CAPÍTULO 40

2.9K 386 52
                                    

MON


Apertei forte a cintura da minha esposa, envolvendo ela em meus braços. Eu não queria soltar ela por nada, estou com medo de perder ela, de que tirem ela de mim, as luzes da boate se acendem dando melhor visão das pessoas que estão aqui.

- Amor - Sam segura em meu rosto para que eu olhe para ela -  Você tem que subir e encontrar Tee - Apertei ela mais ainda com meus braços, negando com a cabeça, minhas lágrimas caem sem controle, eu não quero deixar ela - Tee vai saber o que fazer, eu não quero que eles me vejam com você, eles não sabem que você é minha esposa, te pegarem comigo é um risco - Ela me beija, um beijo intenso, como se fosse nosso último beijo, cheio de amor, Sam encerra deixando um longo selinho - Eu te amo.

- Eu também te amo - Falo com meu coração apertado.

- Você tem que ir, não temos tempo - Ela deixa mais um selinho em mim, olho para ela por alguns segundos e saio com pressa, me desviando das pessoas em minha frente.

Subi para o andar superior procurando por Tee, todas as luzes aqui estão ligadas, assim como as do andar inferior. Eu olho para a mesa onde estava minutos atrás e vejo os policiais interrogando as pessoas, todos estão lá menos Tee. Sinto alguém puxando para um canto.

- Me solta - Falo me debatendo.

- Desculpe, desculpe - Tee me solta - Eu não queria te puxar assim.

- Eles já sabem que ela está aqui - Falo nervosa, Tee pega o celular - O que vai fazer?

- Vou ligar para Nueng e falar para ela mandar homens, isso vai ajudar - Tee liga para Nueng, explica o que está acontecendo de maneira rápida e desliga - Ela falou que vai mandar alguns homens na frente enquanto organiza mais, provavelmente já estão a caminho.

Um barulho de dois tiros é escutado no andar inferior, me direcionei para lá rapidamente sem pensar duas vezes, desço às pressas.

- NÃO - Tento correr, mas sou agarrada por Tee me segurando, enquanto coloca sua mão em minha boca, fazendo os barulhos dos meus gritos ficarem baixos.

- Se você fizer isso, vão saber que você é esposa dela - Ela diz, mas eu não me importo, eu só quero ir lá.

O lugar tem cinco policiais, quatro mantendo todos abaixados e quietos, enquanto um está com a arma apontada para minha esposa, a única que está em pé. O meu coração está em pedaços, não podem levar ela, não podem tirar ela de mim.

O policial anuncia que ela está presa, enquanto se aproxima mais, ela está com um olhar sério para o policial.

- Não podemos chamar atenção, por favor, não faça nada - Tee me solta devagar, fico apenas parada com ela ao meu lado, sentindo como se estivesse tudo em êxtase, não acredito no que está acontecendo.

O policial segura minha esposa com brutalidade a levando para fora, me aproximo da porta principal onde consigo ver três viaturas, ele vira ela de costas para colocar as algemas, meu coração está disparado.

- DESGRAÇADO, EU VOU TE MATAR - Sam grita com o policial, depois de colocar as algemas nela.

Vejo o maldito acertando um soco em sua barriga, ela cai de joelhos no chão tossindo com dificuldade, meu sangue ferve.

- Tee me dar a sua arma - Ela se nega a me entregar, preocupada comigo.

- Eles devem está chegand...

- Me dê a porcaria da arma - Falo enquanto seguro forte a camisa dela, posso sentir minhas mãos tremendo segurando sua blusa com firmeza.

Ela me entrega a arma e quando olho para o policial, vejo ele terminando de colocar minha esposa na parte de trás da viatura.

Um carro preto chega em seguida e cinco homens saem de dentro, nesse momento eu sei que são da máfia. Um dá um tiro no policial que colocou Sam no carro, caindo morto no chão.

Com o barulho do tiro, os quatros polícias que estavam mantendo a ordem dentro saem para fora e começa uma troca de tiros, ninguém se atreve a sair com medo dos tiros, os dois que estavam no andar superior também descem para ajudar.

- Eles conseguem dar conta , não precisa você ir é muito perigoso - Tee está literalmente aqui me mantendo segura.

Eu só acho que ela já deveria saber que por minha esposa eu sou capaz de qualquer coisa.

Saio para fora e atiro no policial que estava concentrado nos homens atirando na frente, tem mais dois do outro lado da rua, me abaixo um pouco no carro para me proteger, me posiciono e atiro em mais um policial.

Agradeço mentalmente por ter treinado com minha esposa, olho em volta e vejo que todos os policiais estão mortos.

Me aproximo rapidamente do policial morto no chão e pego a chave da sua cintura. Abro o carro e quando Sam me vê ela sorri, saindo de dentro da viatura, ajudo ela com as algemas, as tirando dos seus pulsos, três homens se aproximam de nós, provavelmente os que restaram dos que vieram.

- Chefe, Nueng está organizando mais homens eles devem está chegando - Um deles diz quando se aproxima, nesse momento três viaturas aparecem.

- Merda, eles estão perto demais - Sam diz, se referindo a distância das três viaturas e nós.

Com uma atitude rápida, que não consigo acompanhar, minha esposa tira a arma da minha mão e passa o braço em meu pescoço ficando por trás, ela aponta a arma na minha cabeça.

- Amor - Sussurrei.

- Calma, não tinha tempo de você correr, eles te viram, eles não podem saber que me ajudou, vou te usar como refém - Ela deixa um beijo em minha cabeça, os três homens que restaram estão com suas armas apontadas para os policiais, eu não estou com medo da minha esposa, sei que ela jamais me mataria - Eu te amo tanto - Se não fosse uma situação perigosa poderia até ser engraçado.

Minha esposa está me usando como refém com três homens atrás dela, enquanto tem seis policiais apontando suas armas para gente, sinto minha esposa cheirar o meu cabelo.

- Solte a mulher Samanun e se renda - Um policial ordenou.

- Acho que agora é hora de uma boa atuação - Minha esposa diz, deixando mais um beijo em minha cabeça, como ela está atrás de mim, os policiais não conseguem ver nada - está pronta? - Assenti minimamente - Que comece o show.

....

Deixa sua estrelinha.

Tudo bem não ser normal?Onde histórias criam vida. Descubra agora