olhos dele brilhavam, tinha algo novo ali naquela imensidão e eu me sentia intrigada para saber o que tinha acontecido.

— o que aconteceu, amor? - perguntei com a voz suave e ele negou com a cabeça deixando um beijo na minha testa.

ele me olhava por completo. meus olhos, meu rosto em cada detalhe, meu cabelo, meu corpo, minha alma. parecia estar procurando algo.

— estou com uma sensação esquisita, mas ao mesmo tempo boa, sabe? - me perguntou e eu concordei com a cabeça.

— sei..- concordei com a cabeça e fiquei na ponta dos pés. — me dá um beijinho aqui.

pedi e ele segurou em meu rosto com delicadeza me puxando para ele selando nossos lábios formando um beijo calmo e amoroso. finalizamos com selinhos e sussurros de declarações de amor.

— eu te amo. - falei com os olhos marejados e sorri fazendo ele sorrir também.

— eu amo você, amor..- ele falou e eu fiz uma leve caretinha segurando na mão dele.

— vamos descer? tô azul de fome, preciso comer. - falei e ele concordou, quando eu estava prestes a descer ele me puxou para seu colo me fazendo rir, cadu foi até a área externa onde nossa família estava fazendo churrasco comigo em seu colo. — me põe no chão, cadu!

pedi sentindo minha cabeça girar por conta dos movimentos que ele fazia.

— a ana luísa tá morrendo gente, ó a cara dela. - tatiele falou rindo e eu dei dedo meio para ela enquanto descia do colo do meu marido.

dei um tapinha no braço dele e fui até a churrasqueira pegar comida, estava com muita fome. parece que toda fome que eu perdi nesse processo da adoção do ravi veio com tudo agora. eu ia colocar a minha própria comida mas meu sogro não me permitiu.

— deixa que eu coloco pra você. - ele disse todo mandão e pegou o prato da minha mão começando a colocar comida pra mim. — tá com muita fome ou pouca?

— muita! - falei fazendo uma careta e ele riu.

enquanto seu rodrigo colocava comida pra mim eu olhava em volta e via toda a minha família sentada e conversando, meu coração estava em paz com isso. sou muito grata a deus e ao universo por essa dádiva.

— aqui, filha. - ele me entregou o prato com comida e eu sorri agradecida e me aproximei dele selando um beijo em sua bochecha.

— obrigada, sogro! - me afastei e fui até uma cadeira ficando ao lado da minha mãe e de frente pro meu marido e minha irmã.

minha mãe deixou um beijinho no meu ombro e eu sorri com o gesto e passei a comer.

— analu, eu coloquei a eloá pra dormir lá com o ravizinho, tem problema? - jéssica me perguntou e eu neguei imediatamente.

— claro que não, cunha. deixa ela lá, eu fico vendo aqui pela babá eletrônica, se a pequena acordar eu te falo. - falei tranquila e ela sorriu.

— deixa que eu fico vendo, quero babar nos meus netos. - minha mãe me pediu o celular e eu ri negando. achava fofo o carinho que ela tinha pela a eloázinha também, de considerar neta.

— que avó babona! - falei rindo e entreguei o celular para ela.

— agora ela entende eu e januza. - dona lúcia disse e eu concordei.

fiquei conversando lá com as minhas velhinhas até que começou a tocar "o bem" do nosso amadissímo arlindo cruz, tatiele imediatamente puxou jéssica para dançar fazendo ela rir e cadu fez o mesmo, mal me esperou terminar de tomar refrigerante e me puxou para dançar me arrancando uma gargalhada.

— se ainda existe noite e luar..- cantarolei dançando com meu marido enquanto carregava um sorrisão no rosto.

— dança comigo, pretona. - seu rodrigo pediu para januza fazendo a gente rir.

ficamos lá dançando, brincando e rindo. dançamos tantas músicas! quando parei senti meu corpo todo girar. pude perceber que minha mãe tinha visto mas disfarcei com um sorriso no rosto, só cadu que não se convenceu. meu marido tinha sob mim um olhar gigantesco de preocupação e sem falar nada me afastei entrando em casa.

— vai pegar o ravi? ele acordou. - minha mãe me perguntou e eu concordei com a cabeça e fiz beleza.

meu filho já estava na escada quando entrei em casa, ele deu um sorrisão assim que me viu.

— você dormiu bem, meu amor? - perguntei pegando ele no colo e deixei um beijo em seus cabelos e um cheirinho.

— uhum! - falou e deitou o rosto no meu peito.

— vamos lá lavar o rosto pra despertar.  - falei e fui até o banheiro com ele.

escovei seus dentes e lavei seu rostinho, nisso tudo a gente brincava e se divertia, mas eu sentia uma azia terrível.

até que cadu entrou no banheiro e trancou a porta olhando pra gente. eu não entendi nada. fiquei encarando meu marido esperando que ele falasse algo

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