CAPÍTULO 25

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SAM

Eu sempre gostei das minhas festas, me dedico a fazer o melhor como sempre, com jogos de apostas, uso para produtos ilegais, as melhores strippers, quartos reservados para momentos íntimos, bebidas das melhores marcas, homens de olho em tudo, dentre outras coisas.

Ao caminhar no meio da festa nenhum olhar é direcionado a mim por muito tempo, nem mesmo dois segundos, que é tempo suficiente para saber que sou eu e desviar o olhar, mas mesmo assim, todos estão bem a vontade, bebendo e curtindo como deve ser.

- Whisky - Ordeno ao barman que ao me ver fica nervoso, mas logo faz o que mandei.

- Sim senhora - Pego a bebida bebendo tudo de uma só vez e mando que coloque mais em meu copo.

Volto a caminha olhando a hora em meu relógio, me preparando para o grande espetáculo, fico em um local onde todos possam me ver.

- Boa noite - Todos param de fazer o que estão fazendo para dá sua atenção para mim, até porque se eu ver somente uma pessoa não prestando atenção vai sofrer as consequências, não faço nada e deixo se divertirem, mas se faltar com respeito a mim, morre - Hoje quero da um exemplo e ao mesmo tempo um show para vocês - Vejo que todos estão sem entender nada - Hoje trouxe um convidado especial para a festa - Nesse momento dois dos meus homens entram com Kirk no local com suas mãos amarradas e com uma fita em sua boca, é notável o suor descendo na sua testa - Podem colocar ele de joelhos - Ao fazerem o que mandei eles se afastam - Esse homem teve do bom e do melhor assim como vocês estão tendo agora - Falo com um sorriso no rosto porque estou amando todo esse show, amando mais ainda vê-lo assustado de joelhos  - Fugiu com dívidas comigo e o imbecil achou que ficaria por isso mesmo - Bebo minha bebida deixando o copo de lado, pego minha arma que sempre está em minha cintura, tiro a fita da boca dele - Suas últimas palavras Kirk para todos que estão te vendo agora - Alguns convidados estão surpresos e outros não, muitos já sabem como eu sou.

- Eu... Por favor... - Ele não consegue falar, coloco a arma na cabeça dele - Desculpa eu não quis... - Ele diz assustado.

- Você estava viajando com pendências para resolver comigo - Olho séria para todos - E ninguém nunca, nunca sai em pune das minhas mãos - Atiro na cabeça dele sem ao menos olhar para ele, meu olhar é para os convidados, abro um sorriso - Aproveitem a festa - Posso ouvir alguns suspiros de alívio.

Depois do corpo de Kirk ser retirado, pego meu celular e envio uma mensagem para minha esposa perguntando se ela está a caminho, ela responde falando chegando.

Volto minha atenção para a festa e não acredito no que estou vendo, Nita me olhando sorrindo, por Deus, essa mulher tá sempre feliz? Começo a caminhar até ela.

- Nita, Nita, Nita - Falo me aproximando - Você acabou de condenar a pessoa que te deixou entrar aqui - Olho séria com meu tom de voz firme.

- E você como sempre fazendo um belo show não é mesmo? - Nita continua tranquila, admiro sua coragem.

- Você só se livrou de participar do show porque não tem envolvimento na morte do meu pai, você vive indo em uma máfia e outra para tratar de negócios relacionados a posse de armas, e com isso você costuma fazer amizades - Me aproximo um pouco mais - Mas eu não sou sua amiga - Ela abre o sorriso novamente.

- Eu não quero que seja minha amiga - Fala sugestiva - Aliás onde está sua esposa? achei que a presença dela em suas grandes festas era importante.

- Não que te interesse, mas ela já está a caminho - Respondi, quero que fique claro que Mon sempre me acompanha.

- Espero que ela esteja mais calma, na ultima vez que a vi ela estava muito nervosa - Ela perceber que não estou entendendo nada - Ela não te contou? Sua esposa acertou um tapa no meu lindo rosto eu... - Ela se cala ao ver que estou sorrindo - Qual a graça?

- Eu realmente não sabia disso - Tento controlar meu sorriso - Mas isso não me surpreende - Meu corpo fica paralisado quando percebo que Mon está parada me olhando, enquanto bebe em uma taça com um olhar muito sério.

Ela está com seu cabelo preso perfeitamente arrumado, com lindos brincos, saltos pretos e vestido preto também, que valoriza seu lindo corpo, um batom vermelho, ela está perfeita, respiro fundo e caminho até ela deixando Nita falando sozinha, quando finalmente chego perto dela eu não consigo falar nada e meu nervosismo toma conta de mim.

- O que eu faço com você? - Perguntou enquanto coloca sua taça em uma mesa próxima.

- Eu posso explicar - Minha voz é baixa mas eu sei que ela escutou.

- Explicar o que? O por que de ter convidado ela ou o motivo da sua alegria ao conversar com ela momentos atrás? - Mon olha em volta, eu sei que ela está tentando evitar um show no meio das pessoas, tento me aproximar para tocar nela - Não me toca -  A voz dela é firme o tempo todo, mas em nenhum momento alterada.

- Amor, eu não convidei ela e não sei como ela entrou, preciso ver isso e punir quem deixou que ela entrasse aqui - Consigo ver a raiva nela, Mon é possessiva, ciumenta assim como eu, ela respira impaciente olhando em volta - Por favor, não faça nada aqui.

- Não fazer nada aqui? - Ela segura no blazer do meu paletó com um aperto firme e me puxa me deixando próxima dos seus lábios - Eu faço o que eu quiser com você, onde e quando eu quiser, você entendeu?

- Amor por favor fica...

- Sim ou não, responde? - Mon diz um pouco alterada.

Se não fosse a música tocando com certeza teriam escutado, mas não me importo, na menor gracinha de qualquer um aqui, eu não respondo por mim, só Mon, tem poder para fazer o que quiser comigo.

- Sim, eu entendi - Mon me solta e volta a sua postura, acena para Chin que se aproxima.

- Está vendo aquela mulher que não para de olhar pra cá? - Fico sem entender suas atitudes, mas nada falo - Pega ela e leva para uma sala.

- Sim senhora - Ele saiu para fazer o que minha esposa mandou.

- Ela vai presenciar um show - O tom dela é malicioso com um toque de raiva.

- É o que eu estou pensando? - Perguntei.

- Venha agora - Ordena e caminha em minha frente, sigo seus passos, mesmo minha esposa não trabalhando aqui todos com certeza a respeitam, do mesmo jeito que respeitam a mim, as pessoas abrem espaços e ficam de cabeças baixas. Assim que chegamos na porta da sala com o Chin fazendo guarda, Mon parou antes de entrar - Se ela precisa ver com os próprios olhos que você pertence a mim, então é isso que ela vai ver, entra! - É impossível não ficar nervosa e excitada ao mesmo tempo.

Essa mulher ainda vai me matar.

....

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