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carlos eduardo

observei ela colocando seu cabelo pro lado e aproveitei para gravar todos os detalhes de seu rosto na minha memória, o tanto que sou bobo por essa mulher é brincadeira.

— eu senti sua falta. - eu disse e ela deu um sorrisinho mas logo negou com a cabeça olhando pro mar.

— não sentiu, cadu. - falou e eu respirei fundo.

— senti sim, ana luísa! - exclamei.

— então seu jeito de sentir falta é bem exótico. - ironizou. — eu te liguei, porque não me retornou?

— você me ligou? - perguntei sem entender e ela começou a rir me fazendo ficar mais confuso ainda.

— então sua namorada não deu o recado, entendi.

— que namorada, analu? - disse com a voz arrastada. — não tem namorada nenhuma.

— e a maíra é o que? porque quando eu liguei vocês pareciam bem ocupados, quando vi vocês se beijando na clínica parecia bem íntimos, isso tava rolando desde que estávamos juntos? - perguntou brava.

— a maíra é a maíra, analu! não tem essa, ela me beijou em um momento de fragilidade e você viu, não é o que está pensando. - suspirei. — eu e maíra já nos beijamos duas vezes e nenhuma dessas vezes foi quando eu estava com você, nenhuma dessas vezes eu tomei iniciativa, sempre foi ela.

— mas vocês quis ela, não quis? - me questionou.

— não! - exclamei. — ela foi um momento, um momento bem curto na verdade. já você é o meu sonho, analu. - segurei no seu rosto fazendo ela olhar nos meus olhos. — meu sonho é e sempre foi você, as outras mulheres são reais.. você é meu sonho eterno, algo que eu sempre quis.

vi seus olhos brilharem e ela respirou fundo se aproximando de mim dando um beijo na ponta do meu nariz e segurou na minha mão fazendo carinho.

— eu quero você, cara. só você! - falei sentindo meu coração acelerar de amor, preocupação e medo.

— eu também quero você, quero muito! mas será que vai dar certo mesmo? será que quando o amor chegar até você, você vai correr? - falou com a respiração ofegante.

— o amor já chegou até mim e eu estou aqui, paradinho pô..- sorri fraco. — eu tô com medo ana luísa, muito medo!

— eu também. - ela falou com a voz embargada. — acha que vai conseguir me amar?

me aproximei dela selando nossos lábios formando um selinho, matando um pouco da saudade que estava sentindo.

— eu tenho certeza absoluta, já te amo agora. - falei e ela sorriu.

— me ama? - olhou nos meus olhos.

— amo! - respirei fundo sentindo meu coração palpitar. — eu só preciso de calma, muita calma. eu cresci vendo nos meus pais que o amor é a dor, e eu não quero te machucar analu, não quero.

— você não é o seus pais, cadu. - falou negando com a cabeça e eu concordei.

— tem razão. - respirei fundo.

— me abraça? - pediu e mais uma vez meu coração acelerou, peguei ela com todo cuidado colocando sentada no meu colo e abracei ela apertado matando toda a saudade.

— estamos resolvidos? - perguntei para ter certeza.

— mais que resolvidos. - brincou e olhou pra mim com aqueles olhões.

colocou sua mão na minha nuca e me puxou selando nossos lábios, logo transformei em um beijo de língua matando mais da saudade. enquanto a beijava apertei sua cintura trazendo mais perto fazendo a pretinha arfar, e meu coração acelerar.

— você também é meu sonho, só você quem eu quero. - falou entre o beijo e eu dei um sorrisinho.

(...)

depois de deixar a analu no apartamento que ela estava, passei a dirigir até a casa dos meu avós que não era muito longe. assim que cheguei olhei no relógio vi que marcava 00:30h, fechei a porta atrás de mim e passei a andar até meu quarto, no meio do caminho acabei encontrando meu avô.

— chegou agora, filho? - perguntou e eu concordei.

— agorinha vô, tava resolvendo uma parada.

— com aquela menina né? - perguntou e eu estranhei, mas concordei.

— sim, sim.. tinha uns probleminhas aí né, tive que resolver. - sorri.

— vai descansar, acordou cedo. - deu um gole na sua água. — amanhã fala dela pra gente, tá bom? tô curioso.

— vou falar. - ri.

— vô te ama, filho. dorme bem! - deu um beijo na minha cabeça e após fazermos um toque ele foi pro quarto e eu fui pro meu.

depois de tomar um banho gelado por conta do calor, vesti uma cueca preta e me taquei na cama pegando meu celular e vi que tinha uma mensagem.

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analu pretinha :)
eu também te amo :p
chato.

me
sai emocionada kkkkkkk
dorme bem
e vem me ver tb
conhecer meus avós

analu pretinha :)
vsfkkkkkkkk
me busca q eu vou
sua vó é muito linda, qro conhecer ela

me
falar p eles agitarem algo aqui, aí te chamo.
pode ser?!

analu pretinha :)
pode
vou dormir, bjo preto. 🤍

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dei um sorrisinho e desliguei o celular, me virei ficando em uma posição confortável e dormi na velocidade da luz.

(:

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finalmente.

intimidade.Onde histórias criam vida. Descubra agora