CAPÍTULO 64

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MON

Mil coisas começaram a passar em minha mente, primeiro o caos que aconteceu na boate onde Sam me fez de refém, naquela noite ela cuidou de tudo e tirou todas as provas que podiam ter sobre mim.

Penso também sobre a confusão que tive em meu trabalho. Sam surtou com Ken e bateu nele, ele falou que tinha feito uma denúncia, mas tudo isso estava estranho, se sabem onde trabalho e se ele realmente fez a denúncia, porque demoraram tanto para me procurar?

Eram muitas coisas na minha cabeça, mas eu não podia me deixar abalar, até porque agora estou sentada olhando o delegado muito sério em minha frente, e também estou muito chateada.

- Eu vou atrás dos meus direitos, vocês me trouxeram aqui contra minha vontade, sem apresentar nenhuma prova contra mim - Não tive tempo de avisar Sam e meu celular descarregou, ela com certeza está surtando agora.

- Srta. Armstrong trouxemos você aqui para fazer algumas perguntas - Ele diz com um olhar sério, não diferente do meu, eu estou prestes a voar no pescoço dele.

- E o que faz você achar que vou responder alguma coisa? Por acaso está insinuando que sou culpada? Eu tenho cara de assassina? Eu estava no meu trabalho, estou cansada - Respiro fundo, tenho que tentar manter a calma para não ser presa por desacato.

- Não estou falando que você é uma assassina - Disse ele enquanto bate uma caneta levemente na mesa me analisando - Acontece que o Sr. Ken como você sabe está desaparecido, e ele foi seu cliente, então automaticamente você entra na lista de suspeitos - Olho para ele com tamanha surpresa.

Eu tenho que mostrar que não tenho nada a ver com a morte, mas qualquer vacilo pode levar ele até minha esposa, e isso eu não vou deixar acontecer.

- Então quer dizer que ele foi atrás do meu trabalho e eu pensei, porque não matar uma pessoa que acabei de conhecer, né? - Falei indignada - Ele foi meu cliente sim, mas somente isso.

- Você foi na festa dele - Ele saber não me deixa surpresa, eu provavelmente apareci nas notícias no dia da festa.

- Sim, ele me convidou e como costumo ir nas festas de alguns clientes, não vi problemas em ir na dele - Explico, é algo comum que costumo fazer.

- E como conseguiu escapar do ataque naquela noite? - Perguntou ainda me analisando.

- Como fui parar no hospital, eu não sei, até porque quase morri com uma pancada na cabeça, fui vítima como todas as outras pessoas - Não vou falar que foi Ken que me machucou, quero que ele acredite que fui vítima do ataque mandado pela minha esposa assim como os outros. Ele me olha com uma expressão estranha - O que foi? Agora quer que eu vá ao hospital para trazer provas de que passei por uma cirurgia? Eu não falo mais nada sem meu advogado, vou atrás dos meus direitos, isso é inaceitável.

- Srta. Armstrong peço que mantenha a calma - Ele tem uma voz baixa, mas continua sério - Ken fez uma denuncia dias atrás, ele nos deu características de uma mulher que bateu nele no seu local de trabalho - Fico nervosa, tento não demostrar - As características batem com a maior mafiosa do país - Ele pega uma foto - Samanun - Ele mostra a foto para mim - Ken falou que a mafiosa disse ser sua esposa. Por acaso, você quer nos contar alguma coisa? - Engulo em seco, merda, então ele fez realmente a denuncia, mas eles não tinham certeza sem provas.

- Eu não sei do que está falando - Disse mais calma - Eu não pude trabalhar nos últimos dias, mas se realmente tivesse acontecido isso, eu saberia - Conclui - Agora quero me retirar, meu dia foi estressante e vocês só pioraram ainda mais - Começo a me levantar.

- Ainda não terminamos...

- Sim, terminamos, você tem alguma prova contra mim? Tem algo que possa me levar daqui direto para a prisão? - Perguntei firme e séria - Você não tem porque não existem provas contra uma pessoa que não fez nada, eu vou atrás dos meus direitos, e não falo mais nada sem a presença de um advogado.

Tudo bem não ser normal?Onde histórias criam vida. Descubra agora