Chapter 8 - Mom... I have a job!

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[...]


Cheryl Dorian, Michigan, 2001.


[...]


Havia acordado cedo hoje, levantei e fui até o banheiro, estava tão feliz por ter sido aceita em meu trabalho recuperativo, ao mesmo tempo ansiosa pra trabalhar com um famoso, mesmo que fosse um famoso meio otário.

Fiz minhas higienes e me vesti com algo mais simples, um shorts jeans, uma blusa branca larga, e os cabelos soltos, pretendia tomar café em uma cafeteria que ficava pertinho do nosso apartamento, ontem não havia ido a faculdade por conta da minha entrevista ser no mesmo horário das minhas aulas, estudava das 9:00 as 14:00 e ficou combinado que eu trabalhasse das 15:00 às 19:00 com a equipe gráfica da gravadora e como a secretária de Eminem, isso apenas no período em que eu estivesse trabalhando.

Graças a Deus! Não se se aguentaria passar o dia inteiro atendendo as vontades dele, aliás, mesmo sendo pouco tempo era isso que muito me preocupava.

Fui até o quarto de Kate perguntar se ela não queria me acompanhar até lá, a mesma apenas balbuciou algumas coisas sem sentido, presumo que seja por que eu tenha a acordado as 9:35 da manhã, já que pra ela era crime acordar antes do meio dia em um sábado.

Desci as escadas e fui até o estacionamento, e encontrei ele, meu carrinho lindo, dei uma analisada para verificar se Kate não havia batido ou quebrado alguma coisa, e por sorte minha estava tudo inteiro.
Entrei no mesmo e dirigi até a cafeteria, liguei o rádio, tocava uma música qualquer mas envolvente, escutei por um tempo e quando menos percebi já estava cantando o refrão e dançando junto as batidas.


[...]


Estava na cafeteria, pedi um bolinho de chocolate e um café médio, adorava vir até aqui pois tinha uma enorme parede de vidro que dava de frente para as ruas de Windsor, observava a vista enquanto devorava meu bolinho, pessoas entravam e saíam a todo o momento do estabelecimento, tentava me concentrar no jornal, estava procurando por vagas de emprego disponíveis depois das 19:00 horas pela cidade.

Era quase como procurar uma agulha num palheiro, quase nenhum período público era nesse horário.

- Droga... - Sussurrei comigo mesma, bufando impacientemente, quase perdendo as esperanças.

- Cher! - Escutei uma voz feminina me chamar, levantei a cabeça, dando um sorriso ao ver Jocelyn ali.

Jocelyn era uma amiga minha, estudamos juntas no colégio a um tempo ainda quando eu morava em Orleans, e por coincidência ela se mudou para Michigan, morava não muito longe de mim.

- Ah, oi Joy! Senta aqui... Estava tão concentrada que quase nem te vi passando! - Dei uma risadinha, se levantando e a cumprimentando com um beijo rápido na bochecha, a qual ela retribui. - Me diz, como andam as coisas, ainda está casada com aquele cara? - falei num tom casual, guardando os papéis e coisas que estavam na mesa.

Nós duas nos sentamos novamente, ela colocou a bolsa apoiada no braço da cadeira, e sorriu negando com a cabeça.

- O Johnny? Ah não... Nos separamos a alguns meses. - Ela não parecia triste em dizer.

- Nossa... Sinto muito... - Sorri sem graça.

- Não sinta, ele era um pé no saco, eu só aceitei me casar com ele porque estava bêbada. - Ela riu de leve. - E o que são todas essas coisas? - Olhou para os diversos panfletos, cartões e jornais sob a mesa.

- Nada demais, estou procurando um emprego, sabe como é... Mas acho que vou desistir, não tem nada nessa cidade depois das sete da noite. - Falei frustrada com a situação.

Ela me olhou, sorrindo animadamente, conhecia muito bem esse sorriso que ela só dava quando tinha as idéias mirabolantes dela no colégio.

- Se quer tanto um emprego depois das sete eu tenho um pra você! - Disse animada, me fazendo franzir o cenho confusa. - É onde eu trabalho, uma boate no centro de Michigan, eles estão precisando de mais uma garçonete e bem... É das oito as onze horas! O salário não é dos melhores, mas vai te ajudar até conseguir algo fixo. - Sugeriu entusiasmada, me olhando com curiosidade.

A olhei confusa e ao mesmo tempo surpresa. Um trabalho em uma boate? Realmente não era NADA o meu perfil, eu nem sequer gostava de festas, ainda mais aquelas que terminavam tarde.

- Ah... Não sei, joy, melhor não... Eu não levo muito jeito pra essas coisas. - Digo coçando a nuca. Não queria parecer ingrata, mas não era bem isso que eu estava procurando.

Ela me olhou um pouco decepcionada, mas insistiu em tentar me convencer.

- Ahh Cher, por favorzinho! Seria máximo ter alguém legal lá comigo... E também não é nada difícil, você já trabalhou em lanchonetes, e é praticamente igual, a diferença é que é em uma festa a noite... O pessoal lá é gente boa, e vai ser algo temporário... - falou quase numa súplica, fitando-me ansiosa por uma resposta.

Seus argumentos me fizeram pensar, eu não estava em um bom momento para escolher onde queria ou não trabalhar, precisava ajudar Kate com as despesas do apartamento, já fui garçonete algumas vezes, não poderia ser tão difícil.

Era isso ou nada, era quase impossível achar outro emprego depois das sete.

A verdade é que eu não podia exigir nada, não agora, e séria algo temporário.

Batuquei as pontas dos dedos na mesa enquanto pensava, fiquei alguns instantes assim, respirando fundo e dando um pequeno sorriso.

- Bom... Tudo bem, vai ser algo temporário e vai ser legal experimentar algo novo! - Falei um pouco mais animada.

- Ótimo!! Hoje mesmo vou ligar pra Mandy avisando que arrumei uma nova garçonete! - Sorriu eufórica, se levantando da mesa e pegando sua bolsa, parecia estar com pressa, mesmo tendo acabado de chegar na cafeteria, talvez estivesse apenas indo encontrar alguém.- Agora eu preciso ir... Combinei um encontro com um um cara aqui perto

- O que? Já? Eu não vou ter que fazer nenhuma entrevista nem nada do tipo? - Falei confusa e um pouco perdida, me levantando junto a ela.

- Entrevista? Querida, isso é uma boate, não uma empresa séria, lá dentro entra até às viciadas, contanto que você não roube o dinheiro do caixa eles te contratam! - Ela riu deixando algumas notas na mesa de gorjeta para o garçom, me lançou um beijinho no ar e saiu apressadamente pela porta da cafeteria.

Fiquei parada ali por alguns instantes, ainda um pouco atônita e até incrédula.

Foi mais fácil do que eu esperava, mas com toda certeza eu não ia reclamar.

Me sentei novamente na cadeira, dando mais uma mordida em meu bolinho, um sorriso involuntário brotou em meus lábios, talvez tudo estivesse começando a se acertar, não vejo a hora de contar pra minha mãe, ontem não tive tempo de telefonar para ela, mas hoje ligaria sem falta!


[...]
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