MON
Nita me olha ainda desacreditada, agora é a vez dela se aproximar e me fuzilar sem o sorriso ridículo no rosto.
- Meu sorriso te dá ânsia, mas não é isso que sua esposa pensa sobre ele - Sorri com deboche.
- Com certeza não, tenho certeza que os pensamentos dela são bem piores - Minha voz saiu fria.
- Quando me encontrei com ela em seu escritório...
- No escritório?! - A Interrompi - É sério que você quer me atingir falando que encontrou minha esposa no escritório? Então me responde Nita, como é a sensação de ter entrado, sentado no sofá, cadeira ou poltrona, sabendo que exatamente em todos os lugares daquele escritório eu a fiz minha - Olhei com fúria em seus olhos que não estavam diferentes dos meus - E acredite, até no chão daquele escritório ela chamou meu nome enquanto eu dava para ela o melhor orgasmo de sua vida.
- Você é uma... - Nesse momento na sala só se podia ouvir o contato da minha mão no rosto de Nita.
- Mon, se acalma - Meu irmão se aproximou, mas eu o ignoro, meu pai se aproxima também, mas nada fala, Nita está com sua mão no rosto com uma expressão de surpresa.
- O que está esperando? Eu sei que você quer revidar - Ela começou a caminhar de um lado para o outro, provavelmente está pensando que se encostar em mim, com certeza sua atitude terá grandes consequências.
- Nita? - Meu pai se aproxima dela - Por favor saia, não se envolva em uma confusão, Mon é esposa de Sam, você não vai querer que algo aconteça se ela descobrir que você fez alguma coisa com a Mon - A voz do meu pai é calma, Nita não desviou o olhar, ela passa por mim saindo com pressa da sala fechando a porta com força, meu pai senta novamente atrás da mesa e acena para eu sentar na cadeira em sua frente, sento e meu irmão faz o mesmo na cadeira ao lado da minha - Você está diferente - Sua voz continua calma, eu consigo ver um pequeno sorriso em seus lábios.
- São resultados do cansaço por suportar muitas coisas, você é uma delas - Disse friamente, eu nunca falei com meu pai assim, mas eu não estava suportando saber que ele teria matado o pai da minha esposa - Vamos direto ao ponto, por que você matou o pai da Sam? - Assustado, respiração pesada, nervoso, é assim que meu pai ficou ao escutar minha pergunta.
- Filha... - Ele bebe um pouco de água com a tentativa inútil de se acalmar - Ela já sabe? Eu não queria... - Ele respirou fundo à procura de ar para seus pulmões - Acontece que se eu não fizesse o que fiz, eu teria morrido - Franzo o cenho - Por favor, me fala que ela não sabe, eu vou morrer se ela souber - Ele está realmente nervoso, seu medo é nítido.
- Ela sabe - Ele fica surpreso com a informação - Eu quero entender como aconteceu, até uns dias atrás eu não sabia que você era envolvido nisso, não só na morte do pai dela, como também em uma máfia - Ele assentiu várias vezes tomando sua água.
- Sempre fomos uma família unida, quando tivemos você, filha, eu falei para sua mãe que não queria que você soubesse ou se envolvesse nisso, por isso, escondi no que realmente trabalho - Ele sorriu sem humor - Eu não queria que você se envolvesse e você apareceu com Sam, a mafiosa mais poderosa que existe.
- E desde então você me tratou mal e me rejeitou - Continuo, com minha voz fria.
- Sim, eu sinto muito, nunca foi por você, eu só não via outra forma de não deixar ela se aproximar e correr o risco de descobrir tudo - Ele diz com a voz baixa, olhando para sua mesa, com certeza com vergonha de me olhar nos olhos - Eu não queria, nunca foi minha intenção magoar você - Ele me olha com os olhos marejados, tento me manter forte eu não posso fraquejar.
- Quem mandou você matar o pai dela? - Eu não sairia sem saber toda a verdade.
SAM
Depois da minha conversa com Nam, ela me convenceu a vim na casa do Richie, seu irmão, Mon me falou que estava bem e segura na casa dele, para eu não me preocupar. Mas já estou tocando a campainha faz um tempo e ninguém responde.
Decidi ligar para Mon, mas a mesma não atende minhas ligações, já é noite e não sei se fico chateada ou preocupada, pego o celular novamente, colocando para chamar, vou ligar para Nam.
- Nam? - Perguntei quando ela atendeu.
- O que houve? - Respondeu.
- Eu fiz o que você falou, estou aqui na casa do irmão dela tocando a campainha e nada - Estou realmente preocupada.
- Como assim nada? - Pelo seu tom de voz ela pareceu ficar preocupada também.
- Nam eu acho que ela está me ignorando - Pode ser possível, afinal, ela pediu um tempo.
- Sam, entra nessa casa, por Deus, atira nessa porta e leva sua mulher para casa, eu não aguento mais você está insuportável - Agora ela parece sem paciência.
- Eu não vou atirar na porta e entrar assim, eu vou piorar as coisas se fizer isso - Até porque é a casa do irmão dela, não seria inteligente fazer isso.
- Tem razão, você pode ser presa por invadir a casa dos outros - Não acredito que ela falou isso.
- Nam você pode ter a certeza que entrar em uma casa sem autorização, não se compara às coisas que já fiz - Falo como se fosse óbvio.
- Aí meu Deus, eu esqueço que você é uma mafiosa cheia de crimes, então entra nessa casa - Suspiro pensativa.
Desligo a chamada olhando a porta, penso por mais um minuto, com atitudes rápidas pego minha arma e atiro na porta, eu preciso dela, eu quero ela.
Entro na casa e depois de procurar por toda parte não encontro nada.
Ao sair, percebo um carro se aproximando, Mon sai do carro e meu coração acelera, abrindo um sorriso de orelha a orelha, ela está linda como sempre, com um vestido justo preto e um salto vermelho, cabelos soltos, linda, muito linda, minha, toda minha.
- Oi - Falo quando ela se aproxima o suficiente para eu colocar minhas mãos em sua cintura - Você está muito linda - Ela sorriu e fez um carinho em meu rosto.
- Oi, você também está muito linda - Eu estou usando calça, blusa social e um salto preto.
Beijo seus lábios, um beijo intenso, nossas línguas se encontram em perfeita sintonia, coloco minha mão na sua nuca com a intenção de não deixar ela se afastar, eu preciso que esse beijo dure, puxo seu corpo para se juntar mais ainda ao meu, depois de um tempo nos separamos por falta de ar.
- Eu vim buscá-la - Falo com o sorriso pela felicidade de tê-la em meus braços - Estou com saudades, preciso de você.
- Eu já não aguentava estar sem você também, amor - Ela diz, fazendo um carinho em meu rosto com o sorriso mais lindo que existe.
- MEU DEUS! - Volto minha atenção para a casa com o Richie paralisado olhando o tiro em sua porta, Mon me olha entendendo tudo que eu havia feito.
- Eu preciso de você e precisava entrar na casa - Ela sorriu achando graça da situação, eu nunca mais vou deixar ela longe, nunca, ela é minha.
.....
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Tudo bem não ser normal?
FanficSam e Mon são casadas há pouco mais de um ano. Sam, uma mafiosa conhecida por sua personalidade implacável, é extremamente protetora e ciumenta com sua esposa. Mon, por outro lado, enfrenta a rejeição dos pais, que não aceitam o fato de sua filha es...