CAPÍTULO 14

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SAM

Acordo escutando batidas leves na porta, olho para Mon dormindo ao meu lado, escuto novamente batidas, me levanto e vou em direção a porta, travo quando percebo que ainda estou nua.

- Espera um minuto - Falo baixo olhando para Mon que ainda está dormindo.

Depois de me vestir e deixar um beijo leve no rosto da minha esposa, vou abrir a porta.

- Chefe desculpa atrapalhar - Percebo que Tee está nervosa - Temos que conversar é importante - Ela caminha de um lado para o outro, passando a mão na roupa, segurando uma pasta tentando se acalmar.

- Tee o que houve? Por que está assim? - Me preocupo por ela estar assim.

- Podemos entrar? - Olho para Mon mais uma vez.

- Vamos conversar em outro lugar, minha esposa está dormindo, não quero acorda-lá - Fecho a porta, fomos para um lugar mais reservado, uma sala que uso pra algumas reuniões importantes, sento acenando para Tee fazer o mesmo - O que aconteceu?

- Você mandou procurar mais informações sobre o assassino do seu pai - Tee diz ainda nervosa, encontrar o assassino do meu pai é importante para mim, estou atrás de vingança e não vou ficar bem até vingar a morte do meu pai - Chefe - Tee coloca a pasta em cima da mesa - Mais cedo quando você saiu da reunião com Nita eu ainda continuei lá e coloquei uma escuta de forma discreta no escritório dela - Já estava nervosa com tudo que Tee falava - Com isso descobrimos quem é o assassino do seu pai - Ela aproxima a pasta, deixando na minha frente - Eu também não acreditei no início, mas temos provas suficientes - Tee abre a pasta, vejo o que tem nela, fotos, todas as informações pessoais, endereço, informações da família e um pen drive - Chefe, eu sinto muito - Eu estou em choque não consigo me mexer, não consigo respirar direito, fico apenas paralisada olhando as informações na minha frente, vejo Tee se aproximar.

- Você...- Falo com dificuldade - Você tem certeza? - Pergunto, talvez não querendo acreditar no que estou vendo.

- Sim, tenho certeza - Tee afirma - O que pretende fazer?

- Eu não sei - Falo pela a primeira vez não sabendo qual decisão tomar.

Eu preciso colocar meus pensamentos no lugar, preciso sair daqui, me levanto saindo da sala.

MON

Acordo sentindo o espaço vazio ao meu lado, tentando enxergar alguma coisa com minha visão ainda embaçada, olho para o relógio na parede vendo que já é muito tarde, me levanto para pegar meu celular e ligar para Sam, mas a porta é aberta com ela entrando com pressa.

- Amor, o que houve? - Me aproximo preocupada.

- Vamos embora - Ela diz pegando suas coisas e as minhas.

Ela pegou sua arma que ainda estava na mesa colocando na cintura, não falo nada porque estou sem reação ao ver ela completamente alterada, decido esperar ela se acalmar para perguntar o que aconteceu.

Nunca vi Sam dirigir tão rápido e em completo silêncio.

- Você vai bater o carro - Falo com a voz calma - Amor por favor...

- Eu não vou bater o carro - Sam diz com a voz firme, mas logo percebendo a forma que falou comigo - Desculpa, só estou nervosa - Fico em silêncio até chegarmos em casa.

Entro em casa subindo para o quarto, me assusto com a porta do quarto sendo fechada atrás de mim, olho para Sam com uma expressão confusa.

- O que aconteceu? - Ela estava agindo de maneira estranha, isso estava me preocupando muito.

- A gente precisa conversar - Ela se aproxima de mim - E eu não consigo esperar e deixar para outro dia - apenas assenti.

- Tudo bem, vamos conversar - Falo com a voz calma porque sei que ela não estaria agindo assim se algo sério não tivesse acontecido, me sento na cama, mas vejo que Sam não faz o mesmo, ela está inquieta andando de um lado para o outro - Amor, fica calma, vou pegar algo para você tomar - Faço movimento para me levantar da cama.

- Não! - Sam diz com pressa, volto a sentar - Nada vai conseguir me acalmar - Ela se aproxima um pouco, mas ainda mantém distância.

- Amor, você está me deixando nervosa e preocupada.

- Eu só preciso, meu Deus, eu tenho que... - Ela diz olhando para o chão, ainda inquieta, faço movimento para me levantar para ir até ela - Não, fica aí - Ela finalmente para me olhando, eu estou sem entender nada - Mon, eu descobri quem matou meu pai - Nesse momento eu fico paralisada com a informação - Você fala para não te contar as coisas que faço no trabalho - Sam continua com a voz firme, mas em um tom baixo - Mas isso você sabia porque contei para você, principalmente por ser algo que eu estava focada, agora eu vou te fazer uma pergunta - Ela me olha séria, ainda estou imóvel paralisada com tudo que ela está me falando - Mon, você sabe quem é o assassino do meu pai?

......

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