SAM
Passou-se uma semana desde então, e foi um período cheio. Estive ocupada resolvendo questões da máfia, mas, felizmente, tudo está sob controle. Contratei novos homens a dedo, adquiri mais armas, reforçamos a segurança e ampliamos as mercadorias.
A rotina está voltando ao normal, e em breve terei que participar de algumas festas. Ainda há algo importante que preciso conversar com minha esposa, mas isso pode esperar um pouco mais.
Nesse meio tempo, acompanhei Mon em sua consulta com a Dra. Torres. A gravidez segue bem, e ouvir os batimentos dos coraçõezinhos dos nossos filhos foi uma experiência que não sei descrever. É algo que me encheu de emoção, como se uma parte de mim ganhasse vida fora do meu corpo. Meus filhos são tudo para mim, eles já são a minha vida.
Sobre minha irmã, ainda não a conheci pessoalmente. Ela simplesmente desapareceu, como se tivesse evaporado, e isso me intriga profundamente. Confesso que, no início, estava ansiosa e animada para encontrá-la, mas o fato de ela ter sumido sem deixar rastros me faz questionar suas intenções.
Talvez ela não quisesse realmente me conhecer. Mon sempre menciona o quanto esse desaparecimento repentino é estranho, pois, segundo ela, Song parecia genuinamente interessada em me encontrar. Nada nessa situação faz sentido.
Neste momento, estamos a caminho da casa dos pais de Nam. Desde que recebeu alta do hospital, ela tem permanecido lá, sob os cuidados deles.
- Você não vai almoçar? - Olho para Mon, que está devorando um sorvete. Volto a me concentrar no trânsito.
- Só porque estou comendo um sorvete? - Retruca, noto que ela está comendo tudo que é doce que vê pela frente hoje, e já perdi a conta de quantos tipos de guloseimas ela atacou.
- É que você precisa comer alimentos saudáveis também - Respondo, ao mesmo tempo que uma notificação aparece no celular dela - Quem é?
- Minha mãe. Desde que voltou para casa por causa do trabalho, ela sempre manda mensagem perguntando como estou - Explica, antes de responder à mensagem da mãe e me olhar de novo, terminando o sorvete - Voltando ao assunto, eu vou almoçar, não se preocupe - Ela sorri, comendo o último pedaço de sorvete.
- Hum… Gostei da ideia. Talvez eu esteja cansada para comer sozinha e precise da sua ajuda - Ela sorri e, automaticamente, eu sorrio também.
Paro o carro em frente ao apartamento.
- Você sempre me ajuda - Olho para ela - Me tira sorrisos mesmo em momentos como esse. Obrigada - Tiro meu cinto e ajudo ela a tirar o dela.
- Você sabe que sempre pode contar comigo - Ela diz, me aproximo dela e beijo seus lábios rapidamente.
- Sorvete de baunilha - Beijo ela novamente.
Não demora muito para entrarmos depois da permissão dada pelos pais da Nam. Fico um pouco nervosa, é a primeira vez que a vejo desde o acidente.
- Oi - A mãe de Nam nos recebe educadamente, dando espaço para que entrássemos - Fico tão feliz por você estar aqui - Ela parece aliviada - Talvez você consiga tirá-la do quarto - Me olha com súplica.
- Vou dar o meu melhor - Olho para Mon - quer vir ou prefere ficar aqui e me esperar?
- Acho que prefiro ficar - Ela deixa um selinho em meus lábios - Vocês precisam ter uma conversa a sós.
- Vou cuidar dela, fiz uns bolinhos e...
- Ah, eu vou amar - olho para Mon, negando com a cabeça, e logo saio para falar com Nam enquanto Mon anima-se com os bolinhos.
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Tudo bem não ser normal?
FanfictionSam e Mon são casadas há pouco mais de um ano. Sam, uma mafiosa conhecida por sua personalidade implacável, é extremamente protetora e ciumenta com sua esposa. Mon, por outro lado, enfrenta a rejeição dos pais, que não aceitam o fato de sua filha es...