CAPÍTULO 11

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NARRADOR

ALGUM MOMENTO NO PASSADO

( Contém gatilho )

Mon está no banheiro segurando suas pernas contra seu peito, escondendo seu rosto em prantos, ela tremia com soluços, tentando entender como tudo aconteceu tão rápido.

Em um momento estavam com os amigos, no outro Nop estava possesso por mais uma vez criar coisas que só existiam em sua cabeça.

Nop havia levado Mon para sua casa e trancado ela em seu banheiro, depois de um tempo trancada a porta foi aberta por um Nop cheio de raiva apenas com sua roupa íntima no corpo, assustada Mon levantou encarando Nop em sua frente.

- Você está chorando de novo? - Nop se aproximava.

- O que você vai fazer? - Mon perguntou assustada, enquanto seus passos foram para trás, na intenção de se afastar de Nop.

- Acho que você já pode imaginar - Mon paralisou, no mesmo momento que Nop agarrou seu braço levando-a para fora do banheiro.

- Se você fizer alguma coisa comigo eu vou te denunciar! - Mon gritou, tentando tirar seu braço do aperto firme da mão de Nop - Eu estou te avisando... - Mon é calada com o tapa desferido em seu rosto.

- Você vai o que? - Mais uma tapa, dessa vez Mon não conseguiu ficar em pé, pela força aplicada em seu rosto caindo no chão - Repete! - Nop gritou enquanto Mon chorava - Você é tão inútil só sabe chorar o tempo todo - Nop se aproximou.

- Não me toque - Mon gritou, mas Nop não se preocupou, e seus pais não estarem em casa ajudou muito.

Nop pegou Mon tentando tirar toda sua roupa com dificuldades.

- Para de resistir! - Gritou jogando Mon na cama com força, em seguida subindo para tirar todas as roupas e em questão de segundos.

Mon sendo forçada a aceitar que mais uma noite sua vida seria uma lembrança dolorosa.


DIAS ATUAIS

MON

- Mon? - escuto alguém me chamando - amor? - Mas estou em choque, minha respiração está falhando, não consigo responder - Meu amor, olha pra mim - Olho para Sam preocupada em minha frente - Não chora eu estou aqui - Ela me abraça com um aperto firme - Está tudo bem meu amor, fica calma, respira devagar, eu estou aqui não vou à lugar nenhum - Sam tenta me acalmar.

Não me lembro o momento que me perdi, lembrando da noite que fui gravada pelo Nop.

- Eu estou... Eu estou com medo - Falo com dificuldades, as lágrimas ainda molhando meu rosto - Por favor... Me ajuda - Sam me olha tentando limpar minhas lágrimas.

- Eu resolvi tudo, não vai acontecer nada com você, eu prometo - Sam continuava me abraçando, ela deixa um selinho em minha cabeça - Acho que a morte para ele ainda foi pouco - Olho pra ela ainda assimilando suas palavras - Mas ele sofreu e não vai mais ficar andando por aí como se nada tivesse acontecido.

- Você... - Tento formar as palavras - Você...

- Sim amor, eu o matei - Sam fez um carinho em meu braço na tentativa de me acalmar - Não se preocupe, o vídeo já foi deletado, eu já cuidei de tudo, não quero que pense muito nisso, só saiba que está tudo bem.

- O que vai acontecer agora? - Minha mente está uma bagunça, não conseguia pensar em nada.

- Agora o que vai acontecer é você tentar comer alguma coisa - Sam falou com um riso fraco - Yaa trouxe comida, mas você não tocou em nada - Sam se afastou para pegar algo, notei seu sutiã preto, ela está sem blusa.

- Por que está sem blusa? 

- Eu entrei falando com você e tirando minha blusa - Ela voltou com uma bandeja cheia de comida - Ela está suja de sangue, notei que você estava muito quieta e decidi te ajudar, por favor se alimenta, você precisa comer - Pego a bandeja e tento comer alguma coisa.

Depois de um tempo, consegui comer um pouco com ajuda de Sam, ela retirou a bandeja e voltou para o sofá me puxando para um abraço, nunca vou esquecer os cuidados de Sam comigo, me sinto segura ao seu lado.

- Eu te amo - Falo a única certeza que realmente tenho em minha vida - Obrigada, você...

Sou interrompida pela porta do seu escritório sendo aberta bruscamente por Nam.

- Meu Deus, vocês só pensam em transar - Franzo o cenho, olho para minha esposa que ainda está sem sua blusa, entendendo o comentário de Nam.

- Eu vou me vestir, tenho roupas aqui também - Sam se levanta caminhando em direção a um armário.

- Desculpa, eu não queria atrapalhar, eu sou uma empata foda mesmo - Começo a rir, um riso mesmo que fraco com o pensamento de que é quase impossível não achar graça em Nam.

- Por que você nunca aprende a bater na porta? - Sam pergunta assim que termina de se vestir.

- Agora a culpa é minha por minha amiga ser uma necessitada - Nam olha para mim - Eu não sei como a Mon aguenta, tem que dar um descanso para ela - Ela se aproxima de mim, sentando ao meu lado pegando minha mão - Meu Deus você está pálida, Sam não dá mesmo uma folga para você - Ela olha para minha esposa que ainda não está acreditando nas palavras de Nam - Você tem que parar de pensar só em sexo o tempo todo.

- Eu vou te matar, Nam - Sam falou mesmo sabendo que nem em outra vida ela teria coragem de fazer algum mal à Nam.

.....

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