Tudo bem não ser normal?

CAPÍTULO 33

SAM

Estava esperando Mon há trinta minutos, observava um entre e sai de alguns clientes. Olho para o lado e vejo que tem algumas revistas com minha esposa na capa.

Mon sempre foi bem conhecida por ser uma mulher esforçada em seu trabalho, peguei uma delas para tentar me distrair enquanto espero ela terminar a reunião com Beer.

Vejo algumas fotos dela na revista, algumas dando entrevistas, penso no quanto desejaria estar ao seu lado nesses momentos, mas os riscos são grandes, nem todo mundo pode saber do nosso relacionamento, resultado por ser uma mafiosa procurada.

- Bom dia, gostaria de falar com a senhorita Mon - Meu foco mudou quando escutei alguém perguntando por minha esposa.

Quando olho vejo que é um homem todo social, deixo a revista de lado e continuo escutando conversa com uma secretária que trabalha aqui.

- A senhorita, Mon, não pode atendê-lo no momento, é preciso marcar um horário - A secretaria responde gentilmente.

- Entendo, mas acho que ela pode fazer uma exceção quando souber que é o Ken - Começo a ficar irritada, não estou gostando da maneira como ele fala - Eu vim também buscar meu terno - A secretaria olha em um tablet como se estivesse procurando por algo.

- Sim, está aqui - Ela sorri para ele - Pode me acompanhar, por favor?

- Claro, você vai avisar para Mon que eu gostaria de falar com ela? - Insistiu.

- Sinto muito, mas eu só posso mesmo com horário marcado - Me levanto e coloco minhas mãos no bolso para tentar manter a calma, o que é impossível.

Nesse momento, Mon sai de uma sala com Beer trocando algumas palavras.

- Ah, olha ela ali - Fala animado com um sorriso no rosto, começo a me aproximar dele com muita raiva, ele ainda não me viu pois estou atrás do mesmo - Você sabe me falar se ela é casada? Se namora ou algo assim? Eu a convidei para minha festa mas ela não me deu uma resposta certa - Ele pergunta pra secretaria que nada fala

Caminho mais rápido até ele com a raiva dominando todo meu corpo, toco em seu ombro para ele olhar para trás, no momento que ele vira para me olhar, eu seguro a camisa dele e começo a desferir socos em seu rosto.

Depois de alguns socos, eu solto a camisa dele e coloco a mão em minha barriga, sinto uma dor forte, esqueci completamente que ainda não estou cem porcento. Ele está com a mão no rosto me olhando com raiva, seu nariz e boca estão com sangue, Mon chega até mim com pressa, eu ainda estou com minha mão na barriga, mas tento controlar a dor, a raiva ainda está em meu corpo.

- Você está bem? - Mon perguntou preocupada, enquanto examinava minha barriga, fico calada enquanto olho a mulher que mudou sua expressão repentinamente, como a conheço bem, sei que agora ela está irritada - Por que fez isso? - É  possível ver que estou com raiva também - Responde, por que fez isso?

- Ela fez isso porque é uma louca, para agir assim só não sendo normal! - Ken gritou e isso só me deixou com mais raiva, ia dar um passo em sua direção, mas Mon segurou meu braço.

- Você é um idiota, repete o que falou - Ameaço, enquanto Mon ainda segura meu braço - Eu vou te matar seu merda!

- Okay, chega! - Mon gritou, ela soltou meu braço para ir em direção ao Ken, mas eu a seguro firme em sua cintura não permitindo que ela se aproxime.

Ken está confuso, enquanto tenta limpar o rosto sujo de sangue

- O que é isso? - Ken dá um passo se aproximando de nós duas - Solta ela você é uma louca, me bateu e agora vai fazer o que? Bater a senhorita...

Minhas mãos estavam na cintura da Mon, em um movimento rápido, joguei ela para trás em um guri, e calei ele com mais um soco, dessa vez ele perdeu o controle quase caiu.

- Eu seguro na minha esposa quando e onde eu quiser, seu saco de lixo - Já tem um movimento em nossa volta, até o segurança foi chamado, mas ele não se atreveu a interferir, uma ótima decisão para ele, eu juro que sou capaz de matar qualquer um.

- Esposa? - Ken parece confuso.

- Eu não sei como isso veio acontecer - Mon se aproxima ficando ao meu lado, enquanto fala com Ken - Mas sim, Sam é minha esposa, peço desculpas pela forma como a conheceu - Segurei novamente na cintura dela com um olhar superior, ele acompanha os meus movimentos espantado.

- Eu não acredito - Ken diz com raiva - Isso não vai ficar assim - ele caminha em direção a saída.

- Está me ameaçando?! - Pergunto enquanto vou novamente na direção dele, Mon me segura.

- Sam já deu por hoje! - Olho para ela.

- Vamos embora - Seguro na mão dela - Ele teve sorte por eu não estar com minha arma, iria matá-lo agora mesmo.

Quando se trata da minha esposa, eu perco o controle, não importa o lugar, eu não consigo me controlar. Levo ela para o carro, sei que provavelmente vou escutar coisas por ter feito isso em seu ambiente de trabalho, mas eu não me importo, ela é minha e não vou permitir que falem dela assim, e se eu ver esse merda de novo eu juro que eu mato ele.

O caminho todo foi em completo silêncio, olhava para Mon que estava séria, não olhou para mim uma única vez.

Quando chegamos em casa, ela finalmente me olhou, mas com uma expressão séria.

- O que ele fez para você ter agido daquela maneira? - Mon pergunta irritada - Você tem noção que fez um show no meu local de trabalho, na frente dos clientes?

- Ele estava incomodando a secretária falando que queria falar com você, perguntou se você era solteira e outras coisas, e até onde eu sei, ele tinha que ir lá para resolver coisas de trabalho, não para ficar com gracinha para cima você que é minha! Minha esposa! - Falo de uma só vez olhando séria também.

- Quando você vai aprender a se controlar? - Ela se aproxima de mim.

Aproveito e seguro na cintura dela e prendo ela contra a parede com raiva, levo minha outra mão até seu pescoço, mas não aperto muito.

- Talvez eu aprenda a me controlar quando você entender que eu também mando aqui - Disse séria, bem próxima do seu rosto.

- Você é louca?... - Mon diz, completando rendida.

- Eu já escutei isso antes - Um leve sorriso enfeita meus lábios.

Essa mulher é minha, talvez eu não seja normal por tamanho desejo que sinto por ela, mas não me importo, a única coisa que importa é que Mon é minha!

....

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