Tudo bem não ser normal?

CAPÍTULO 34

SAM

- Eu vou matar ele! - Mon falava com raiva enquanto me entregava um remédio para minha dor, eu fiz muito esforço assim que sai do hospital e o resultado está acontecendo agora - Você não pode se esforçar, pelo menos não ainda - Tomei o remédio e voltei a deitar na cama.

- Eu tinha outros planos depois que te prendi contra a parede - Mon levanta da cama, e caminha em direção ao banheiro - O que vai fazer?

- Vou tomar banho e me arrumar, eu preciso ter uma conversa com o responsável por te deixar nesse estado - Ela diz com raiva, enquanto tira suas roupas.

- Eu vou com...

- Melhor não, acho melhor você ficar descansando - Interrompeu, terminando de tirar suas roupas por completo.

Mon entra no banheiro para tomar banho, me levanto mesmo sentindo dor, vou me arrumar, antes de sair do hospital eu tomei banho, então vou só me arrumar agora, eu não posso deixar ela ir sozinha.

Pego uma calça social, sempre foi uma ordem minha todos da máfia usarem roupas sociais, e eu amo esse estilo de roupa, mas hoje vou um pouco diferente, mas ainda mantendo o estilo social.

Depois de um tempo decidindo, eu já estava pronta me olhando no grande espelho.

Uma calça social preta, um cinto, uma camisa social branca com as mangas levantadas até os cotovelos, desabotoou dois botões da camisa, só uso todos abotoados quando vou usar alguma gravata, não uso um salto alto, o que coloquei é bem baixo e também preto, pego meus óculos escuros.

- O que você está fazendo? - Mon está surpresa.

- Eu tenho que ir, amor, é meu trabalho, não posso deixar tudo na mão de Tee e também é o seu primeiro dia, eu quero estar lá - Me aproximo dela, e seguro sua cintura - O remédio já está me ajudando - Coloco minha mão para tirar a toalha que ela está usando, ela segura me impedindo - O que foi?

- Não temos tempo, e eu sei que você é teimosa para eu te convencer a ficar - Mon caminha para procurar uma roupa, coloco meus óculos escuros, ela me olha - Você está linda - Ela diz sorrindo, para voltar a procurar sua roupa.

Mon pega um vestido, me aproximo dela por trás, seguro sua cintura e beijo sua nuca.

- Você fica linda em qualquer roupa, amor, mas para máfia o ideal seria uma roupa social - Falo enquanto deixo beijos nela - É mais confortável

Não demora muito para Mon concordar comigo, estando devidamente arrumada usando um terno lindo vermelho, caiu perfeitamente em seu corpo. Ela está usando um salto alto, eu tenho a mulher mais linda do mundo ao meu lado.

O fato de estarmos nos arrumando para irmos juntas para o mesmo local de trabalho me deixa muito feliz, eu sempre esperei por esse momento.

(...)

Chegamos depois de um tempo, eu rapidamente solicitei a presença de Tee em minha sala. Mon está sentada na minha poltrona, olhando alguns papéis que estão na mesa, ela está muito sexy sentada onde costumo estar, tiro meus óculos e deixo na mesa, me direcionando às bebidas, preciso de whisky, não lembro a última vez que bebi.

- Eu não acredito que você está pensando em beber, Sam - Olho para ela - Você tomou remédio, não está cem porcento recuperada, beber isso só vai atrapalhar mais ainda sua recuperação.

- Não vai - Pego um copo e uma garrafa de whisky, ela se levanta se aproximando com um olhar muito sério, confesso que senti um arrepio, ela para me olhar, mas não fala nada - O que?

- Estou esperando você colocar a bebida e beber - Por um momento senti que se fizesse isso meu problema não iria ser mais a dor causada pelo tiro.

- Eu posso deixar isso para depois - Volto a colocar a garrafa no lugar, escuto batidas na porta para depois do "entra" Tee passar por ela.

- Boa tarde, chefe, fico feliz que esteja bem - Tee diz, enquanto se aproxima, espero ela falar com minha esposa, mas ela fica calada.

- Não está vendo minha esposa? - Pergunto séria.

- Boa tarde, senhora - Mon é nova, mas é comum ela ser chamada assim já que é casada comigo.

- Na próxima vez que ignorar a presença dela, eu vou fazer picadinho de você - Tee abaixa a cabeça, pego uma água para beber, pelo menos isso eu posso - Me atualize dos dias que estive ausente - Bebo a água.

- Tudo está indo bem - Ela começa a falar - Missões, vendas, festas, orçamento, tudo está nos conformes - Tee olha para Mon, que não mudou sua expressão séria - E Eros está mantido preso até segunda ordem - Agora quem se aproxima para beber é Mon, ela coloca whisky no copo e bebe.

- Prepara ele - Dá a ordem para Tee.

- Sim senhora - Tee sai para fazer o que Mon mandou.

- Você quer mesmo fazer isso? - Pergunto preocupada, ela nunca fez algo assim a não ser com Nita.

Não quero que ela se sinta pressionada, quero ela ao meu lado na máfia, mas para fazer tudo no tempo dela, eu posso matar Eros se ela não se sentir à vontade pra fazer isso.

- A Mon que habitava em mim, hoje não existe mais, muitas coisas em minha vida me levaram a mudar - Ela se aproxima, beijando meu pescoço levemente, arfo com os toques dela - E eu tenho certeza que você prefere essa nova Mon, ele vai sentir na pele que mexeu com a mulher errada.

Eu sempre vou amar todas as versões dela, a única diferença é que a cada dia a amo mais do que ontem e amanhã, amarei mais do que hoje.

Tee volta para falar que já está tudo pronto, Mon me dá um selinho e segura minha mão me puxando.

- Está na hora - São as únicas palavras dela, antes de irmos até Eros.

....

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