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–Nunca achei que fosse ver você querendo ensinar mais alguém além de Melione – Kazuha deitou-se na cama de Ruelle, observando-a sair do banheiro.

–A garota é tão teimosa que já fez eu me arrepender – Rue finalmente soltou suas frustrações, deitando ao lado de Kaz – Apenas para que eu saiba: virará costume ter você no meu quarto?

–Algum protesto? – ele arqueou uma sobrancelha grossa.

–Sempre gostou de ter seu espaço, achei que... fosse se manter.

–Perdi muito tempo longe de você – Kaz sussurrou, deslizando a mão para acariciar a bochecha de Ruelle, os olhos cintilando com um esmero de aquecer o coração.

–Vivemos oitocentos anos juntos.

–Juntos, não... juntos –  Ele enfatizou, fazendo-a sorrir em resposta a afirmação implícita. Aquilo não passou em branco pela visão aguçada de Kazuha – Achou o que? Que era só um momento?

–Não achei que fosse passar de momento algum, para ser verdadeira.

–Para ser verdadeiro, soube que isso ia acontecer quando você e eu fugimos juntos pela primeira vez... mas eu tinha medo.

–Medo de mim?

–Achei que tinha deixado claro que sinto muitas coisas por você, medo não é uma delas – Rue soltou um risinho, lembrando o que tinha acontecido na última discussão sobre medo – Eu só... senti medo por você. Não sou invencível como você e não queria te fazer se apaixonar por mim apenas para morrer e te machucar... achei que seria egoísta.

–Sabe que eu te protejo de qualquer coisa, não é? – Ela perguntou e o viu assentir uma vez.

–Não há algo que possa te matar, mas eu protejo seu coração de qualquer perigo – e foi o coração de Ruelle que pesou no momento em que se lembrou sobre a existência de uma arma que podia sim, matá-la.

–Eu sei – ela o beijou uma vez, como se aquilo pudesse afugentar a lembrança dos ferimentos grotescos em Sage – Eu sei.

–Vamos vencer essa guerra, Rue – Kaz a assegurou – vamos vencer e te levarei para conhecer a cidade espelhada.

–Está falando sério? – O sorriso de Ruelle dobrou de tamanho apenas ao imaginar a ilha mágica onde tudo era feito de cristal... o único lugar que flores de pedras raras nasciam naturalmente.

Muito sério.

–Vai querer cerveja, Zeke? — Nesryn ofereceu para Ezekiel, isolado em um canto e encolhido

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–Vai querer cerveja, Zeke? — Nesryn ofereceu para Ezekiel, isolado em um canto e encolhido.

–Eu passo – Ele descartou e todos os amigos da roda se entreolharam com a recusa.

Você, recusando uma bebida? O que Talon fez com você? – Maven perguntou enquanto bebia da própria cerveja. Todos os amigos, com exceção de Cordelia, estavam sentados na grama, ao redor de uma fogueira.

Noite Eterna, Coração EtéreoOnde histórias criam vida. Descubra agora