CAPÍTULO 68

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SAM

Acordo passando a mão na cama ainda de olhos fechados. Pulei assim que senti o vazio, ao abrir meus olhos vejo que realmente estou sozinha.

- Mon? - levanto com pressa correndo até o banheiro - Amor? - Saio do quarto depois de verificar o banheiro - MON? - Fico preocupada. Não quero que ela saia para trabalhar, não quero que ela se esforce, quero que ela fique em repouso cuidando dela e do nosso bebê.

- Estou aqui! - Escuto ela gritando e sinto um alívio por ela não ter saído, vou com pressa até a cozinha - O que aconteceu, porque está assim? - Mon pergunta preocupada, eu ainda estou me recuperando do susto.

- Achei que você tinha saído - Abraço ela - Bom dia, meu amor - Me abaixo ficando na altura da sua barriga - Bom dia bebê, dormiu bem? Perdoa a mamãe ela dormiu contando historinhas - Falo sorrindo ao lembrar que coloquei nosso filho para dormir contando historinhas, vou aprender outras para ficar mais preparada. Levanto a cabeça quando escuto um sorriso vindo da minha esposa - Por que está sorrindo? - Deixo um beijo carinhoso na barriga dela e me levanto.

- Não é nada, é muito fofo ver você assim - Ela envolve seus braços em meu pescoço - Eu tenho certeza que você será uma ótima mãe, na verdade já está sendo uma ótima mãe - Sorri deixando um beijo nos seus lábios.

- Você também - Falo com sinceridade - O que estava fazendo? - Desvio o olhar para bancada.

- Estava preparando algo para eu comer...

- Não - A interrompi - Vamos contratar alguém, não quero que se esforce - Me afasto dela - Vou preparar o café da manhã para gente. Tem preferência em algo? - Pergunto enquanto torço mentalmente para ela não escolher algo muito difícil, a olho esperando a resposta.

- Ovos mexidos - Suspiro aliviada, ovos mexidos é fácil - Bolo, torradas, pães doce - A olho assustada com meus olhos arregalados - Há, frutas bem picadas com leite condensado...

- Amor - Me aproximo dela - Vou tomar um banho e te levar para tomar café - Nem em outra vida eu conseguiria fazer tudo isso.

- Tudo bem, eu espero - Deixo um beijo nos lábios dela e vou para nosso quarto - Amor? - Volto minha atenção para ela - Vamos na cafeteria que costumávamos ir antes? - Sorri.

- Claro - Faz tempo que não fomos, vai ser bom visitar um lugar significativo para nós.

(...)

Assim que terminei de me arrumar levei Mon na cafeteria. Ela ficou animada, parecia que estava com saudades do lugar que antes chamávamos de "nosso". De certa forma sempre vai continuar sendo.

- Eu estava pensando em fazer uma festa - Mon me olha esperando que eu continue, ela está comendo um bolo de chocolate - Uma festa privada para chamar pessoas próximas e anunciar a gravidez - Eu quero fazer essa festa, mas antes precisava saber a opinião dela - Pode chamar quem você quiser.

- Sério? - Ela passa a língua nos lábios prendendo minha atenção no ato - Por mim tudo bem, vou ligar para minha mãe e meu irmão, talvez eles chamem mais alguns familiares próximos. Tudo bem para você?

- Está tudo ótimo amor - Toco a mão dela fazendo um carinho - Eu vou encontrar Nam na casa dela e avisar sobre a festa, quero fazer no final de semana.

- Quando Nam souber, ela vai ficar louca - Mon sorriu, concordei com suas palavras sorrindo também - Sabe que ela vai querer levar o Ricardinho, não é? - Reviro os olhos - Amor, temos que respeitar a relação dela se é o que ela deseja - Suspiro frustrada.

- Tudo bem, mas qualquer coisa tiro ele da festa - Disse com a voz um pouco mais firme.

Sinto que ele tem que fazer mais para ter minha confiança. E minha confiança é algo bem difícil de ser conquistada.

Tudo bem não ser normal?Onde histórias criam vida. Descubra agora