Tudo bem não ser normal?

CAPÍTULO 15

MON

- É óbvio que eu não sei - Me levanto me aproximando dela, ainda estou confusa com sua pergunta - Você sabe que se eu soubesse com certeza iria te falar, sei o quanto é importante para você - Sam está parada, olhando para o chão como se estivesse pensando em algo, coloco minha mão no seu rosto - Olha para mim - O olhar dela está diferente, fico nervosa - Amor, me fala logo o que está acontecendo, eu estou preocupada.

- Agora eu entendi tudo - Sua voz é baixa, mas ainda é audível - Lembra da noite que te conheci?

- Claro que lembro, como poderia esquecer...

ALGUM MOMENTO NO PASSADO

SAM

- Por que você quis me encontrar em um bar, Nita? - Descobri que Nita era próxima do assassino do meu pai.

Me aproximei dela falando sobre negócios, mas com a intenção de descobrir mais informações sobre quem matou o meu pai.

- Achei que seria interessante conversar enquanto bebemos algo - Ela diz como sempre aproveitando qualquer oportunidade para dar em cima de mim.

- Nita eu não estou aqui para curtir - Falo séria.

- Sam - Ela diz, levando sua mão para tocar a minha em cima da mesa, tiro minha mão no mesmo segundo - Você foca muito no trabalho - Ela pega sua bebida levando ao seus lábios - Não acha que seria bom se distrair um pouco?

- Distração não me dá um bom resultado de trabalho - Me levanto, olho para ela e em seguida para minha mão, coloco no bolso da minha calça - E toca na minha mão outra vez que você vai ficar sem a sua.

Começo a sair, vejo uma mulher entrando no local parecendo assustada e com medo, o ambiente não está muito cheio, tem alguns homens e casais em alguns cantos, ela senta pedindo ao barman alguma bebida, olho para o relógio em meu pulso, já está muito tarde.

Volto minha atenção para ela, decidi me aproximar, mas meus passos param quando vejo um homem se aproximando dela, aparentemente bêbado, Percebo seu desconforto, logo me aproximo com cautela.

- Demorei? - Pergunto com um sorriso fraco, olhando de perto tenho a certeza que ela está realmente assustada, com minha pergunta, ela parece mais confusa, faço um carinho nas suas costas procurando alguma forma para ela se sentir melhor - Eu precisei ir ao banheiro - Mesmo ela com olhos inchados por chorar é impossível não notar o quanto ela é linda, seus traços delicados, tenho certeza que nunca vi uma mulher tão linda assim em toda minha vida, me aproximo do seu ouvido - Ele está te incomodando? - Pergunto já sabendo a resposta, minha pergunta foi mais na intenção de mostrar para ela que estou aqui para ajudar, quando ela percebe isso acena com a cabeça de maneira fraca, olho para o barman - Por favor, prepare um drink da preferência dela - Olho para ela com um sorriso singelo.

- Quem é você?! - Esqueci por um segundo o homem, ele me encara com seriedade - Ela está comigo - Respiro fundo tentando me controlar.

Não quero assustar a mulher sentada de cabeça baixa, dou a volta para me aproximar dele.

- Você está bêbado, pode se retirar, por favor - Falo tentando manter uma voz calma.

- Sim, mas ela vem comigo - Ele faz um gesto de colocar a mão no braço dela, seguro seu braço com firmeza antes de deixar ele completar o seu objetivo, me aproximo o suficiente para falar em um tom que só ele possa escutar.

- Não encosta nela, acho que você não vai querer perder seu braço - Ele me olha com um sorriso ridículo.

- O que você pode fazer? Você é uma mulher - Ele diz ainda rindo.

Olho para a mulher que evita nos encarar ainda assustada , vê-la assim me deixa com raiva, volto minha atenção para o homem em minha frente, em um movimento rápido seguro sua nuca e seu braço com um aperto firme, levando para fora do Bar, jogo ele para longe, tiro minha arma na cintura e aponto para ele.

- O que houve? - Tee me perguntou, ela estava me esperando com alguns homens, enquanto conversava com Nita.

- Ele desrespeitou uma mulher lá dentro - Olho para ele apontando a arma, agora ele está assustado - Eu poderia matá-lo, mas vou voltar para conversar com ela - Olho para Tee - Você sabe o que fazer - Vejo Tee pegar o homem e levá-lo para outro lugar, volto para a entrada do bar, ao entrar vejo Nita se aproximando.

- Confesso que estou surpresa  - Ela diz com um sorriso, sua atenção encontra a mulher sentada, Nita olha para mim - Mas não se envolva com ela - Franzi meu cenho.

- Por quê? - Pergunto olhando para ela e logo em seguida para a mulher que continua saboreando a bebida, ainda mantendo a cabeça baixa.

- Você tem à mim - Ela se aproxima e beija meu rosto, saindo sorrindo do bar, suspiro caminhando até a mulher.

- Você está bem? - Sento na cadeira ao lado dela.

- Desculpa - Ela diz com a voz baixa - Eu não queria causar problemas - Toco seu rosto delicadamente, tirando as lágrimas que insistem em cair.

- Você não causou problemas, eu pedi para o homem ir embora - Minto - Eu me chamo Sam, qual seu nome? - Ela sorriu fraco com muito esforço.

- Mon, me chamo Mon, obrigada.

DIAS ATUAIS

- Agora entendo o porquê de Nita falar para eu não me envolver com você - Olho para Mon que está segurando meu rosto, escutando cada palavra com atenção - Ela conhece seu pai - Vejo uma expressão confusa no rosto dela, seguro suas mãos que ainda estão em meu rosto - Nita conhece seu pai - Repito ainda procurando forças para continuar a falar - Seu pai matou o meu - Falo tentando de forma inútil esconder minha raiva.

Mon se afasta assustada como se estivesse analisando cada palavra que acabou de escutar, com essas informações eu preciso fazer alguma coisa, ela vai ter que entender de um jeito ou de outro.

.....

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