SAM
Nunca imaginei um dia sem a Mon ao meu lado, estar sem ela é como se eu perdesse a mim mesmo, assim como me senti não conseguindo ficar em pé, porque ver que eu estava prestes a perde-lá me deixou totalmente fraca, mas agora o que vejo é doloroso pra mim.
Ainda de joelhos vejo minha esposa encarando paralisada o corpo do seu próprio pai depois de sua esposa mata-lo, sim, eu o matei depois de ver que ele puxou o gatilho com a arma na cabeça dela. Sinto uma dor muito forte ao ver ela tão mal e fragilizada de joelhos, tento procurar forças para me aproximar, ao chegar perto o suficiente toco em seu rosto banhado de lágrimas.
- Meu amor - Tento tirar a atenção dela do corpo do seu pai - Olha para mim, por favor - Mon está presa em um transe que eu nunca presenciei, viro o rosto dela para mim, o que vejo são seus olhos preenchidos de lágrimas, o brilho que antes tinha agora não tem mais - Por favor, fala comigo, eu estou aqui - trago ela para um abraço para ela se sentir segura, um abraço para mim também sentir seu corpo e respiração e sentir que ela está viva - Eu te amo, meu amor, eu estou aqui.
- Me tira daqui, por favor... - Ela diz com dificuldades em meio aos soluços, puxo ela para se levantar, mas a fraqueza não permite ela ficar em pé, então seguro ela em meus braços.
- Chama a Tee e a Nueng - Falo para os que estão na sala para que elas venham e resolvam as coisas, saio com pressa com Mon em meus braços, chamo o elevador que logo abre, Mon segura com força em volta do meu pescoço apoiando a cabeça em meus peitos de olhos fechados - Não se preocupa, vamos está em casa logo - Deixo um beijo em sua testa.
(...)
Depois de finalmente estar em casa, deixo Mon deitada na cama, tiro seus saltos, para em seguida tirar seu vestido que não parece ser confortável para ficar deitada.
Sentir que quase perdi o amor da minha vida me deixa em um estado de preocupação, pego o cobertor para cobrir seu corpo respeitando que nesse momento o melhor que ela quer fazer é ficar em silêncio.
Começo a tirar minhas roupas não tirando os olhos dela um segundo, vejo ela dispersa a tudo que está acontecendo olhando para o nada, deito com calma trazendo seu corpo para o meu, abraçando e fazendo um carinho.
- Amor, eu iria gostar de ouvir sua você, fala comigo, por favor, estou preocupada - Quero apenas escutar sua voz, pelo menos uma vez.
- Ele falou que você estava fora de si - Ela diz com a voz baixa, sem me olhar diretamente - Eu segurei a mão dele para tentar acalmá-lo de alguma forma - Continuo fazendo o carinho nela - Ele falou que seria o próximo a morrer, que você iria mata-lo, eu falei que não, mas não adiantou e quando ele me pediu desculpas eu não entendi nada, aí ele me puxou para... - Mon começa a chorar
- Ei, está tudo bem, você está segura amor, não chora - Deixo beijos em seu rosto, limpando as lágrimas que insistem em cair - Eu te amo, não vou deixar que nada te aconteça.
- Eu não sei o que fazer, como vou contar para minha mãe, meu irmão, Meu Deus, eu... - Ela tem dificuldade em falar.
- Você não vai contar nada, deixa que eu cuido de tudo, eu resolvo não se preocupa - Nesse momento tudo que mais importa é que ela fique bem, vê-la assim deixa meu coração em pedaços.
(...)
Ao amanhecer me levanto cedo, tomo um banho e faço minha higiene matinal, a noite não foi fácil, Mon ficou acordada quase a noite toda tendo pesadelos.
Passa uma hora desde que levantei.
- Obrigada por vim - Falo com Nam ao passar pela porta.
- Você ligou muito preocupada, o que aconteceu? - Nam pergunta com preocupação.
- Eu só quero que fique aqui e cuida da Mon enquanto vou resolver umas coisas, eu confio somente em você para isso - Faço uma pausa com um suspiro - Eu não tenho tempo para contar o que aconteceu agora, eu já preparei o café da manhã para ela por favor, faça ela comer algo.
- E para onde você vai? - Perguntou.
- Vou na casa da mãe dela, Tee já está a caminho, dependendo de como for lá, eu volto logo para falar com a Mon - Saio em direção a porta - Qualquer coisa, a mínima que seja me liga, obrigada.
Saio de casa sabendo que não posso deixar para resolver isso quando for tarde demais, pois eu jamais deixaria a família da Mon sem a oportunidade de enterrar o corpo de Aon.
Eu jamais tiraria uma oportunidade que um dia eu não tive, mas diante disso tudo a parte mais difícil vai ser a aceitação, a aceitação de que um parente que para eles significa muito não vai mais estar entre eles.
O único motivo pelo qual estou fazendo isso é ela, Mon, pois a amo com todo meu ser e não permitiria que o fato dele matar meu pai impedisse ela de enterrar o seu.
.....
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Tudo bem não ser normal?
FanfictionSam e Mon são casadas há pouco mais de um ano. Sam, uma mafiosa conhecida por sua personalidade implacável, é extremamente protetora e ciumenta com sua esposa. Mon, por outro lado, enfrenta a rejeição dos pais, que não aceitam o fato de sua filha es...