CAPÍTULO 41

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SAM

Nunca imaginei que me encontraria em uma situação como essa, olhando para polícias enquanto faço minha esposa de refém, é até excitante dada a situação.

Analiso tudo, tem três dos meus homens atrás de mim, os policiais que estão na nossa frente estão distantes, mas nem tanto, o da direita fala mais uma vez para eu soltar a mulher, o chame faz imaginar que ele não sabe quem é Mon.

Nesse momento, eu vejo outro policial se aproximando dele, falando algo em seu ouvido, vejo a expressão no rosto dele mudar.

Sorri discretamente, ele já sabe quem está comigo.

- Samanun, não faça nenhuma besteira - O policial grita - Peço que solte a srta. Kornkamon e vamos negociar - Sorri de uma maneira que ele pudesse ver minha expressão.

- Sim, vou negociar muito com você, metendo uma bala na cabeça dessa pobre coitada e logo em seguida na sua! - Fico mal por direcionar essas palavras para minha esposa.

Mas não posso demonstrar que a amo mais que tudo nessa vida.

- Por favor, não me mate - Mais um sorriso desenha meus lábios.

Mon é esperta, ela está chorando entrando realmente na atuação, aperto mais forte o corpo dela ao meu e fora da visão dos policiais, deixo um beijo em sua cabeça, aproveitando para cheirar seus cabelos.

- Se ele se aproximar, eu vou atirar para o alto e ameaçar, então, não se assuste - Sussurrei para minha esposa, ela assentiu minimamente.

- Solte-a, Samanun - Ele gritou mais uma vez.

- Como seria se na mídia aparecesse que os polícias incompetentes não se preocuparam com a inútil vida de Kornkamon Armstrong? - É muito estranho pronunciar o nome dela assim depois de acostumada a chamar ela de amor. O policial dá um passo e atiro para alto - DÁ MAIS UM PASSO E A PRÓXIMA VAI SER NA CABEÇA DELA... - Grito com raiva.

- NÃO, POR FAVOR - Mon chora muito, por um segundo esqueci que estávamos atuando, ela é incrível.

- CALA A BOCA, SUA VADIA - grito, enquanto ajeitei seu corpo porque ela está tentando se soltar, acho que estamos atuando bem - Desculpa - Sussurrei.

- Calma, Samanun - O policial diz, mostrando uma mão livre de sua arma - Não vamos nos aproximar, não atire na srta. Armstrong, não cometa mais um erro - A preocupação deles é nítida.

Minha esposa é conhecida por todo o país, algo acontecer pela incompetência deles pegaria mal na mídia, claro se ela não fosse minha esposa, como ela é minha esposa e eu a amo muito, eu jamais atiraria nela, mas eles não sabem disso.

E essa é nossa vantagem.

- Quem está cometendo um erro é vocês por me subestimar, você está cego? Não está vendo com quem está falando? Eu sou a mafiosa mais perigosa, ninguém que me desafiou ficou vivo para contar história, você é mais idiota do que parece, baixem suas armas... AGORA - demora um pouco, mas eles me obedecem - E eu vou levar a senhorita aqui comigo, ela foi muito levada merece castigo! - Os polícias ficam assustados com meu comentário, um sorriso largo surge em meus lábios.

- NÃO - Mon tenta se debater - EU NÃO VOU COM VOCÊ.

- CALA A PORRA DA BOCA - Minha mão vai para o pescoço dela, deixo um aperto firme, mas não para tirar seu fôlego, vejo mais seis carros chegarem do outro lado dos policiais, de cada carro sai cinco homens bem armados, os policiais se assustam e vejo um rapidamente falar no rádio, provavelmente pedindo reforço - Escutem - Falo com os três que estão atrás de mim - Fiquem em minha frente e me dêem cobertura, vou levar minha esposa para dentro da boate onde é seguro, eu não quero nenhum policial vivo, fui clara?!

- Sim senhora - Eles respondem e aproveito a distração dos polícias com a quantidade de homens que estão do outro lado.

Levo minha esposa para dentro, começo a ouvir os tiros, Mon me abraça forte e eu prontamente abraço ela também.

- Por que me trouxe pra cá? temos que ir embora - Mon pergunta, enquanto ainda está me abraçando.

- Eu sei, mas tenho que resolver uma coisa antes - Ela me olha sem entender.

- Chefe - Tee se aproxima.

- Alguém saiu da boate? - Pergunto, enquanto olho para olhares curiosos.

- Não, eles estão com medo, tudo está acontecendo na frente, está difícil sair.

Me afasto com calma da minha esposa, deixo um beijo na testa dela, me afastando em seguida para uma multidão de pessoas, a grande maioria aqui estão bêbados.

- Ninguém vai sair daqui até terem seus celulares confiscados! - Eles começam a falar entre eles - CALEM A BOCA - Todos me olham, alguns surpresos e outros com uma expressão neutra.

- QUEM VOCÊ PENSA QUE É PARA ACHAR QUE PODE TIRAR NOSSAS COISAS? - Um homem pergunta, aparentemente indignado - VOCÊ... - Atiro nele e escuto gritos dos demais assustados.

- Eu sou Samanun, a mafiosa mais perigosa e temida. Alguém tem mais alguma pergunta a fazer? - Todos ficam calados - Os celulares... AGORA - Eu não me preocupo com minha imagem, mas eu jamais iria arriscar que algum deles tenham gravado algo aqui sabendo que minha esposa pode correr risco, vejo Nueng entrar com alguns homens - Peguem os celulares deles e certifiquem de que não há vídeos gravados dessa noite e se encontrem algum vídeo pode matar - Ordeno, ela assentiu, volto a me aproximar de Tee - Sobe lá em cima com alguns homens e pega os celulares dos que estão lá também, pegue imagens das câmeras de segurança e me mande tudo por mensagem quando estiver resolvido - Ela vai fazer o que mandei, me aproximo da minha esposa - Desculpa a demora, podemos ir agora.

- Você não cansa de me surpreender? - Ela pergunta com um sorriso lindo no rosto.

- Não, inclusive, vou te surpreender mais assim que chegarmos em casa - Sorri de maneira maliciosa, seguro na cintura dela para irmos embora.

- MEU DEUS, VOCÊ IA MATAR ELA - Me assusto com os gritos de Nam, olho para trás e vejo ela e os outros.

- SOLTA MINHA IRMÃ - Richie grita com raiva caminhando com os punhos fechados em nossa direção, que inferno, essa noite não acaba nunca.

....

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