O céu estava pintado de tons sombrios e cinzentos, enquanto nuvens carregadas se agrupavam no horizonte distante. A brisa do mar que antes acariciava suavemente o seu rosto e balançava o seu cabelo, agora ganhava força, transformando-se em uma rajada constante e fria. As ondas, antes serenas, começavam a se agitar cada vez mais, como se pudessem sentir a chegada iminente de algo poderoso.
Shara se encolheu, sabendo que não teria um abrigo para onde correr… não ali, a sensação de medo instantaneamente preencheu todo o seu corpo, principalmente quando o som distante dos trovões começava a se intensificar, como uma melodia estrondosa ecoando pelo céu. Shara olha mais uma vez para o mar... que agora estava vermelho, o que isso significava? era sangue? Ela corre pela areia, se sentindo apreensiva, mas algo ali chama sua atenção, havia uma caixa, um embrulho bem feito, era um presente... ela se aproxima, ela conhecia aquele pacote colorido, era o mesmo papel colorido usado para embrulhar a adaga que ela havia recebido dias atrás, Shara sentiu medo, agora ela sabia de quem era, aquela mulher assustadora e misteriosa que dizia ser da sua família... bom talvez ela não devesse abrir aquilo, seu coração disparou ao ver a luz verde que cortou o céu bem a sua frente, aquilo era um espetáculo de horrores, ela não entendia por que sentia tanto medo assim, a caixa chamou sua atenção novamente, ela notou que seu nome estava escrito no laço bem desenhado... ela se abaixou, e sem resistir ela a abriu... havia uma veste negra dentro, com um longo capuz ela a ergueu, o que aquilo significava? Ela não sabia, em baixo das vestes e posicionado bem no fundo da caixa havia uma máscara de metal, mas não uma máscara comum, aquilo era terrivelmente assustador, ela ergueu a máscara a analisando com bastante cuidado, havia entalhes que pareciam ter sido feitos a mão em torno dela, criando um arabesco ainda mais sombrio. Shara notou que havia um bilhete na tampa da caixa, ela o pegou e o leu “No turbilhão da tempestade, encontramos o destino revelando sua verdade mais profunda, mais sombria e mais aterrorizante” Assim que Shara finalizou a leitura, o bilhete se dissolveu em suas mãos, virando fumaça como da outra vez, ela repetiu a frase para que não a esquecesse... enquanto um trovão alto o bastante tirou sua concentração a assustando, ela saltou num impulso involuntário, ela abriu os olhos.
A realidade a sua frente era outra e sim Shara sabia exatamente onde ela estava, era a enfermaria, ela se lembrava de tudo que tinha acontecido antes de ser levada até lá, a mulher assustadora, a sala do diretor, o seu braço dilacerado e isso a impulsionou a analisá-lo imediatamente, agora onde antes havia um corte grotesco, havia apenas uma cicatriz, uma cicatriz enorme e mesmo que houvesse sido tomado os cuidados com aquilo, ainda doía, ela olhou para o outro lado se assustando ao perceber que não estava sozinha ali, na verdade ela estava sendo assistida, e Shara não poderia dizer por quanto tempo.
_O que você está fazendo aqui? – ela perguntou de forma rude para a garota que estava sentada à sua frente.
_Relaxa garota – Diaz disse séria se acomodando na cadeira, aparentemente ela estava desconfortável – cheguei a pouco tempo e digamos que o seu guarda costas, ele… não tirou os olhos de mim, nem por um instante desde que me sentei – ela disse aborrecida olhando para o lado, Shara acompanhou o olhar dela, se deparando com Antony sentado em uma das macas logo a frente, de braços cruzados e sério, ela sentiu vontade de rir com aquela cena, Antony sorriu para ela assim que viu que ela estava olhando e ela retribuiu.
_O que você quer? – Shara perguntou, voltando a encarar a garota enquanto tentava se sentar.
_Bom, digamos que você tem aparecido pouco e mal tem passado a noite na Sonserina – ela disse a encarando - um pouco suspeito não acha?
_Hummm claro - Shara sorriu de forma sarcástica - e desde quando isso é algo em que você se importa? – Shara não confiava nenhum pouco naquela garota, não depois de tudo, ela não poderia.
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Destinos improváveis
FanfictionSevero Snape sabia que aquele não seria um ano qualquer, desde que Harry Potter havia pisado em Hogwarts um ano antes, suas expectativas certamente eram as piores possíveis, assim era o que ele pensava, até conhecer aquela garotinha, Shara Epson uma...