CAPÍTULO 74

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NARRADOR

ALGUM MOMENTO NO PASSADO

Já haviam se passado alguns meses desde que Mon e Sam se casaram. Desde o casamento, Mon perdera totalmente o contato com seus pais, que não aceitavam o relacionamento. O único vínculo que restou foi com seu irmão. Apesar da oposição familiar, Mon não abandonou Sam. E, exatamente naquele dia, celebravam três meses de casamento.

- Que horas vamos sair hoje? - Mon estava sentada na cama olhando Sam terminar de se arrumar - Por favor, me fala um horário certo, estamos completando três meses e eu quero sair com você - Mon faz um bico fofo.

- Nós vamos fazer o que você quiser, meu amor - Sam sobe na cama para beijar os lábios de Mon - Eu não vou me atrasar hoje - Mon levantou da cama e dirigiu-se ao banheiro, enquanto Sam a acompanhou, parando na porta e observando-a com carinho.

- Eu já ouvi isso antes - Ela tira a camisa larga que estava usando naquela manhã dando visão dos seus lindos seios - Sam!

- O que? - Perguntou.

- Eu estou falando com você, presta atenção, por favor - Sam se aproxima sorrindo maliciosamente.

- Desculpa, é que é muito difícil me concentrar quando você está quase nua em minha frente - Sam cola seus corpos segurando em sua cintura - Eu vou estar aqui às sete horas, esteja arrumada.

- Tá bom, quem chegar primeiro se arruma e espera a outra - Sam assentiu inciando beijos pelo pescoço de Mon - O que está fazendo? - Mon pergunta com a voz fraca.

- Comemorando os três meses de casamento com minha esposa - Sam pegou Mon no colo e, com um gesto carinhoso, caminhou alguns passos até a pia, onde a sentou com delicadeza.

- Você vai se atrasar para ir ao seu trabalho, amor - Mon diz, tentando inútilmente suportar as investidas de sua esposa.

- A empresa pode esperar - Foram as últimas palavras de Sam antes de fazer amor com Mon, iniciando um dia cheio de paixão.

Durante muito tempo, Sam conquistou a confiança de Mon, mesmo antes do pedido de namoro. Por isso, quando Sam mencionava trabalhar em uma empresa deixada pelo pai, Mon não via motivo para duvidar. Sam fornecia poucos detalhes, mas Mon não questionava.

No entanto, quando Mon pediu para conhecer o ambiente de trabalho de sua esposa, Sam sempre desconversava ou dava uma desculpa plausível para adiar para outro dia. Essa evasiva não despertou suspeitas em Mon, que aceitava as explicações sem hesitar, confiando cegamente em Sam.

Em algumas noites, Sam chegava mais tarde do que gostaria, atribuindo seus atrasos a problemas no trabalho. No início, Mon não se incomodou, mas à medida que esses atrasos se repetiam, ela começou a sentir desconforto. Os traumas do passado com seu ex-namorado ressurgiram, fazendo-a duvidar da fidelidade de Sam.

Mon se repreendia por esses pensamentos, pois sentia que Sam genuinamente a amava. Preferia acreditar nas explicações da esposa, que sempre atribuía os atrasos a problemas no trabalho. Mesmo assim, a insegurança persistia, e Mon lutava para conciliar sua confiança em Sam com os fantasmas do passado que ainda a assombravam.

Naquele dia, Mon e Sam seguiram para seus destinos. Mon estava radiante, pois tinha reuniões importantes com clientes para seu negócio próprio, que florescia. Além disso, estava casada com a mulher que amava profundamente, algo que nunca imaginou que aconteceria. No entanto, uma sombra pairava sobre sua felicidade: a ausência de seus pais em sua vida.

O coração de Mon ainda doía ao lembrar-se de que eles a ignoravam, sentindo saudades do amor e do calor de um abraço familiar. Mas, naquele dia, ela escolheu não deixar que esses pensamentos negativos a afetassem. Estava animada para sair com Sam e celebrar a vida que construíra. Com um sorriso no rosto, Mon afastou as lembranças dolorosas e se concentrou na felicidade que encontrara ao lado de sua esposa.

Tudo bem não ser normal?Onde histórias criam vida. Descubra agora