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Era difícil se lembrarem quando tinham chegado no quarto de Kaz, mas não é como se eles estivessem se importando com aquilo — era meio difícil pensar quando ele sentia os lábios quentes de Rue contra os dele, sentindo a língua dela provocar a sua numa tentativa de tomar o controle.

—Eu só consigo pensar em você — Kaz confessou entre beijos — o tempo todo.

Ele sentiu a mão dela deslizar pelo seu peito que de alguma forma tinha acabado desnudo. Posta bem em cima do coração, sentindo-o o forte retumbar na palma da mão, mas sem nunca desviar o olhar dele nem mesmo por um maldito segundo.

Rue não sabia por que exatamente tinha feito aquilo — talvez porque sentia a embriaguez do desejo lentamente afetá-la — mas ela deixou que a sua magia fluísse num pulso que percorreu o corpo de Kazuha como uma corrente elétrica que fez gemer e agarrá-la com mais força contra si.

—Isso é covardia — Ele reclamou, fazendo-a sorrir ao vê-lo tão nitidamente abalado com algo que ela nem mesmo sabia que conseguia fazer.

—Me faça parar, então — Ruelle desafiou sentindo-o tirar sua mão, jogando a mulher na cama e subindo por cima, mas ela parecia bem determinada a ter o controle quando inverteu as posições, sentando em cima dele, esfregando-se sem pudor algum contra ele, vendo-o completamente perdido no próprio prazer.

Então ela sentiu os dedos nem mesmo se importarem em tirar o vestido quando os percorreu dentro da calcinha fina, provocando-a impiedosamente ao dedilha-la naquele ponto que ele sabia que a fazia tremer contra ele. Rue soltou um gemido surpreso quando sentiu os movimentos se concentrarem ali, movendo o quadril em busca de mais... apenas mais.

Kaz viu os mamilos intumescidos contra o tecido fino e como se ela lesse seus pensamentos, Rue tirou o próprio vestido, ele sorriu ao vê-la entregue para si, nem mesmo resistindo quando ele a colocou com as costas contra ele, não quando sentiu a mão dele deslizar novamente contra a sua vagina enquanto uma agarrava firmemente o seu seio.

Ele ouvia seus gemidos e sentia as unhas de Ruelle o arranhando as coxas conforme ela se perdia no próprio prazer e apenas aquilo, saber que estava a satisfazendo era o suficiente para torná-lo ainda mais viciado nela. Kaz cobriu o pescoço de Rue com beijos e mordidas no mesmo momento em que finalmente adentrou dois dedos nela, sentindo-a ofegar e arquear as costas.

Hyota — ela gemeu e o nome dito daquela forma pareceu acordá-lo de uma forma que ele queria que Rue o fizesse de novo. Em todos esses 800 anos, ele nunca sentiu que aquele nome era dele, mas naquele momento ele sentiu que aquele nome realmente o pertencia.

Assim como ele pertencia inteiramente á Ruelle.

Ela sentiu os dedos se afundarem ainda mais nela, provocando-a ao movimentar-se dentro dela, fazendo-a se tornar apenas uma bagunça de gemidos e suspiros. Ela sempre soube que ele realmente a conhecia, mas nunca imaginou que aquilo significaria que.. bom.

O corpo da garota tencionava-se a cada toque, simplesmente sem a capacidade de realmente respirar, tremendo e agradecendo o fato de não haver ninguém na casa naquela noite. Rue sempre soube que não era nada fácil de se agradar, mas de alguma forma, Kaz conseguia a levar ao limite facilmente.

E ele sentiu aquela mudança nela quando a mulher ondulou os quadris contra seus dedos, os gemidos se tornaram mais altos e Kaz soube que ela estava perto. Deixou que a mão livre agarrasse o pescoço de Ruelle, aproximando-a ainda mais de si apenas para que pudesse grudar os lábios em seu ouvido.

—Você é minha — Sussurrou, ouvindo um gemido de palavras desconexas em resposta — Você é minha.

Ela sentiu o clímax a atingir com a força de um meteoro, fazendo-a tremer sobre os dedos de Kaz, precisando ficar com os olhos fechados por um único momento para se recuperar, tentando respirar normalmente.

Então Rue decidiu continuar aquilo por conta própria, deixando Kaz nu com a própria magia, virando-se para ele, que tinha um olhar predatório sobre ela, sentindo-a se mover novamente contra ele, mas sem roupas para impedir a fricção, deixando que ele se enterrasse nela finalmente.

Parecia diferente naquela posição, ele parecia atingi-la ainda mais fundo, e Kaz parecia poder morrer apenas por senti-la pressionando-o dentro de si. Ruelle se sentiu completa daquela forma, precisando de um momento para se acostumar ao senti-lo atingir todos os seus pontos sensíveis sem piedade alguma.

E então cavalgou-o como se realmente não houvesse amanhã, sentindo as mãos dele ajudarem ela a se mover, firmes em seu quadril, afundando-o contra si mesmo que estivesse sendo feito de escravo pelo próprio prazer, os gemidos de ambos preenchia o lugar conforme chegavam mais perto do próprio ápice, procurando-o avidamente.

A sensibilidade - Pensou Rue - do clímax anterior faria ser difícil de atingi-lo novamente, mas Kaz parecia saber de algo repentinamente, puxando-a para um beijo com a mão agarrando-lhe novamente o pescoço. E devolvendo aquela mesma centelha que ela nem mesmo sabia que tinha jogado para ele.

Era prazer puro lhe percorrendo o sangue, arrepiando cada pelo do corpo, como se estivesse sendo estimulada de formas demais para conseguir raciocinar, fazendo suas pernas tremerem quando ela chegou ao ápice junto com ele mais forte do que da última vez, com uma respiração instável que não parecia normalizar tão cedo.

Ela não sabia exatamente o que tinha sentido, mas definitivamente tinha gostado.

Ruelle tirou Kaz de dentro de si, deitando ao lado dele, que parecia igualmente decadente, os cabelos bagunçados e a respiração tão ofegante quanto a de Rue, que tinha a mão no próprio coração para acompanhar as batidas.

—Se eu soubesse que resolveríamos assim, teria ficado estranho mais vezes com você — Kaz brincou olhando-a e vendo a...Ruelle rir baixinho, acertando-lhe um tapa no ombro.

—Idiota — Reclamou com um genuíno sorriso no rosto.

Hyota apenas conseguia pensar que não havia mais como voltar - uma conversa séria com Darya antes de arriscar, talvez -, não havia como mudar as direções e começar a andar para trás como tentou, não podia mais evitar toda a tensão que espalhava-se pelo corpo quando ela estava no mesmo cômodo que ele.

E talvez, só... talvez.

Não precisava mais.

Noite Eterna, Coração EtéreoOnde histórias criam vida. Descubra agora