Tudo bem não ser normal?

CAPÍTULO 79

Boa leitura

NARRADOR

Sua cabeça estava a mil, nada do que fazia parecia suficiente, se saia pra procurar um trabalho era ignorado e muitas vezes humilhado, o desespero em saber que sua filha iria nascer em poucos meses e não iria poder dar do bom e do melhor, estava perturbando sua mente, sua esposa logo mais não iria poder continuar trabalhando, e ele teria que arrumar uma solução, e logo.

Ricardinho saia todos os dias a procura de trabalho, aproveitava que durante o dia Nam iria trabalhar, com vergonha de da notícias negativas para suas esposa, passou a falar que encontrou um trabalho e que iria trabalhar como segurança em uma boate, agora ele tinha que encontrar um trabalho antes de chegar o final do mês e aparecer sem nenhum dinheiro e, sua esposa acabar descobrindo a verdade.

O tempo era seu pior inimigo, Ricardinho não sabia o que fazer, chegou mais uma vez tarde da noite, pela primeira vez iria contar a verdade, falar para Nam que não estava trabalhando, mas por um milagre que iluminou sua mente, teve uma brilhante idéia, pois nessa mesma noite ele recebeu uma notícia maravilhosa, Nam falou da festa que Sam havia convidado, e mesmo que ele ficasse surpreso pelo fato de ser também convidado, não mudou nada sobre o que estava pensando em fazer.

Justificou sua ausência para Nam falando que iria trabalhar naquela noite, e assim que deixou Nam na festa saiu para seu destino, o caminho foi longo, o local da festa era distante em uma área privada, estava ciente do poder de Sam, lembrou do que Sam fez, ela matou seu irmão a sangue frio, esse pensamento só o incentivou ainda mais a fazer o que precisava fazer, Sam era procurada e quem ajudasse com qualquer informação ganharia uma boa quantia em recompensa, imagina falando exatamente onde ela está? Sorriu com a incrível ideia que teve, tudo estava ao seu favor, Sam iria ser pega, ele ganharia o dinheiro e ficaria bem em cuidar de sua filha e esposa, e ainda vingaria a morte do seu irmão, estava bom demais pra ser verdade, mas o mesmo acreditava que diante de tanto caos em sua vida, isso seria uma recompensa pelas humilhações que viveu.

Depois de muito tempo na estrada Ricardinho para próximo a uma delegacia, respirou fundo procurando coragem, lembrou de sua filha e seu irmão, então, saiu do carro rapidamente entrando na delegacia.

- Com licença - Ricardinho para na recepção - Eu gostaria de falar com o delegado - Uma moça olha pra ele com descaso.

- Qual a ocorreria? - Ela olha Ricardinho de cima a baixo o julgando até a sua alma, sempre era assim quando ele iria procurar algum trabalho, esse mesmo olhar - Se não for algo importante se retire e me deixe fazer meu trabalho sem perder meu tempo - Ricardinho por um instante quase foi embora por causa da ignorância da mulher, mas lembrou que falar diretamente com o delegado obviamente não seria tão fácil assim, iria precisar de mais para chegar até ele, sorriu e a mulher estranho sua atitude.

- Tenho informações sobre Samanun - No exato momento que a mulher escuta o nome sendo pronunciado, ela paralisa - E então, agora vai chamar ele ou vai continuar aí com essa cara de espanto - Agora era a vez dele de olhar ela com descaso, até porque ele tinha tudo que eles queriam, ela levanta pedindo para que ele aguarde, não demora a voltar e levar ele para uma sala que ao entrar da de cara com uma mulher que está com uma xícara de café - Eu pedi pra falar com o delegado - Ele olha pra mulher sentada, ela toma um gole de café e sorrir de lado.

- Eu estou no caso de Samanun - Ela coloca a xícara em sua mesa - Pode me chamar de Friend - Aponta para o assento em sua frente - Senta e me fale o que sabe - Ricardinho senta, ele se sente nervoso, o que está prestes a fazer  é bastante sério.

- Tem mesmo a recompensa em dinheiro para as informações sobre Samanun? - Friend sorrir enquanto batuca com o dedo indicador, claro que uma pessoa não iria até a delegacia para falar informações por falar sem nada em troca.