Chapter 21 - But what the hell are you talking about?

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[...]


Cheryl Dorian, Detroit, 2001.


[...]


Acordei cedinho para ir até a faculdade resolver alguns trabalhos e atividades que estavam pendentes, também tive tempo de ir a biblioteca e estudar pelo menos um pouco.

Conversei como Sr. Carter, que veio me questionar sobre meu trabalho em publicidade, e me deu um prazo de 4 meses para acertar e entregar tudo, e como tinha muita coisa acho que eu ia ficar meio apertada nos próximos dias, mas nada que fosse me sobrecarregar.

Pelo menos eu acho.

Depois de finalizar tudo dirigi até Detroit, não queria me atrasar pro trabalho hoje até resolvi vir de carro, estava com saudades de pilotar meu amado carrinho.


[...]


Cheguei no prédio, passando pela catraca com a minha mais nova identificação e entrando sem dificuldade.
Cumprimentei alguns dos meus colegas de trabalho com pequenos sorrisos, Marshall tinha uma equipe enorme, e ultimamente eles tem passado mais tempo na gravadora por conta do show que estava por vir, creio que organizando tudo direitinho.

Por falar em Marshall o vi entrando no elevador com um cara alto, tenho quase certeza que era o mesmo cara que estava ontem com Tasha.
Ahhhh!!Ele era amigo dele! Agora me lembro da onde o conheço, ele traz Marshall até a entrada, já tinha o visto algumas vezes.

- Será que pode segurar a porta para mim? - Pedi sorrindo amigavelmente, enquanto me aproximava do elevador.
Marshall apenas cruzou os braços e revirou os olhos, se recusando como uma criança mimada, já o outro rapaz fez a gentileza de impedir o elevador de fechar até que eu entrasse.

- Ei... Você é a garota do bar! - Sorriu enquanto eu assentia. - Oque está fazendo aqui?

- Eu trabalho pro Senhor Marshall. Sou a secretária dele. - Falei com um sorriso sem graça, já Eminem ignorava minha existência, fingindo que eu não estava ali enquanto o elevador começava a subir. - Aliás... Sou Cheryl, prazer! - Tentei cumprimenta-lo, mas minhas mãos estavam ocupadas com uma caixa grande de livros que eu havia pegado hoje mais cedo na biblioteca.

- Ahhh então é você que aguenta o Marshall o dia todo? Parabéns, eu não teria essa paciência toda. - Falou e tentei controlar a risada, vendo o loiro lançar um olhar mortal pra nós dois. - Eu sou o DeShaun, mas todo mundo me chama de Proof! - Tirou a caixa das minhas mãos e jogou para Marshall, que franziu o cenho indignado.

- Qual foi, caralho?!? Eu não sou empregado de ninguém! Porque você mesmo não leva se está tão incomodado? - Indagou revoltado, tentando empurrar a caixa de volta para Proof, que não a pegou de volta.

- Eu até levaria, mas estou exausto porque tive que caminhar por 3 horas de volta até Detroit ontem a noite, isso porque ALGUÉM sumiu com meu carro e não me avisou nada! - Ele disse enfatizando o "Alguém" ao olhar para Eminem, que revirou os olhos e bufou impacientemente.

- Calma gente... Eu posso carregar, não se preocupem. - Tentei intervir mas Proof negou com a cabeça.

- Relaxa, gata... Ele vai te fazer esse favor, meu amiguinho aqui é bem cavalheiro, não é? - Sorriu ironicamente, apertando a bochecha do loiro, que pareceu se controlar pra não socar a cara dele e murmurou um "Vai se foder!" contrariado.


[...]


Eminem, Detroit, 2001.


[...]


Só oque me faltava agora era ficar fazendo favores para Cheryl, pelo que eu saiba eu sou o chefe aqui, ela que deveria me fazer favores e não o contrário!

E sinceramente, que exagero! Ela estava quase morrendo pra conseguir carregar uma caixa leve dessas!

Mas foda-se, nem foi culpa dela mesmo, o imprestável do Proof que era um intrometido, a gente mal subiu e ele já deu o pé, pelo oque ele disse ia conversar com alguns rappers da gravadora pra uma possível parceria.

Chegamos na sala dela, que estava praticamente irreconhecível, eu me lembro desse lugar bem mais sujo e desorganizado, não achei que ela fosse dar conta disso tudo.

Deixei a caixa na mesa que ficava no centro, me apoiando na madeira e a olhando de cima a baixo.

- Eai, Cheryl... Aposto que teve uma noite "Divertida" - Disse num tom casual, como quem não queria nada.

Ela franziu o cenho, parecendo confusa com meu "interesse" repentino.

- Eu diria que foi mais cansativa do que divertida. - Pegou os livros de dentro da caixa, começando a organiza-los nas prateleiras.
- Agora quem deve ter se divertido mesmo foi o Senhor. - Insinuou fingindo indiferença.

- Eu? - Juntei as sobrancelhas.

Será que ela sabia que eu havia ido atrás dela e do namoradinho dela em Michigan?!?

- É, o senhor mesmo... Sabe muito bem do que eu estou falando. - Deu de ombros, me fazendo arregalar os olhos.

Puta merda... Ela sabia mesmo!

- Olha cheryl... Eu... Eu só fiz isso porque...

- Ah pelo amor de Deus! - Me interrompeu balançando a cabeça. - Não precisa me explicar nada, afinal não é da minha conta com que garota o senhor sai ou deixa de sair!

- Garota? Oque? Do que está falando?! - Perguntei sem entender.

- Da garota loira que o senhor estava agarrando ontem na festa, oras! 

- Ahhh!... Então é disso! - Ri de leve e soltei o ar, aliviado.

- Sim, ué... Do que pensou que eu estivesse falando? - Cruzou os braços e me olhou desconfiada.

- Eu?! Ah... De.. Das... Eu pensei que estivesse... - Me embaralhei todo tentando arrumar uma desculpa que a convencesse. - Quer saber? Esquece! Não é nada demais, eu ainda estou um pouco tonto por conta da bebida de ontem... - Cocei a cabeça, me levantando e indo até a porta, pretendia escapar de seu interrogatório.

- Espera senhor Marshall! - Chamou me fazendo dar meia volta. - Será que eu posso te pedir o dia de folga amanhã? - Perguntou toda sem graça, corando um pouco.

- Você mal chegou e já quer ter folga? - Indaguei incrédulo. Pelo menos tinha mudado de assunto.

- Por favorzinho!... Minha amiga Kate vai apresentar uma peça amanhã a tarde e eu queria muito ir... Prometo que nunca mais te peço nada! - Súplicou.

- Não sei não... Falando nisso você nem me entregou o relatório dos horários que eu te mandei! - Pontuei, me encostando no batente.

- Eu te entrego na segunda sem falta!... Deixa eu ir, por favor... - Fez aquela carinha de cachorrinho que caiu da mudança, me olhando ansiosamente. A mesma cara que Hailie fazia quando me pedia algo, e o pior? Eu nunca conseguia dizer não!

- Tá, tá! Tanto faz, pode ir então! - Revirei os olhos, vendo-a comemorar sorridente. 

- Ahhhh!! Obrigado!! Até que o senhor não é tão malvado quanto eu pensava! - Agradeceu contente, não pude evitar um sorriso discreto que surgiu em meus lábios, mas tossi de leve, retornando a postura séria.

- Não se acostume, eu não vou ser bonzinho com você para sempre, ainda te acho insuportável! - Dei um sorriso irônico, a fazendo rolar os olhos; e saindo da sala.


[...]
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