MON
Estava andando de um lado para o outro na sala de espera, não aguentava mais esperar ter sem notícias dela. Quando acordei do meu desmaio, eu já estava no carro sendo levada para o hospital, Tee me explicou o que aconteceu, minha mente travou nas palavras, tiro, cirurgia e risco.Já estou há muito tempo esperando preocupada, não consigo me acalmar, saber que posso perde-lá me deixa arrasada, sinto como se fosse desabar, meu coração parar de bater, eu não posso perde-lá, ela não pode me deixar. Minhas lágrimas não param de cair um minuto desde que recebi a notícia.
- Precisa de alguma coisa, uma água? - Tee perguntou preocupada.
- Preciso da minha esposa, você pode trazer ela para mim? Como vocês foram tão incompetentes para deixar isso acontecer?! - Estou tão irritada.
Saber que não conseguiram proteger ela com a quantidade de homens que tinham não entra na minha cabeça, eu sou capaz de matar qualquer um desses incompetentes.
- Desculpe - Tee se mantém em uma distância, mas sempre de olho em tudo que está em volta, como se estivesse preparada para algo que venha a acontecer.
Vejo um médico entrar na sala, não perco tempo e vou até ele.
- Gostaria de saber notícias da minha esposa! - Falo nervosa com medo de alguma notícia ruim.
- Você é a esposa da paciente Samanun Chankimha? - Perguntou.
- Sim, como ela está? Como foi a cirurgia? Por favor, me dê boas notícias - Pergunto sem parar, eu estou muito nervosa.
- A cirurgia acabou - A voz dele é calma - Apesar de ter tido complicações ela não corre mais riscos - Sinto meu coração se acalmar um pouco - Mas ela perdeu muito sangue, o estado dela é delicado, vai ter que fazer bastante repouso.
- Quando vou poder vê-la? - Estou ansiosa.
- Você pode vê-la amanhã - Fico indignada, eu quero ver ela agora.
- Gostaria de ver ela agora - Insisto, ele pode ver o quanto estou impaciente, nervosa e com o rosto inchado de tanto chorar.
- Eu compreendo, mas são as normas - Ele diz, gentilmente - Mas não se preocupe, ela não corre mais riscos e amanhã no primeiro horário vou liberar para você vê-la - Assenti.
Agradeço e ele sai para falar com outros que estão esperando notícias.
- Estamos com um problema - Tee diz ao se aproximar, fico sem entender - O chefe desse hospital descobriu quem é a Sam, ele pretende avisar a polícia, Sam é a mais procurada, e ainda tem recompensa para quem entregar ela - Ela dispara falando, fecho meus olhos para me controlar - Eu preciso falar com ele e...
- Não! - respiro fundo, tudo que está acontecendo está sendo demais para mim, minha esposa está mal e esse idiota só quer saber de chamar a polícia, minha raiva consome todo meu corpo - Fica, qualquer notícias de Sam me manda uma mensagem ou me liga - Saio sem falar mais nada.
Vou na recepção e consigo o andar da sala dele, entro no elevador. Ele vai me escutar, ninguém vai colocar minha esposa atrás das grades.
Quando chego, entro no escritório sem bater, eu não sei onde foi parar minha educação e também não me importo, a única coisa que eu quero é que esse idiota, que agora me olha assustado pela forma que entrei sem avisar, entenda que com minha esposa ninguém mexe.
- Quem é você? - Perguntou ainda surpreso com minha presença.
- Esposa da paciente Samanun Chankimha - Respondi com firmeza, em minha voz é possível notar que estou com raiva, ele fica mais surpreso.
- Oh, sim - Um sorriso desenhou seus lábios - Fico feliz que ela não corra mais risco e que agora está se recuperando.
- Me poupe das suas palavras! - Ele me olha fingindo não entender nada, respiro fundo, se ele quer bater de frente então tudo bem.
Sento na cadeira em frente dele, ajeito minha postura ao sentar para mostrar que sou sim superior a ele, ele não entende nada, parece confuso pela minha mudança, olho para o nome no jaleco dele.
- Bom, Dr. Roger, sei que sabe quem é minha esposa e também sei que pretende chamar a polícia - Tento manter a frieza em minha voz, ser mais firme possível, ele me olha sem graça.
- Eu espero que entenda, quando um paciente entra aqui com essas situações devemos chamar a polícia, são...
- Mas você não vai - Corto sua fala - E eu espero que você entenda que isso não é um pedido - Ele me olha espantado.
- Você não pode entrar em minha sala e achar que manda senhorita - Sorri sem mostrar os dentes.
- Eu posso - Disse seriamente - Você não deveria se arriscar, você tem 56 anos? - vejo ele ficar inquieto na cadeira.
- Você está me ameaçando? - Perguntou.
- Entenda como quiser doutor, mas a melhor forma de atingir alguém é atingindo as pessoas em volta, como a família, por exemplo - Pego um porta retrato que estava em sua mesa, olho a foto, está ele sua esposa e dois filhos, um casal.
- Você não ousaria! - Ele diz com raiva, mas o que ele não sabe é que eu estou com mais raiva que ele.
Olho seriamente para ele, quebro o porta retrato na quina da mesa não tirando o olhar dele.
- Se você fizer algo que possa prejudicar minha esposa, você vai saber que sim, eu ousaria e não pensaria duas vezes, se chamar a polícia para ela ou para mim, é importante que fique ciente que antes mesmo da polícia chegar aqui, eu já vou ter dado ordens para irem atrás da sua família - Agora com a foto em minhas mãos, dobro e olho para ele novamente - E a foto fica comigo - Me levanto - Faça o que é pago para fazer, se algo acontecer com minha esposa você não vai gostar de me ver novamente, você entendeu? - Ele está assustado, me olhando surpreso - Responda!
- Sim, entendi - Respondeu com a voz falha.
Me retiro da sala, olho a foto mais uma vez enquanto desço o elevador, vou para sala de espera, vejo Tee e entrego a foto para ela.
- Quero todas as informações da família dele, manda homens para o endereço ainda essa noite, quero que fiquem de olho em qualquer movimento suspeito - Dou a ordem, não sei o que está acontecendo comigo, só sei que eu a amo e vou proteger ela a todo custo.
- Sim chefe - Ela sai para fazer o que eu mandei.
Ninguém mexe com minha esposa. Ninguém!
...
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Tudo bem não ser normal?
FanfictionSam e Mon são casadas há um pouco mais de um ano, Sam é uma mafiosa extremamente protetora e ciumenta com sua esposa, Mon sofre com os país por não aceitar o fato de sua filha se relacionar com uma mulher. Sam é diferente, nunca pensa no próximo na...