CAPÍTULO 50

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SAM

- Eu trouxe suas flores preferidas - Coloco um vaso lindo de lírios perto da janela, uma nova manhã tinha iniciado, olho para Mon deitada no leito, parece serena como se nada tivesse acontecido - Eu ainda lembro quando você me falou quais eram suas flores preferidas - Pego sua mão, hoje faziam dois dias que Mon tinha passado pela cirugia, tudo ocorreu bem, embora ela ainda não tenha acordado - No dia seguinte fiz questão de te presentear com elas - Sorri ao lembrar desse momento, Mon sempre conseguiu tirar de mim meu lado mais romântico, levo sua mão aos meus lábios e deixo um beijo - Por que você está demorando acordar, hum? Eu preciso de você, eu só tenho você, amor - Uma lágrima desce molhando meu rosto.

- Cheguei - Nam entrou no quarto, liguei para ela vim, aceitei suas desculpas sobre o que aconteceu, limpo minhas lágrimas - Eu nunca te vi chorando antes - Ela se aproxima e me abraça.

- Sempre tive dificuldades em chorar por algum motivo - Falo com a voz baixa enquanto olho para Mon, a cabeça dela está enfaixada do lado que foi preciso tirar um pouco do cabelo para realizar a cirurgia - Mas olhando ela assim depois de tudo que aconteceu, saber que ela sofreu com isso, dói muito, gostaria de estar no lugar dela - Olho para Nam, que me escuta com muita atenção, com seu semblante triste - Eu juro que ele vai pagar, nem que seja a última coisa que eu faça - Ken fugiu na mesma noite que meus homens invadiram sua festa destruindo tudo, teve mortes, mas eu não me importo.

Nada me importava naquela festa, eu só queria que tudo fosse destruído, através das notícias eu soube que ele havia fugido da festa antes dos meus homens chegarem, provavelmente o fato do corpo da minha esposa ter sumido deixou ele preocupado, o que resultou em sua fuga, mas eu já tenho um plano e vou executar.

O que aconteceu está em todos os jornais passando em todo país, os policiais não sabem quem invadiu a festa, quem seria o responsável para organizar algo tão grande, nesse caso, a responsável, eu.

Mas mesmo assim, eu reforcei a segurança do hospital, só sai do lado de Mon quando era realmente necessário, mas a mantendo segura em minha ausência. Ela está no melhor hospital, também havia trazido coisas que fossem necessárias para mim.

- Acho que agora não é o momento para pensar nisso - Nam coloca sua bolsa na poltrona - Mon é prioridade, é mais importante.

- Claro, acha mesmo que se o Ken fosse mais importante, ele ainda estaria vivo? Se meu foco fosse ele, pode ter a certeza que ele já estaria morto - Falo seriamente, fazendo um carinho na mão da minha mulher - Mas não é porque estou aqui que não tomei providências, eu já tenho informações, e vou agir assim que puder, eu não vou deixar isso como se não fosse nada, eu jamais deixaria.

- Eu sei que não - Nam sempre foi brincalhona, mas ela sabia quando era hora de falar sério, e agora com certeza é - O que pretende fazer?

- Ele sumiu, nesse meio tempo descobri que ele já foi casado e tem uma filha, vou atingir ele aí - Ela se assusta.

- Você pretende matar a filha dele? - Perguntou assustada.

- Óbvio que não, a menina tem seis anos, estuda na melhor escola das sete da manhã às duas da tarde - Sentei na poltrona ao lado do leito, mas sem soltar a mão de Mon - Ele é apegado a ela, eu só vou usá-la para atrair ele até mim - Expliquei.

- Me promete que não vai fazer nada com a criança? - Não acredito que ela acha que sou realmente capaz de fazer isso.

- Por Deus, Nam, ela é uma criança, não tem culpa de nada, eu preciso atrair ele e não tenho opções, mas eu jamais faria algo com ela, mesmo se ele não cooperar - Vejo ela suspirar aliviada.

Tudo bem não ser normal?Onde histórias criam vida. Descubra agora