CAPÍTULO 22

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SAM


Bebo minha bebida ignorando a pergunta dela, eu sinceramente não quero fazer uma promessa que talvez não possa cumprir.

- Amor? - Ela pega em meu rosto e faz um carinho - Eu falei com ele, você tem que dar uma chance - Eu entendo o desespero dela, mas confesso que é tudo muito complicado - Por favor - Noto que ela está com os olhos marejados, puxo ela pra um abraço.

- Por que você é assim? - Faço carinho em suas costas - Você sabe que não resisto a você, ainda mais quando se está quase chorando - Me afasto e deixo um selinho em seus lábios - A princípio eu não vou fazer nada com ele, mas se ele fazer algo, eu não vou responder por mim - Ela assentiu com um sorriso no rosto - Você vai querer estar lá?

- Sim, se estiver tudo bem para você - Deixo mais um selinho em seus lábios.

- Está tudo bem, tenho uma brincadeira interessante para fazer acho que ele vai gostar - Sorri um pouco.

- O que vai fazer? - Nesse momento escuto batidas, ao permitir a entrada Tee aparece.

- Chefe, já está tudo pronto, eles estão em uma sala mais afastada, está dois andares acima sala 9 - Ela diz, ao entrar.

- Perfeito Tee, bom trabalho, você fica e toma conta da festa mantendo tudo em ordem - Me aproximo dela - Vou precisar de um revólver com cilindro giratório, você tem um aí?

- Sim - Ela responde pegando um revólver na cintura e me entregando - O que pretende fazer?

- Hoje estou afim de brincar de roleta russa - Sorri pegando a mão da minha esposa, caminhando em direção a porta - Mantenha a festa em ordem Tee - Ordeno antes de finalmente sair, vejo que Mon está nervosa - Amor, se não quiser estar lá não precisa.

- Tudo bem, é que meu pai está lá e fico nervosa, mas só isso - Aperto o número do andar no elevador.

- Sendo assim - Sorri para ela - Que tal você participar da brincadeira? - Ela faz uma expressão surpresa.

- De jeito nenhum - Respondeu.

- Por favor, será interessante, dependendo de como você se sair eu te contrato para trabalhar para mim - Me aproximo do ouvido dela - E meu pagamento para você será especial - Falo com malícia, o elevador abre e continuo caminhando, segurando a mão dela.

- Como você consegue pensar nisso quando está prestes a matar uma pessoa? - Perguntou.

- Eu já estou nisso há muito tempo e espero esse momento há muito tempo também, já estou acostumada - Parei diante da porta, olho para ela - Você está pronta? - Ela assentiu, deixo um beijo em seus lábios para em seguida abrir a porta.

Faço minha melhor postura e entro na sala, tem um total de seis homens dos meus sendo dois segurando Saint e dois segurando Aon, quando eles me vêem é impagável a expressão no rosto deles.

- Só pode ser brincadeira - Saint diz assim que me ver em sua frente.

- A brincadeira vai começar agora - Pego o revólver em minha cintura - Prendam ele na cadeira - ele nada fala, apenas me olha com muita raiva - Eu te procurei por muito tempo - Tiro as balas do revólver deixando apenas uma, quando ele já está totalmente preso, giro o cilindro e deixo o revólver pronto - Por que você mandou matar meu pai? - Pergunto com a minha voz cheia de raiva.

Olho para minha esposa que agora está segurando a mão de Aon, ele está muito assustado.

- Eu deveria ter mandado matar você também! - Saint grita com a raiva nítida em sua voz o meu corpo treme, coloco o revólver na cintura e me aproximo dele desferindo socos em seu rosto.

- Com certeza o seu maior erro foi não ter me matado seu filho de uma puta! - Continuo com os socos, um, dois, três, quatro, cinco até perder as contas, o rosto dele, minha roupa, tudo fica sujo de sangue, me afasto pegando o revólver e apontando para sua cabeça - Vamos ver se você é um homem de sorte, você tem três segundo, 3, 2...

- Você é uma louca! - Gritou.

- Eu realmente não sou normal quando me tiram do sério seu merda! - Puxo o gatilho o que assusta ele, mas logo dá um alívio pois a bala não estava engatilhada - Uma oportunidade para responder, por que você mandou matar o meu pai?!

- Vai pro inferno! - Ele grita as palavras que me deixa irada, jogo o resolve no chão e pego a minha arma e tiro na perna dele - AAAA QUE INFERNO, VOCÊ VAI ME MATAR.

- Só agora você percebeu? - Atiro na outra perna, o que faz ele gritar mais ainda de dor - Eu vou atirar em todo seu corpo, você vai se arrepender de ter dado ordem para matar meu pai seu desgraçado! - Atiro novamente na altura do ombro o que deixa ele inconsciente.

- Amor... - Escuto a voz de Mon falando com dificuldade, me viro no mesmo instante.

Não acredito no que estou vendo, Aponto minha arma para Aon.

- Solta ela agora! - Sinto toda a raiva que tem em meu ser - Solta ela, se você encostar nela vai se arrepender, eu juro por tudo que você morre desgraçado! - Estou tremendo, enquanto olho para Mon assustada.

Um dos meus homens tenta se aproximar devagar.

- Não se aproxima! - Aon diz com a arma apontada pra cabeça da própria filha - Eu vou sair daqui e vou levá-la comigo.

- Você não vai sair e você não vai levá-la - Falo olhando para ela que não para de chorar.

- Pai, por favor... - Mon diz com dificuldades.

- Não, você não deveria ter se envolvido com ela - Aperto minha arma com força, eu preciso pensar, ele não vai sair daqui, eu não vou perde-lá, engatilho a arma.

- Vou dá o último aviso, se não soltar ela você morre - Deixo ele na minha mira, meu coração acelera quando ele engatilha a arma, olho para Mon que está desesperada, meu sangue ferve, e não mais que um segundo a sala é preenchida pelo o som do tiro, caio de joelhos no chão não aguentando a fraqueza em meu corpo - Filho da puta! - O grito rasga minha garganta.

....

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Tudo bem não ser normal?Onde histórias criam vida. Descubra agora