CAPÍTULO 47

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SAM

Caminho até o escritório de Tee que fica no andar inferior, eu confio em Tee, se ela deixou Irin sozinha sem ninguém estar vigiando é porque não apresentava riscos. Chego e sem bater, abro a porta, o que faz ela se assustar, Irin olha para mim rapidamente, ela está comendo um sorvete.

- Quando você dá o endereço de sua amiga condenando ela a morte, você fica preocupada assim, comendo sorvete? - Fecho a porta, ela se levanta do sofá assustada, deixando o sorvete de lado

- Como assim morte? - Perguntou.

- Eu vou ser direta com - Estou com  minha melhor postura, metendo um olhar firme - Você precisa entender o que está acontecendo, quais os riscos, isso daqui não é um jogo onde você pode fazer o que quiser, e ficar tudo bem - Irin me escuta com atenção - Sua amiga não agiu muito bem, ela provocou minha esposa, apontou uma arma para ela ameaçando matar, e teve o que mereceu.

- Por favor, não me diz que ela...

- Sim, sua amiga morreu da pior forma possível - Ela voltou a sentar, não aguentando a informação.

- Quem matou ela? - Lágrimas molham o rosto de Irin.

- Eu matei - Minto, me aproximo dela - Foi feito uma denuncia anônima na delegacia, eu quero saber o que você e o Richie fizeram depois que saíram da boate, sei que vocês ficaram juntos, você estava na casa dele no dia seguinte, me fala o que fizeram e não minta para mim - Ela me encara assustada enquanto ainda chora.

- Eu... Eu não fiz nada... - Fala com dificuldades por causa do choro - O Richie estava muito alterado, tentei acalmar ela e levá-lo para casa, no dia seguinte vocês apareceram - Ela não parece estar mentindo, mas também não posso confiar totalmente.

- Irin, eu sempre descubro a verdade, e se você estiver mentindo as consequências vão ser piores para você ou para o seu namorado - Saio em direção a porta - Tee vai te levar para casa - Deixo ela refletindo sobre minhas palavras.

Os policiais foram ao trabalho da Mon, isso me preocupa. Essa denuncia pode ter sido contra minha esposa, afinal de contas, foi ela quem os polícias procuraram, se fosse contra mim, eu ficaria mais tranquila, eu já sou procurada e não faria diferença.

Chego em meu escritório e não encontro minha esposa, nem as coisas dela, saio em direção a saída.

- Steven, sabe onde está minha mulher? - Ele me olha, enquanto carrega algumas armas levando elas ao arsenal.

- Oi chefe, eu vi ela saindo no carro faz alguns minutos - Assenti, ela foi para casa, precisamos conversar.

Enviei uma mensagem para Tee, mandando ela cuidar das coisas em minha ausência, e quando levar Irin não deixar ela ver nada, todo cuidado é pouco.

Enquanto dirijo com o trânsito horrível, me preparo para ficar frente a frente com minha esposa, enviei  mensagem para ela, mas ela não me respondeu, liguei, mas não atendeu. Ela nunca me ignorou antes, isso me deixa preocupada.

Depois de quase uma hora no trânsito consigo chegar em casa, entrei com o coração acelerado, subi as escadas e, quando cheguei na porta do nosso quarto, respirei fundo mais uma vez para finalmente abrir a porta.

- Uau - Minha querida esposa acabou de sair do banho, ela está totalmente despida, com uma perna apoiada na cama passando hidratante no corpo.

Admiro cada parte do seu corpo, ela já notou minha presença, mas me ignora continuando a passar o hidratante, me aproximo devagar, não sei se ela já está calma.

- Não - Ela diz com firmeza, sem direcionar seu olhar para mim.

- Eu não posso tocar em você? - Agora ela me olhou pela primeira vez desde que cheguei.

- Não pensou nisso quando ia tirar a roupa para aquela vadia? - Ela não vai esquecer tão cedo disso. Mon caminha até o guarda roupa, procurando algo para vestir.

- Para com isso - Estou magoada, não acredito que ela está fazendo isso - Não faça isso... Por favor - Abraço ela por trás, sentindo o cheiro delicioso do seu corpo - Eu sei que você quer - Mon se arrepia com minhas palavras próximo do seu ouvido - Você precisa relaxar - Começo a distribuir beijos nela.

Viro ela pressionando contra o guarda roupa, minha respiração está pesada, eu a quero, e quero agora. Me aproximo para beijar seus lábios com pressa e urgência, mas ela segura em meus ombros.

- Eu falei não - abro a boca no perfeito "O", ela tenta sair de perto, mas não deixo.

- Eu quero você, agora - Falo com firmeza, com minha voz cheia de desejo.

- Sai! - Mon grita com raiva, solto ela a contragosto  - Vou trabalhar - Olho para ela sem entender - Beer precisa de mim, e eu preciso organizar umas coisas.

- São duas horas da tarde, amor, você já almoçou? - Olho às horas no relógio em meu pulso.

Ela pega uma saia social e uma blusa para vestir, Mon já está usando uma lingerie na cor vinho, que tentação de mulher.

- Vou almoçar lá, a festa do Ken é em uma semana - Ela percebe meu olhar sério, mas não se importa - Eu tenho um plano, aquela vadia não fez a denuncia, ele é o segundo da minha lista de suspeitos.

- Você não está pensando em ir nessa festa, né? - Perguntei já sabendo sua resposta.

- Vou sim, eu tenho um plano, e esse não vai falhar - Ela coloca a blusa social.

- Eu já falei você não vai! - Falo séria, Mon me olha me fuzilando, estou olhando ela da mesma maneira.

- E quem vai me impedir? Você? - Ela caminha somente com a blusa social por cima da lingerie até mim - Você não vai me impedir, vou a essa festa colocar o plano que está em minha cabeça em prática, e vou descobrir a verdade.

- Que porra de plano, você não vai chegar perto dele! - Grito furiosa.

- Pensasse bem antes de abrir a porcaria dessa blusa para outra mulher! - Ela puxa minha blusa social fazendo os botões saírem voando - Eu pensei muito em te castigar pelo que fez - A voz dela está como estava mais cedo no escritório - Mas até mesmo te bater seria te dar prazer, então, o seu melhor castigo é me ver por aí e saber que não vai me tocar até eu sentir que merece, e eu não vou tocar em você, então minha esposa linda, como é difícil resistir ao seu lindo corpo, você vai dormir FORA DESSE QUARTO - A encaro com muita surpresa - Agora com licença que tenho que ir ao trabalho - Ela volta para terminar de se arrumar.

Saio com muita raiva batendo forte a porta do quarto, isso não vai ficar assim.

....

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