CAPÍTULO 8

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SAM

Encaro Nop e minha raiva por ele só aumenta, mas agir como uma louca gritando igual ele, nunca foi o meu jeito de resolver as coisas, eu sempre demonstrei ser fria e calculista na maioria das vezes.

- Nunca imaginei que Mon algum dia fosse se envolver com uma mulher - Ele diz, enquanto me olha - O que não entendo é que tipo de mulher ela foi se envolver. Quem é você?

- Isso não importa, você a desrespeitou, não só no jantar, mas também no relacionamento que aconteceu no passado, e isso eu não posso aceitar - Eu falei com uma voz fria para ele saber que eu não estou brincando.

- Você faz tudo por ela, e ela sequer te falou do relacionamento que tivemos, tenho a certeza que ela também não vai falar que nos encontramos hoje para um almoço - Franzo o cenho confusa.

- Está mentindo - Não é possível que ela tenha encontrado ele hoje.

- Ela estava linda com o conjunto social que estava usando hoje, nunca imaginei que combinaria com ela - Minha raiva aumenta, em uma atitude descontrolada, começo a desferir vários socos no rosto dele.

Eu não posso acreditar que esse merda realmente a encontrou hoje.

Ao desferir socos no rosto dele, vejo que ela parece desorientado, mas não consigo parar. Seu rosto está coberto por sangue, me afasto pegando minha arma em minha cintura, aponto em sua direção.

- Vamos! Repete o que falou antes! - Estou tremendo de raiva, enquanto seguro minha arma - Você vai entender que o seu maior erro em tocar nela vai custar a sua vida, seu merda! - Mesmo desorientado ele tenta falar com dificuldade.

- Eu... - Ele cuspe sangue - Eu não posso morrer, se eu morrer ela vai se prejudicar.

- Do que está falando? - Perguntei.

Como ele depois de morto pode prejudicar ela?

- Acho melhor você falar com ela - Ele me encara - E você não vai me matar, engatilho a arma.

- Você acha que estou brincando? - Nop me olhou com medo.

- Não teria coragem de... - Disparo em sua perna - AAAAAAAAAAA - Ele grita de dor - MEU DEUS VOCÊ É LOUCA.

- Eu sou conhecida por não ser muito normal - Sorrio de maneira sarcástica - Fala novamente que eu não tenho coragem, e a próxima vai ser na sua cara.

- VOCÊ É LOUCA, MEU DEUS - Ele começa a chorar.

- Vou falar com minha esposa para entender melhor tudo isso - Me aproximo dele desferindo alguns tapas em seu rosto, puxo seu cabelo para ele olhar para mim - Você pode até não morrer hoje, mas vai sofrer - Pressiono a arma no local do disparo em sua perna, ele grita de dor - Na próxima vez que você me ver, eu não vou ser tão gentil - Me afasto, mas sem desviar o olhar dele - Tee deixa ele preso e alguém de olho o tempo todo, não permita que ele morra, ele está perdendo muito sangue, então cuida disso, mas somente disso, você entendeu? - Olhei para ela.

- Sim, chefe - Tee responde, vou até Charles.

- Você pegou as coisas dele, documentos e celular?

- Sim, está comigo.

- Dê para Tee guardar, qualquer coisa ela entra em contato comigo.

Me retiro do local.

Estou indo embora o mais rápido possível, não consigo acreditar que Mon encontrou Nop hoje, isso está me deixando muito irritada.

Depois de um tempo vejo que já estou chegando.

Ao chegar, passo pela porta, ela vem rapidamente ao meu encontro me recebendo com um abraço, seu cheiro me domina, abraço de volta.

Fico feliz por ela estar segura, mas infelizmente precisamos ter uma conversa, começo a tirar seus braços que envolvem meu pescoço.

- Mon, eu achei que confiava em mim, eu prometi te proteger, cuidar de você - Ela parece confusa com minhas palavras  - O que não entendo você falar como foi seu dia, mas esconder que teve um encontro com seu ex hoje - Ela parece surpresa, a encaro com raiva.

Não consigo encontrar justificativa para o que ela fez.

MON

Eu não quero que ela me entenda de forma errada, me aproximo um pouco, mas ela se afasta.

- Por favor, amor, vamos conversar, eu vou te explicar tudo - Digo, tentando manter a calma.

- O que está esperando? - Minha respiração fica pesada.

Não sei por onde começar, eu sequer consigo olhar diretamente nos olhos da mulher que tanto amo.

- Eu fui encontrar ele hoje, mas com a intenção de resolver tudo de uma vez por todas - Minha voz é baixa, mas sei que ela está ouvindo - Eu preciso que acredite em mim, meu amor.

- Resolver o que? Preciso que seja mais clara.

Olho para ela me sentindo destruída, volto a olhar para o piso porque não consigo encarar seu olhar por muito tempo. Sinto vergonha de mim mesma, as lágrimas começam a molhar meu rosto, sequer consigo controlar.

Cruzo meus braços, procurando de maneira inútil me acalmar.

- Ele possui um vídeo... - Falo em um fio de voz, meu coração dispara, me sinto suja, vulnerável - Eu achei que já estava livre disso tudo, mas ele me mostrou que não, eu não estou livre.

- Que vídeo, Mon? Fala que vídeo é esse - Ela tenta manter uma voz calma, mas ainda está carregada pela raiva.

- Ele me falou que se não voltarmos, ele vai usar o vídeo para acabar com minha imagem - Continuo, encarando o piso - Nesse vídeo ele faz coisas comigo, coisas que eu não consigo dizer - Desabo em lágrimas - Eu não falei por vergonha de mim mesma, queria resolver tudo sozinha, eu me sinto suja, usada - Consigo olhar para ela. Sam está paralisada, com seus punhos fechados, é notável o tamanho de sua raiva. Ela sai rapidamente em direção a porta, seguro seu braço - Onde você vai?

- Eu vou matá-lo - Ela me analisa por alguns segundos, de maneira repentina me abraça, me encolhi em seus braços, chorando com tudo isso, um pesadelo que não queria trazer de volta - Eu juro que ele vai pagar pelo que fez - Ela diz, sem me soltar.

....

Deixa sua estrelinha.

Tudo bem não ser normal?Onde histórias criam vida. Descubra agora