CAPÍTULO 55

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MON

As notícias sobre o empresário Ken já estavam em todo país como desaparecido, felizmente a polícia não me procurou mais, espero que continue assim.

Durante esses dias que se passaram, Sam e eu estávamos muito bem, fiz pesquisas sobre a melhor médica para saber tudo que precisamos sobre a gravidez, afinal de contas, isso é novo para gente. Mas mesmo procurando ainda não tinha decidido com qual médico falar, tudo isso envolvia muitas coisas, mas temos tempo e vou procurar melhor com mais calma.

Chegamos a conversar sobre uma possível adoção, mas Sam logo negou falando que queria me ver grávida, e confesso que eu também quero, talvez a adoção ficaria para o futuro.

Hoje íamos visitar minha mãe, teríamos um jantar e já estamos a caminho. Eu usava um vestido, cabelos soltos e uma maquiagem leve, olho para Sam enquanto ela dirige, ela está usando uma calça preta com uma blusa preta ombro a ombro, nos pés um pequeno salto, ela fica linda usando qualquer roupa, a maquiagem dela também está leve.

- O quê? - Sam pergunta com um pequeno sorriso quando percebe que estou olhando para ela.

- Eu já falei que você fica linda dirigindo? - Ela mordeu os lábios com um sorriso, enquanto entrava em uma esquina.

- Sim... - Ela parou no sinal - Está feliz?

- Estou sim, mas estou nervosa - Hoje pretendo contar para minha mãe a decisão que Sam e eu tomamos sobre a gravidez, já tinha um tempo que não via ela e queria dar essa notícia.

- Não precisa ficar nervosa, eu vou está lá com você - Ela pega minha mão para deixar um beijo, voltando sua atenção para o trânsito assim que o sinal abre, mas continua fazendo carinhos na minha mão - Não que eu me importe com a opinião dela, mas você acha que ela vai gostar?

- Não sei, minha mãe fazia muitas coisas pela influência do meu pai, ela não é uma pessoa ruim - São palavras que eu prefiro acreditar, Sam parou o carro em frente a casa, respiro fundo para tentar controlar meu nervosismo.

- Eu não quero que você se sinta mal se acontecer algo entre vocês duas - Sam está preocupada e eu entendo.

- Eu sinto que vai dar tudo certo, podemos ir? - Perguntei.

Sinto algo diferente sempre que entro na casa que morei durante anos, é como se sentisse falta dos anos que fui amada pelos meus pais, confesso que sinto sua falta, o que meu pai fez foi errado, mas acredito que por ser pai e na minha infância ele ter sido amável comigo, é inevitável algumas emoções.

- Você está bem? - Sam perguntou.

- Sim, acho que agora entendo o porquê evito tanto vir aqui - Ela me abraça de lado e beija minha cabeça.

- Se você quiser, podemos ir embora - Balanço a cabeça negativamente.

- Já estamos aqui, e eu também sinto que tenho que superar essas coisas que me afligem - Não posso me deixar abalar.

- Mon! - Vejo meu irmão se aproximando - Você demorou - Richie me abraça.

- O trânsito estava horrível, não sabia que você iria vir - É muito bom saber que ele pôde aparecer essa noite.

- Mamãe falou que era um jantar em família - Richie olha para Sam, ele cumprimenta ela com um sorriso fraco e com um aceno - Mamãe está no quarto se arrumando, vem - Richie sai em nossa frente, olho para minha esposa.

- Será que você pode parar de fechar a cara assim? - É automático, ela fica sempre séria quando vê outras pessoas que não tem costume - Richie ficou com medo de falar com você.

Tudo bem não ser normal?Onde histórias criam vida. Descubra agora