Tudo bem não ser normal?

CAPÍTULO 59

SAM

- Está pronta? - Mon perguntou, havíamos parado o carro em frente a casa da Nam.

- Estou - Tirei o cinto de segurança - Pega o envelope - Mon faz o que pedi,  para em seguida sairmo do carro.

- Amor, não se preocupa tanto, vai dar tudo certo - Fico feliz ela estar comigo. Mon consegue me acalmar quando eu mais preciso. Sorri, puxando ela para um beijo.

- Obrigada por está comigo - Ela sorriu, eu amo tanto o sorriso dela. Nos aproximamos para tocar a campainha, foram necessárias algumas vezes até sermos atendidas - Vim conversar com você - Entramos juntas, enquanto segurava a mão de minha mulher - Aliás, com você e com o seu namorado, chama ele - Nam está surpresa com nossa visita, sua expressão diz muito isso.

- Como sabe que ele está aqui? - Perguntou, enquanto fecha a porta. Nam esta usando um robe de seda na cor rosa, os cabelos estão presos, parece que acabou de levantar da cama.

- Você sabe que eu sempre sei de tudo - Me aproximo dela a passos lentos - E então, vai chamar ele, ou vai ficar ai parada? - Nam sempre ficou surpresa com minhas atitudes mais sérias. Algo que é até compreensivo, eu nunca agi assim com ela, mas imaginar que ela pode está escondendo algo de mim, me deixa muito chateada.

- Nam, só queremos conversar - Mon diz, enquanto se aproxima também.

- Eu vou chamar ele - Ela caminhou um pouco, parando seus passos antes de sumir completamente, virando seu olhar para nos encontrar - Por favor, só não age como na noite do jantar.

Pego o envelope das mãos da minha esposa quando Nam some, até porque ela não esperou uma resposta depois de proferir suas palavras.

- Que ela não saiba de nada - Sussurro para mim mesma, Mon me abraça de lado. Passa alguns minutos até Nam retornar com Ricardo, pela expressão dele, ela já falou quem era a visita.

- Pronto, estamos aqui - Ela senta no sofá acompanhada de Ricardo, mas eu e Mon continuamos em pé - Veio pedir desculpas?

- Não - Mostro o envelope - Estamos aqui por causa disso - Entrego para ela, que começa a ler as informações, ela me olha surpresa, demorou, mas agora ela sabe que eu já sei de tudo - Você já sabia?

- Como assim sabia? - Ricardo fica confuso pegando o envelope com os papéis, seus olhos faltam sair para fora quando ele ver que são suas informações pessoais - Como você conseguiu isso?

- Você já sabia? - Ignoro ele me aproximando um pouco de Nam, que está com muita vontade de chorar, mas está segurando - Você sabia que ele é irmão de um homem que eu matei? - Ela fecha os punhos e uma lágrima desce molhando seu rosto.

- Sim - Sinto um aperto em meu peito ao imaginar que a pessoa que tanto considero, está sendo aliada do irmão do homem que matei, fecho meus punhos. Mon se aproxima tocando em minhas costas - Eu posso explicar... - Ricardo se aproxima para limpar suas lágrimas que não para de descer.

- Se explicar porque se aliou a ele para ficar contra mim?! - Gritei irritada, começando a gesticular com raiva - Depois de tudo que fiz por você, é assim que me agradece, achou mesmo que eu não ia descobrir?!

- Amor?  - Mon me chamou, direciono meu olhar para ela - Por favor, fica calma - Ela toca em meu rosto com delicadeza - Nam está pedindo para explicar, podemos ouvir - Estou com raiva e muito nervosa - Ela é sua irmã, lembra? - Olho para Nam, que está com um olhar suplicante.

- Certo - Cruzo meus braços - Você tem dois Minutos - Ela respira fundo.

- Você está bem? Quer um copo de água? - Ricardo pergunta para ela, ele parece preocupado - Tem remédio na...