Tudo bem não ser normal?

CAPÍTULO 80

Boa leitura

NARRADOR

Era madrugada, Mon ainda dormia, saber que Sam havia sido presa estava abalando a todos, em nenhum momento haviam pensado nessa possibilidade, pelo menos não nessa noite, quando Tee falou para Nueng o que aconteceu, a mesma se sentiu muito culpada, nunca errou em suas funções, seus trabalhos foram sempre bem feitos. Onde eu errei? Como vou falar para Mon que sua esposa foi presa? As perguntas invadindo Nueng a deixando com uma mistura de medo e aflição, olhava Mon dormir serena, não parecia que tinha se descontrolado minutos atrás, não saberia como daria a dolorosa notícia para ela, a mesma estava com medo de como a notícia afetaria Mon, mas um outro medo lhe invadia, o medo do que Mon ia fazer.

Charlotte em nenhum momento deixou Mon sozinha, sua mente estava confusa, o medo ainda se fazia presente, não entendeu nada do porque dos tiros, e policiais? Por que os polícias queriam invadir? Nueng fugia de suas perguntas, a mesma nunca tinha presenciado sua amiga tão exaltada. Mas se sentia muito grata, pois ela ouviu a gravação e logo soube que Mon ajudou ela a abrir os olhos, estava com seu coração partido, o abraço de Nueng a confortava, as duas olhavam Mon dormindo, parecia tudo calmo, quando na verdade era tudo uma mera ilusão.

Nada estava calmo, nada estava bem.

O hospital estava protegido com uma quantidade de homens que parecia ser mais do que os funcionários, Nueng não podia permitir que na ausência de Sam algo acontecesse com Mon, Sam foi muito clara quando falou pra ela proteger sua mulher com sua vida, e ela com certeza a protegeria. Falou com o chefe do hospital e o mesmo já conhecia Mon e jamais recusaria um pedido, ele lembrou da ameaça que recebeu de Mon e estava disposto a ajudar, e por isso não se importou com os homens todos formais da máfia em volta do hospital e nos corredores, onde estava a sala de Mon. E depois disso Nueng ficou no quarto com Charlotte em seus braços, tentava passar de forma sincera que estava alí para lhe dá algum conforto, até porque Charlotte estava com o coração partido depois de ouvir a gravação, ficou triste por Charlotte, passou boa parte da festa com ela e viu o quanto a mesma era incrível, não merecia uma traição dessas, na verdade, ninguém merece, queria mostrar um apoio enquanto esperavam Mon acordar, um apoio de uma amiga.

Em outro hospital Chin esperava Nam sair da cirurgia, ele também já tinha deixado Pohn na casa das suas chefes, e as outras mulheres em suas casas, o mesmo estranho a ausência de Mon e entrou em contato com Nueng que falou que estava em outro hospital, e que Sam tinha sido presa, o que pegou Chin de surpresa. Pohn rapidamente quis ir ver sua filha, mas foi impedida por Chin, ela estava desesperada, não tinha notícias de nenhum dos seus dois filhos, Chin falou para ela se cuidar e a levaria pela manhã cedo ao hospital, o que aconteceu foi demais pra ela e não via necessidade de permitir que uma senhora passasse a noite em um hospital, pediu para que Mhee preparasse um calmante e que cuidasse de Pohn, falou para alguns homens que ficam de vigia em frente a casa para não permitir que ela saísse, tudo já estava uma confusão, preferiu manter a mãe de sua chefe segura pra não correr mais riscos tanto para a mãe de Mon, tanto para ele mesmo, se algo acontecesse com ela, ele com certeza morreria. Depois de tudo isso, foi para o hospital, sentiu em seu coração que não deveria deixar Nam, ela estava sozinha, ele não sabia a quem chamar e por isso ficou ali, mas sempre mantendo contato com Nueng e Tee, que estava na máfia.

Já era dia, Nam já estava em sua sala e consciente, já tinha passado por uma cirurgia no braço esquerdo, onde levou o tiro. Chin entrou na sala e contou tudo que aconteceu, ela se descontrolou, por um momento Chin se sentiu culpado por ter contato que Sam havia sido presa, Nam tomou um sedativo e antes de adormecer pediu para ligarem para seu marido, precisava dele para recuperar suas forças de alguma forma. Chin ficou na sala de espera.