ana luísa
dois meses tinham se passado e hoje é natal, consequentemente, faltam dois dias pro meu casamento e eu nem sei como agir. me sinto muito ansiosa, chorosa, insegura e enjoada, é um misto de emoções de fato. nesse momento eu estava finalizando meu delineado, já estava quase pronta para ceiar, só faltava a roupa. meu cabelo estava lindo, liso com um baby hair de outro mundo. após finalizar o meu delineado e colocar o cílios, limpei minha mão e fui me vestir. uma calça jeans com a boca larga e um top vermelho, nos pés optei por uma sandália papete branca. me perfumei, penteei meu cabelo pela última vez e retoquei o batom vermelho, finalmente saí do quarto e fui até a sala de jantar. para minha felicidade e surpresa, já estavam todos aqui.
— uau, todos lindos! - falei brincando e cumprimentei um a um com um abraço apertado seguido de um beijinho na bochecha.
quando cheguei no meu noivo quase surtei, estava lindo. vestia uma blusa vermelha e uma calça jeans, nós pés havia um tênis branco, seu cabelo estava recém cortado e todo finalizado, ele estava cheiroso e suas tatuagens davam um destaque, mas nem se comparava com a aliança de noivado em seu dedo.
— pretinha..- ele falou respirando fundo e me abraçou apertado, nem parecia que tínhamos nos visto hoje mais cedo. — você tá linda pra caralho.
ele sussurrou a última parte no meu ouvido e eu sorri dando um selinho nele.
— ó o comer! - minha mãe falou chegando com a travessa de farofa deixando em cima da mesa.
atrás dela vieram januza e yara.
me sentei ao ladinho do meu noivo, consequentemente ficando de frente pra tatiele e jéssica.
— e a dona lúcia? - tati me perguntou. — adoro ela cara, cada conselho..
— ela tá com a filha, uma história meio complicada.. outro dia te conto. - falei e tati concordou, olhei pra jéssica e vi que ela estava quietinha demais, aquilo me preocupou. — o que aconteceu com a jess?
perguntei no ouvido do meu noivo e ele se aproximou do meu e disse:
— ela está ansiosa, mas tá tudo bem.
— porque ela está ansiosa? - perguntei no ouvido dele sussurrando novamente.
— espera amor, jajá ela conta. - me disse e eu fiquei com a pulga atrás da orelha.
pouco tempo depois terminaram de colocar todas as comidas na mesa e após orarmos, começamos a comer. felizmente aqui em casa não tinha isso de esperar dar meia noite pra comer, só para dar os presentes. nunca agradeci tanto por isso.
— não quero ser indelicado, mas quem fez o salpicão? - ele perguntou e eu levantei a mão toda orgulhosa com um sorrisinho no rosto. — então meu neto tem muita sorte!
— ai, obrigada. - sorri animada e me estiquei dando um meio abraço em meu sogro.
— mamãe, você pode botar mais farofa para mim e pro bê? - perguntou e eu involuntariamente dei um sorrisinho.
voltamos a comer e conversar, e quando estávamos quase chegando na sobremesa, tati pegou uma taça e um faca, batendo de leve fazendo barulho.