CAPÍTULO 12

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MON

- Estou muito feliz em te ver - Chego na mesa e abraço meu irmão - Obrigado por vim.

- Não precisa agradecer, eu senti sua falta - Sento na cadeira - Como estão as coisas? Sua ligação parecia urgente - Richie havia me ligado enquanto eu ainda estava com sam, ele falou que precisava conversar comigo, por isso decidimos almoçar em um restaurante.

- Podemos pedir primeiro almoço? - assenti com um sorriso, o pedido foi feito rapidamente, me sinto ansiosa por não saber o que Richie quer tanto conversar - Não quero que pense que estragou o jantar - Ele segura minha mão fazendo um carinho - Fiquei preocupado com você por causa dos nossos pais e Nop - Ouvir o nome de Nop me deixa mal, Richie nota minha mudança - Mon, está tudo bem?

- Sim, só estou pensando no que aconteceu na noite do jantar - Menti, não quero trazer esse assunto.

- Eu falei com eles - Continuei olhando para ele, incentivando a continuar - Eles querem falar com você - Fico surpresa.

- O que? - Isso me pegou de surpresa, meus pais sempre me ignoraram desde que souberam da minha relação com Sam.

- Eu conversei com eles e acho que vai dar certo, mas eu não acho uma boa ideia você ir com a Sam - Ele diz, olhando para a mesa, evitando olhar pra mim.

- Por quê? - Richie engole em seco, vejo que ele fica nervoso, bebendo em seguida um pouco de água.

- Não é nada, é que ela é muito séria, como é uma conversa com nossos pais acho que seria melhor só a gente - Ele me olha com expectativa pela minha resposta.

- Tudo bem, eu vou tentar ir esse final de semana - Richie sorriu fraco, mudando de assunto.

Falamos sobre seu relacionamento, ele está feliz com Irin, o assunto rendeu até o final do almoço, nos despedimos com a promessa de que eu enviaria uma mensagem para confirmar se vou para casa de nossos pais no final de semana.

No caminho de volta ao trabalho de Sam, eu liguei para Beer, queria saber como estão as coisas no trabalho, ela falou que está tudo bem.

Depois de um tempo, cheguei no trabalho de Sam, mas vejo que ela não está em seu escritório, pego meu celular, vou ligar para ela.

- Oi amor, onde você está? - Falo enquanto caminho a passos lentos no seu escritório - Eu cheguei, mas você não estava.

- Sai para resolver algumas coisas, mas não demoro - Ela diz, parecendo estar tranquila do outro lado da linha.

- Vou te esperar - Ela não me enviou uma única mensagem para avisar que não estaria aqui, talvez achou que eu fosse demorar.

- Como foi com seu irmão? - Não quero conversar sobre isso em ligação.

- Acho melhor conversarmos sobre isso pessoalmente - Sento no sofá.

- Chego em trinta minutos, eu te amo -  Fico feliz por ela não demorar tanto.

- Também te amo.

Passa-se alguns minutos, mas decidi não ficar no escritório, vou dar uma olhada melhor no lugar. Quando saio do escritório encontro Chin na porta.

- Boa tarde, Sra. Mon - Ele diz, com um sorriso fraco.

- Boa tarde - Sorri fraco, começando a caminhar, vejo que Chin está me seguindo - Por que está me seguindo? - Pergunto calmamente sem parar meus passos.

- Só estou obedecendo ordens - Franzo o cenho olhando para ele - Sua esposa falou para ficar a sua disposição.

- Tudo bem - Paro em uma porta que me chamou atenção - O que tem nessa sala? - Olho para ele com curiosidade.

- Aí é o arsenal - Volto a encarar a porta, ela precisa de uma senha para abrir.

- Sabe a senha? - Pergunto ainda curiosa.

- Não, quem tem acesso é só sua esposa e Tee - Suspiro frustrada.

- Vou tentar - Chin me olha surpreso - Você pode virar? Acho que não seria bom você descobrir a senha se eu acertar, já que só Tee e Sam sabem.

- Só pode tentar três vezes, se errar a porta será bloqueada - Ele virou, ficando de costas.

Me concentro tentando lembrar o que Sam colocaria como senha, tento sua data de aniversário, erro, penso mais um pouco, coloco seu número, erro, suspiro frustrada, coloco a data do nosso casamento e abro um sorriso ao ver a luz verde, deveria ter pensado nisso antes, Chin me olha desacreditado.

Entro na sala e fico surpresa com a quantidade de armas, acredito que tem todos, ou quase todos os tipos de armas do mundo. Olho de relance e vejo uma área mais afastada para treinamento, o que me faz ter uma ideia brilhante, volto minha atenção para as armas pegando uma.

- O que vai fazer? - Chin me pergunta com semblante preocupado - Por favor, guarde isso é perigoso, a Chefe vai me matar se algo acontecer com você - Sorri levemente.

- Não vai acontecer nada, é só você ficar de olho, quero saber a sensação de atirar - Chin percebeu que não adiantaria ele tentar me impedir.

- Mas só um e vamos sair daqui - Ele pegou óculos e fones para proteção, depois de arrumada, ele ficou atrás de mim, segurando meus braços, explicando como eu deveria fazer - Controla sua respiração, deixa o pulso firme, quando se sentir confiante você atira - Me concentro, logo depois do primeiro tiro, olho para trás e vejo não só Chin, mas Sam nitidamente com raiva, Chin se assusta com Sam, ela caminhou em sua direção - Chefe, ela pediu para... - Chin não termina de falar porque Sam da um soco que faz ele cair, segurei seu braço.

- Sai - Olho para ele, Chin levanta se afastando, mas com medo de sair e deixar a situação ainda pior - Eu estou mandando você sair! - Falo um pouco alterada, ele sai correndo - Por que fez isso? - Pergunto tirando os óculos e os fones.

- Ele estava encostando em você, e isso é perigoso - Ela apontou para as armas.

- Eu pedi pra ele me ajudar, Chin não me faltou com respeito - Encaro Sam que está na minha frente com as mãos nos bolsos de sua calça, uma mania que ela tem.

- Eu não quero ninguém encostando em você - Ela diz, mas com a voz calma  - Se queria atirar era só me pedir.

- Onde você estava? - Desconverso.

- Com tudo que aconteceu teve alguns atrasos nos negócios, então fui encontrar Nita...

- Foi encontrar quem? - Interrompi, estranho o nome que ela falou.

- Nita, ela faz parte de alguns negócios...

- Você trabalha com uma mulher e eu não sabia? - Começo a ficar um pouco chateada com a informação - Você tem muita coragem de falar isso para mim aqui, você já percebeu que estou segurando uma arma? - Sam olha para minha mão com um sorriso.

Ela sabe que não tenho coragem de fazer nada com ela por dois motivos, porque eu a amo, o outro porque eu não sei segurar uma arma direito.

- Você está me ameaçando porque eu fui encontrar uma mulher? - Me irritei com o jeito que ela insinuou que foi encontrar uma mulher, deixo a arma na mesa, vou em sua direção, me aproximando dela - Eu estou brincando - Ela diz, levantando suas mãos em rendição.

- Você acha que eu estou brincando? - perguntei seriamente.

- Amor, você nunca quis saber como funcionam as coisas por aqui, lembra que você falou que não gosta muito e que não queria se envolver?

- Lembro, mas isso foi antes de saber que você foi encontrar uma mulher - Dou mais um passo em sua direção, olhando em seus olhos.

- Eu vou te explicar, não precisa ficar chateada - Começo a caminhar com pressa em direção a saída.

- Vamos conversar no seu escritório - Falo sem olhar pra trás chateada.

Imaginar Sam encontrando outra mulher, mesmo que seja para negócios, me incomoda.

.....
Deixa sua estrelinha.

Tudo bem não ser normal?Onde histórias criam vida. Descubra agora