Tudo bem não ser normal?

CAPÍTULO 95

Eu espero que gostem desse cap.
Me emocionei escrevendo.
Boa leitura

POV - SAM

Sempre foi difícil pra mim amar alguém, me preocupar com a vida de alguém, acredito que o fato de ter ficado sozinha muito cedo, sem família, amigos, ninguém, me fez ser o que fui durante muito tempo da minha vida, uma mulher que não se importava com nada, que só se importava em manter a máfia erguida em nome do meu pai que me deixou muito cedo. Todas essas responsabilidades eu peguei quando era ainda muito nova, hoje tenho vinte e quatro anos, me pergunto se o meu pai estaria orgulhoso de mim, ou até mesmo minha mãe que eu não conheci, só a vi apenas por fotos que meu pai me mostrou, eles não estarem comigo nesse momento importante da minha vida me faz desabar, pois iria amar ter eles ao meu lado.

Eu amava meu pai, mas quando o perdi, eu passei a amar apenas a mim mesma. Com o tempo as pessoas entrando em minha vida, tudo foi mudando, e hoje amo minha esposa, meus filhos, Nam e Song. É pouco? Provavelmente sim, mas eu aprendi que o amor se dá a quem realmente merece. E mesmo sendo poucas pessoas, o meu amor é muito grande para todas elas.

Mas não se engane, o meu lado amoroso é somente para aqueles que merecem, eu posso ser bastante assustadora, principalmente quando mexem com as pessoas que amo.

Falei uma vez que Mon me ajudou a encontrar a mim mesma, mas eu estava enganada, a chegada dela em minha vida foi como plantar um novo eu e, algo novo nascer em mim. Foi como se ela tivesse plantando uma semente e nisso, uma linda rosa nasceu e algo novo surgiu, eu nasci de novo, me tornando alguém melhor, melhor pra ela, e hoje para as pessoas que amo. Serei eternamente grata a ela por tudo que fez por mim, e principalmente por seu amor. Sim, com certeza ela é a mulher para mim, nunca tive dúvidas, é a mulher perfeita para ser a mãe dos meus filhos, e ela é a mãe dos nossos filhos.

- Eu estou aqui com você amor... - Eu me preparei muito pra esse momento, fiz pesquisas e falei com a Dra Torres pra ela me explicar o que eu precisava saber, mas agora é totalmente diferente, pois ao ver minha mulher suando e gritando me deixa apavorada, a dor dela machuca meu coração e o parte em mil pedaços, o aperto que ela faz em minha mão enquanto grita é como se não doesse, pois ao ver o quanto ela está sentindo dor, não me importo com a dor causada em minha mão, aperto a mão dela - Você consegue amor... Você...

- CALA A BOCA SAM AAAAAAAAAAA - Mon já tinha falado tantas palavras "doces" pra mim, eu realmente não me importo, ela pode me xingar o quanto quiser se isso for ajudar ela de alguma forma, os médicos juntamente com a Dra Torres dão incentivo para que Mon continue.

- Você está indo bem - A Dra falou com incentivo - Continue você consegue - Mon gritou mais uma vez colando força, beijo sua cabeça mesmo estando com uma máscara. Choro ainda mais, desde o momento que comecei eu não parei de chorar e desisti de segurar minhas lágrimas, respiro fundo tentando ser forte pra ela.

- Amor eu sei que você consegue - Ela me olha com um olhar assassino mas depois muda chorando comigo e colocando força mais uma vez. Me sinto anestesiada e não sinto meu corpo, tudo fica em câmera lenta em minha cabeça, respiro pesadamente, tudo porque estou escutando um choro gritante.

- Amor vai, eu vou continuar pelo nosso segundo filho, vai lá! - Mon fala com a respiração pesada, solta minha mão e em um pulo eu corro em direção ao choro com minha visão embaçada por causa lágrimas.

Paraliso, levo minha mão em meu peito sentindo meu coração acelerado, coloco a outra em minha boca para tentar impedir que eu surte ainda mais, que eu desabe, meu Deus, eu estou vendo minha filhinha, sinto meu corpo tremer, ela ainda está chorando, está se debatendo, a médica está cuidando dela, tão linda, minha filha. Tudo que estou sentindo se multiplica quando outra médica se aproxima com meu filhinho, que está gritando chorando e se debatendo assim como a irmã, lindo, meus filhos são lindos. Não consigo me mexer é como se alguma coisa estivesse dominando meu corpo, procuro forças e me aproximo rapidamente.