Tudo bem não ser normal?

CAPÍTULO 52

SAM

Contém gatilho

Nueng foi pegar outro celular, nesse meio tempo eu fiquei observando Maya, ela estava no sofá assistindo algum desenho, e muito feliz com o sorvete, a boquinha dela está toda suja, sorri com a cena, linda.

- Fica de olho nela para não sujar o uniforme - Falo assim que recebo o celular de Nueng, ela senta no sofá cuidando para que Maya não suje a roupa, eu não quero que ela receba uma bronca da mãe quando chegar em casa.

O contato de Ken já está no celular, eu havia conseguido com meus meios infalíveis, assim como consegui informações de que ele está na cidade, as notícias estavam afirmando que depois do ocorrido na festa ele havia saído do país, mas eu sabia que era mentira.

Minha intenção é através da filha dele conseguir que ele venha até mim, eu sei que vai dar certo porque ele é um idiota, mas ama a filha, coloco a ligação para chamar.

- Alô - Só em escutar a voz dele, uma raiva toma conta do meu corpo.

- Você não sabe o quanto esperei por esse momento - O meu tom de voz muda rapidamente, ele fica em silêncio por um tempo.

- Eu não sei do que está falando, quem é? Meu contato pessoal é somente para pessoas próximas - Começo a caminhar pelo escritório a passos lentos.

- Sam - Novamente, um silêncio se faz presente na linha, ele sabe quem eu sou - Achou mesmo que eu não iria te procurar? - Escuto sua risada.

- Não sei como conseguiu meu contato, mas é somente isso que vai conseguir - Olho para Maya, ainda concentrada assistindo.

- Eu consigo o que eu quiser, até capturar os seguranças da sua filhinha - Usei um tom zombeteiro.

- O quê? - O jogo virou, agora quem está rindo sou eu.

- É exatamente isso que ouviu, estou com sua filha, e ela não vai ficar bem se você não cooperar - Ameacei, eu jamais farei algo com uma criança, mas ele não sabe disso.

- Está mentindo - Ele diz desconfiado, caminhei até chegar perto do sofá.

- Maya, fala oi para papai - Ela diz "oi papai" sem tirar a atenção do tablet, mas um silêncio tomou conta da linha - Você tem menos de uma hora, e se não fizer exatamente o que eu mandar, vou matá-la - Olho para Maya para ter a certeza que ela não escutou o que falei.

- Onde? - Ele perguntou com raiva, e como eu sei que ele pode dar uma de espertinho, vou deixar as coisas mais claras.

- Vou te falar o lugar,  vai sozinho e não chame a polícia, não leva ninguém com você, se aparecer alguma notícia sobre isso, você nunca mais vai ver sua filha, eu não estou brincando, se não colaborar não vai ser só Maya que vai perder, e antes de tudo, liga para a mãe dela e avisa que passou na escola para pegá-la - Desligo.

Eu sei que ele não vai arriscar chamar atenção, qualquer coisa errada na cabeça dele eu vou matar Maya, tenho certeza que ele vai ligar para mãe dela e avisar para não levantar suspeitas.

- Nueng, manda o endereço e o horário para ele, depois da um fim nesse celular, manda alguns homens com armamento ao local com Chin e Steven a frente - Não vou encontrar ele no local marcado, quero encontrar ele somente quando for matá-lo - E fale para eles ficarem atentos a qualquer movimento suspeito - Ela sai para fazer o que eu mandei, me aproximo de Maya - Oi pequena, você gostou do sorvete? - ela olha para mim com um sorriso.

- Sim! - Fala animada - Posso comer mais? - Os olhos dela brilham enquanto espera minha resposta.

- Claro, só mais uma vez - Ela pula animada, como pode um ser tão fofo ser filha daquele idiota? Ela volta sua atenção para o desenho.